Sunday, December 30, 2012

Sensualidade: a tua sensualidade...



Sensualidade: a tua sensualidade…
Acaba o dia, fecha a cortina… Cai o sol
E com ele vem a noite e um rol:
Um rol de sentimentos que querem pulsar
Que querem mais alto falar
No quarto entramos e nele nos deixamos
Deixamos estar e na cama me venho a sentar
Quando não começo a falar: vens em minha direcção e me tentas silenciar
Com um ósculo do imenso amor
Que faz de nós: pessoas maiores, pessoas com máximo esplendor
Me dizes para te olhar
Para tudo esquecer…e a ti me entregar…
E começo a ver-te despir
O vestido que docemente trazias vestido
E pura ficaste diante de mim
E algo evoluiu… a temperatura aumentou e começo a esquecer de onde vim
E a querer pensar para onde iriamos
Os dois naquele clima que nos envolvia
Naquela chama de amor que nos aquecia
Aquecia e consumia
Corroendo ódios, dores e preconceitos da humana gente
Aquela que nos invoca e que com tudo se sente
E nos outorgamos ao que nos prendia
E ti me entreguei
A ti e à tua sensualidade
A ti feita minha estrada e via única para a eternidade
Me perdi em ti jardim de imoralidade
Em ti me esqueci: nas tuas curvas de perfeição
Na tua ofegante e quase pecaminosa respiração
Que me bafejava, que me cobria… Que me prendia ao sentimento de perdição
Perdição no que nos acorrentava naquele espaço: na nossa erudita paixão
Deixamos horas correr, perdemos o fio ao tempo
Para nos cegarmos ao sentimento
Que se fez presente, que se fez envolvimento
Na imponente sensação
De elementos vindos do coração
Que nos mesclaram no amar
No amar que queremos sempre eternizar…
João Paulo S. Félix   

Saturday, December 29, 2012

Ver-te dormir...



Ver-te dormir…
Chego a casa depois de muito fazer
Com o sol já posto e as estrelas a aparecer
Sinto-me rodar a chave, na porta do nosso lar
Abri-a: entrei e em casa algo consegui inalar
O aroma a jasmim, das flores que ao jardim foste buscar
Senti aquele quase profético momento
Quando não, entro na nossa sala… Aquela dotada do natural e lenhado aquecimento
Entro por ela dentro e te vejo no sofá encostada…
Encostada e nele aninhada…
A viver o mundo do sono e do sonho
Beijo-te na cabeça, e em tua frente me sento
Sento a ponderar cada momento, a saborear cada sentimento
Olho teu rosto e capto, qual Picasso, as tuas linhas, os teus contornos
Que me arrebataram para os nossos momentos fervorosos
Ainda sentado estou, quando me detenho do que tenho para fazer
E fico ali, estático… sentir o dia a anoitecer
Olho para ti, qual Tágide de beleza infindável
Ouso pegar da minha mão e com ela acariciar a tua pele de fascínio inolvidável
Sinto-me pequeno, perante tremenda imponência
Perante tremenda ninfa, perante tremenda reverência
Olho-te e sinto vontade de mais te olhar
Porque ao te contemplar
Chego à razão: do que nos fez apaixonar
O amar sem vontade o cessar
A tua elegância que me faz sem ar ficar
E fico com plena noção
Da nossa real condição
A condição do para sempre e todo sempre
A condição da nossa imaculada união
No nosso sentimento feito paixão
E enquanto dormes eu desperto o meu pensar
Aquele que tudo me leva a relembrar
De nós e do nosso esplendor
De seres para sempre afectos ao sentimento do amor…
João Paulo S. Félix 

Sunday, December 23, 2012

Conto de Natal: "Adopção de Amor...Natal de esplendor..."





Olá a todos!

Em anexo, segue o conto de Natal deste ano, um conto que dá pelo nome de: " Adopção de Amor... Natal de Esplendor..." escrito com muito amor e carinho para todos vós.

                                            Votos de um Santo e Feliz Natal

                                                         Beijos e abraços

                                                       João Paulo S. Félix




                                      https://www.box.com/s/n4gqg6y8d71m21ingrgo

Tuesday, December 18, 2012

Ambição de perdição...



Ambição de perdição…
Todos nós temos na vida uma grande ambição
Na vida pessoal, no profissional: a busca de felicidade, o encontro da realização
Tentamos buscar o que sempre estivemos a ansiar
Vamos sempre e mais além na busca do que nos venha a serenar
No caminho sinuoso e tortuoso
Deveras e não raras vezes complexo e penoso
Vamos sempre com determinação
Buscar algo: que nos traga a calma sensação
Sensação de paz e tranquilidade
Sensação de alegria e imortalidade
E essa ambição… abre as portas na perdição…
Dos jardins da entrega a desejos
Desejos que nos fazem perder a razão
Como a aspiração de a um pedestal chegar
Um pedestal dado a quem quer amar…
A quem quer amar e se dar
Sem pudor ou preconceito
A quem viver o amor… mais do que feito conceito
A entrega de um ser a um máximo sentimento
Que causa violência no contentamento
Porque é voraz
E nada efémero ou fugaz
 Correm-se vales e colinas
Rasgam-se barreiras, saltam-se cercas, dilaceram- se cortinas
Cai o pano e fica a essência
De um amor desfeito da ciência
Porque nada mais inquietante existe senão o apaixonar
O apaixonar e viver da paixão
De faz andar louco… Circular sem direcção
Perdem-se contas aos tempos e lançam-se sortes de onde estará a ponderação
Do viver algo tão desmedido
Algo que faz o humano ser se sentir perdido
Neste oásis de emoções
Neste avolumar de sensações
Que conduzem ao eclipse da razão
Que conduzem o Homem ao saboroso sentimento: sentimento de perdição…
João Paulo S. Félix 

Monday, December 17, 2012

Amor contado com sentimentos...



Amor contado com sentimentos…
Quanto do teu aroma, é suor do meu corpo
Quanta da tua seiva, é fluído do meu salivar
Quanto de nós é parte do outro que nos complementa
Quanto de nós é parte essencial daquele que nos fermenta
Como o pão que se estimula na padaria
Como este sentimento que se quer para além da alvorada do novo dia
Quanto do nosso envolvimento será metafisica mais altiva que a física quântica
Quanto do nosso sentimento… este nosso sentir: é composto por matéria única
Ai: Amor… O amor e o avassalador despudor
De quem não tem ardis…
De quem só quer ser feliz
Que arrepio este que em nós evolui
Que frio este que nos conclui
Que não estamos perante algo banal
Mas que se vive e fica em algo de muito especial
Desejamos o infinito sem ousar saber da sua perfeição
Porque o quanto desejamos: é viver deste amor até mais não
Deste complexo nexo de perda de respiração
Na ofegante trova de beijos e caricias
Aquelas que cessam todas as dúvidas e malicias
E que fazem explodir com a razão…
Que nos conduzem ao rasgar de cada indumentária
Mais do que desnecessária…
Para que se entrecruzem seres, corpos e desejos
Para que se cumpram escrituras e ensejos
  Tocam sinos arrebate anunciando a Sagrada Eucaristia
Na Santa Madre Igreja, enquanto se traz à luz do que se vivia
A mais bela oração de entrega e atracção
De climax intenso de corpos nudos e envoltos na tentação
De sempre mais, do sempre mesmo e máximo sentimento
Que causa distúrbio de concentração
De dilacera completamente com a razão…
Ai: ousadia da humana gente
De amar de forma louca sem pensar no uso do intelecto e da mente…
Quanto do teu fascínio: é feminina essência (d)e emoção
Quanto do teu toque, é subtileza, é sedução
Quanto do nosso mesclar
É algo para perpetuar
Como algo ao mundo que se quer revelar
Algo dotado de nobreza
E elevado no mais altivo pendão
Aquele em que se vive o amor… Aquele em que se entrega à paixão…
João Paulo S. Félix 

Caminhos de vida...



Caminhos de vida…
Vamos pela vida trilhando caminhos
Caminhos que nos apartam dos nossos ninhos
Caminhos esse que passo a passo
Vamos seguindo em recto trilho sem esquadro ou compasso
Vamos e seguimos sempre mais além
Sem olhar a quem fala, a quem olha… sem olhar a quem…
Seguimos com a convicção de ser o caminho certo
Aquele que nos leva rumo ao incerto…
Incerto na segurança
Sem saber se será de calma ou bonança
Ou de revolução e exaltação
Mas não obstante seguimos e insistimos
Seguimos aquele caminho porque sentimos
Que pode ser o mais apropriado
Na busca do melhor… na quebra do quotidiano fado
Aquele que nos levava a andar por todo o lado…
Vamos pela vida, abrindo portas
Sejam elas direitas ou tortas
Sejam elas fáceis em acesso ou de difícil intrusão
Mas em todas elas se encontram… estradas com emoção
Emoção de vida, emoção de cada dia
Emoção pelo caminho que se segue
Aquele que nos leva rumo à nossa sede
Sede de felicidade, sede de plenitude
Plenitude e recheio de completude
De sensações e de aventuras
Que nos servem de lições
Para as vidas vividas com todas as intenções
Que nos vêm dos mais puros corações…
João Paulo S. Félix 

Sunday, December 16, 2012

Um livro te dei... E o mesmo te expliquei...



Um livro te dei… E o mesmo te expliquei…
Numa manhã em que as nuvens cobriam o Sol e a luz
Num amanhecer, em que me preparei para aquilo que o humano ser conduz
Te acordei com um ósculo de amor intenso
E esse beijo te despertou
E o meu humano ser te regalou
Com um livro… Um livro especial
Já na porta me encontrava para sair: quando me perguntaste o porque da prenda nada original
E te disse: meu amor
Começa-o a folhear… Com o máximo fervor
E nele vais encontrar…
Algo de fascinar
As palavras… Aquelas que sempre me ouviste dizer
Aquelas que para ti redigi… Para que sempre as possas ler
As possas ler: ler e junto de ti sempre ter
Palavras magnas em sentimento
Sentimento, magia e encantamento
Aquelas que promovem o alento
E fazem algo despoletar
Ondas de amor… Oceanos de amar…
Olhas para mim com candura…
E não me contenho e te prendo com doçura
Num acto maior de paixão
Acto nosso de entrega: acto de desejo e sublimação
Do nosso lar tendo a irromper
Para ao social mundo me dar a conhecer
E te poder deixar deleitar
Com as palavras que te desejei sempre dar
As nossas palavras, as nossas expressões
Que fazem bem aos nossos corações
Deixo-te voar nos termos
Termos plenos de sentimentos…
João Paulo S. Félix 

Wednesday, December 5, 2012

Dissertar sobre o amor...



Dissertar sobre o amor…
Me coloco em fronte do meu computador
Tendo a meu lado o vaso com mineral fluido
E começo a pensar no que escrever: na vontade de escrever algo acolhedor
Começo a dar uma volta nas temáticas: temáticas saudáveis ao ouvido
Começo bem alto a vociferar
E pelo quarto me vejo a deambular
Quando não… sinto música no ar
Uma música bela e envolvente
Uma música que me leva a ficar carente
Carente e a sentir-me febril, ardente…
Bebo da mineral água que me refresca
E que me dá a energia que me resta
Para escrever sobre algo privado, que jamais se vive numa ou noutra festa
Algo que me permita voar imenso e mais do que seja permitido
Quero voar bem mais alto… Quero poder fugir deste covil
Covil de preconceito e dedos que sempre apontam
Quero viver num lugar onde seja tudo admitido
Quero algo de puro: onde até as mais simples plantas cantam
As maravilhas das glórias e das emoções
Aquelas que se vivem… Nas mais vivificantes paixões
Paixões que sejam turbilhões
De sentimentos tão dolorosos, bem como detentores de mortandade
De mortandade que rasga e que sangra
Por se querer viver mais do que a própria lei humana emana
Quero tanto e com tanta vida viver tal sentimento: antes de morrer…
De morrer em termos de emoções e em termos de formigueiros que se possam mover
Querer por todo tempo a vivência de algo de arrasar
De algo que seja a coroação, de quem viva esta sinergia soberana
Oh Deus que às Tágides de feminina essência
As dotaste com o toque do pecado e da indecência
Se serem seres cobiçados e desejados
Para a vivência de um acumular de actos sublimados
Oh Deus que fizeste da mulher: ser maior em beleza
Ser que dá ao homem a plena e viva certeza
De se querer viver com confirmação
O amor, o beijar, a entrega dos corpos, a infernal paixão
Que se excomunga com a vertigem do que se sente
Do que se sente: daquilo que paira na nossa mente
Que nos quer mesclar com a feminina criatura
Para o acto da felicidade: para o acto da paixão na vida futura…
João Paulo S. Félix 

Tuesday, December 4, 2012

Uma flor de amor... Numa noite de esplendor...



Uma flor de amor… Numa noite de esplendor…
Rasgamos horas para juntos estarmos
Jantarmos, dançarmos…
Ao ponto de a dado momento
Começar a emergir de forma avassaladora um sentimento
Que nos arrebatou para a casa nossa: ninho de toda a perfeição
Roda a chave na porta secreta…
Aquela que nos atira para dentro de casa: lugar da entrega na paixão
A vertigem do sentimento causa dor e faz cessar a respiração
A roupa torna-se banal, todos os objectos ficam sem sentido
Para dar lugar só a nós: aos nossos corpos bem ardentes
Nesta fogueira de amores e gemidos latentes
Pela entrega que nos estava a fazer
Da nossa solitária condição esquecer
Uma casa, um labirinto de compartimentos
Onde nos fomos perder nos mais electrizantes encantos
Da tão celeste quanto pecaminosa doação
Ao carnal desejo da cumplicidade
Que nos permite a elevação à unidade
O corredor torna-se a estrada que nos leva ao leito onde nos deitamos
Onde os lençóis desfazemos, despedaçamos
Para algo muito mais infernal e quente que banais tecidos
Para nos deixarmos levar pelos meandros dos sentimentos sentidos
Aqueles que nos levam a desejar jamais parar
Arde, queima o cometimento deste acto maior
Que nos enche o ego e nos faz a atmosfera elevar
Na temperatura, na humidade que nela se veio a acumular
Dos sopros do nosso respirar
Que jamais nos podiam silenciar
E foi quando não se viu uma flor
Naquele nosso quarto: uma flor com alto pendor
De encanto que nos olhou
Que nos segredou
Que nos queria ver sempre na união
Daquela sensação
Que faz bem ao coração
Paramos de a contemplar… para nos voltarmos a encarnar
Neste amor: amor que veio para ficar
E para no futuro sempre se perpetuar…
 João Paulo S. Félix 

Wednesday, November 28, 2012

Fragmentos de vida...



Fragmentos de vida…
Todos nós somos… Fragmentos de vida
Da vida… aquela na primeira pessoa… aquela por nós vivida
Somos partes integrantes de um todo
Um todo que é um bloco complexo
Recheado de pequenas partículas que o fazem dotar de nexo
Somos pedaços de saudade e recordação
De tempos passados, de bonança ou tribulação
Somos pedaços de vontade e de raça
Que nos dão coragem e que jamais a nossa convicção amassa
Somos partículas de amargura e também de incerteza
Porque nem sempre somos plenos, nem sempre somos dotados de dureza
Somos um complexo de razões e de pensamentos
Que se manifestam no formato de actos, que se fazem exteriorização de sentimentos
Somos pedaços daquilo que queremos
Somos pedaços do que desenhamos
A verdade que é nossa característica
A verdade que se converte nas palavras que vociferamos
Somos resultado das opções que tomamos
Somos construção do social espaço em que habitamos
Somos: somos acima de tudo aquilo que somos
Virtudes, defeitos… Complexos de efeitos
Que se criam no cerebral meio, palpitando nos cardíacos caminhos
Somos solução de cada problema
De cada querela, de cada dilema
Que na nossa vida se dispõem
De forma vigorosa e sem cessar
Questões que tendemos a solucionar
Qual lógica do ser humano pensante
Aquele que por vezes é errante
Mas em grossos momentos ser intrigante
Nos trilhos que escolhe, nas soluções que vislumbra
Para dotar a vida de carácter normal
A vida humana… Baluarte de um bloco vivo especial
Que se faz humana gente
Que se faz ser que vive e que sente…
João Paulo S. Félix 

Juntos... Conquistamos a Lua...



Juntos... Conquistamos a Lua…
Só, solitário e a sós me encontrava
E via o caminho que me esperava
Fiquei quieto e sem reacção
Perante tremenda dimensão
Do que tinha que andar
Do trilho que tinha a seguir
Até que vieste para mim… para a minha vida… Fragrância suave que vim a sentir
Em mim… no meu ser… no meu corpo… na minha existência
E jamais a minha vida ficou sem ingerência
Ficamos juntos e mesclados
No acumular de sentimentos e carinhos trocados
Que nos fizeram mais fortes, que nos fizeram inquebráveis
Que tornaram nossas vidas inabaláveis
E de mão bem dada… de olhos bem fitados
Comprometemo-nos a este adversário transpor
E algo com imenso valor
Se veio a revelar…
Com enorme esplendor
Algo de extasiar…
Um baluarte máximo… que nos uniu para a vitória
O amor…
O amor que nos conduziu à glória
À glória de tudo querer ultrapassar
E em passos firmes da Lua cada vez mais perto nos fomos abeirar
Da Lua onde ousamos querer habitar
Para este mundo subalternizar
Aos nossos pés… os pés de quem progrediu em paixão
Nesse sentimento arrasador que faz abalar o coração
Jamais o deixando como era, jamais o deixando órfão
De uma constante inundação
De momentos de loucura, de laços de cumplicidade
Que nos fazem unos ficar perante a eternidade
Na Lua que ousamos conquistar
Passo a passo de forma firme e sem cessar
Porque muito mais forte é o que nos une do que o que tende a separar…
 João Paulo S. Félix 

Monday, November 26, 2012

Vamos subir escadas... as escadas do amor...



Vamos subir escadas… as escadas do amor…
Estou em casa detido pela sensação
De querer algo mais fazer: algo que me permita cativar a tua atenção
E começo… aos poucos a decorar o nosso lar
Espaço privilegiado do amor nosso… amor que está para durar…
Começo a decorar as nossas escadas de madeira
Aquelas que subimos uma vida inteira
Sem, se quer, pensar onde elas nos vão levar
Elas: nos levam ao amor
Nos levam a um espaço de esplendor
O nosso quarto, sítio de expoente máximo da nossa entrega
Aquela que o nosso coração acelera
E faz a nossa mente à toa andar…
Vejo o relógio a não perdoar
E cada vez mais depressa a se querer movimentar
Movimentar nas horas do nosso sentimento
Aquele que nos leva ao esquecimento
Das humanas obrigações
Sinto que estas a chegar… sinto-o com as comoções
De quem ama e de quem desejar amar
De quem te quer: de quem te quer abraçar
Vejo a rotação da chave na porta
Aquela que tu abres e que meu coração solta
Solta para de ti me poder aproximar
E te dizer… vamos amor… vamo-nos amar…
Para um canto tudo colocas
Para um lado tudo deixas
E pé ante pé… começamos a subir cada degrau
Das escadas que nos fazem subir ao grau
Grau máximo da humana exaltação
Aquela que se quer sempre… Para se viver a paixão
Que nos une… que nos prende, que nos preenche
Aquela que queremos como confirmação
Confirmação, chancela e garante seguro da nossa eterna união…
João Paulo S. Félix 

Ancestralidade de emoções...



Ancestralidade de emoções…
É na pendência de uma tarde de Outono
Que sinto em mim a vontade de retorno
De retorno de todo um sentimento
O retribuir de todo um encantamento
E de ti me aproximo… De ti me abeiro
Para te ter perto de mim sempre… Para te ter para mim por inteiro
Vou ter contigo a qualquer banal espaço
E um convite ao teu ser faço
Um pedido para que me acompanhes
Um convite para que não estranhes
A minha insistência em te querer levar
Comigo a um lugar
Que quis eu escolher, que quis eu pontuar
Para marcar…
Marcar mais uma tarde do nosso amor
Do nosso amor feito esplendor
Um lugar à beira rio e com as outonais cores
Aquelas que apimentaram os sabores
Do que preparei para nosso alimento
Mas o desejo de outro mantimento é mais do que pensamento
Um alimento para o corpo, um remédio para a alma
Algo que nos faça abrandar, que nos possa trazer calma
O nosso olhar, aquele que trocamos sempre com imensa naturalidade
O beijar: o beijar para trazer à luz desta realidade
A emancipação de sentimentos que nos vão na humana identidade
O sentir o abraço… Que nos faz diminuir todo o cansaço
Que se possa em nós manifestar
E toda a inquietação se vem a serenar
E algo de doce vem a se implementar
O querer sempre viver aquele amor
Aquele amor que faz cessar todo o ódio e toda a dor
O amor que vem servir de antídoto a toda a mazela
Para se converter na ostentação mais bela
Do que em nós vai…
E que jamais nos distrai
De sempre querer mais e mais
Deste viver especial: como seres fora dos cursos normais…
João Paulo S. Félix 

Thursday, November 22, 2012

Outono de sentimentos...



Outono de sentimentos…
Implanta, meu amor, dentro de mim
A tua essência: a fragrância do teu jardim
Do teu jardim onde me deleito ao entrar
Entrar e no qual desejo sempre mergulhar
Em ti… na tua beleza, no teu charme
Deixa-me quebrar todas as barreiras e proceder ao teu desarme
Deixa-me te manietar
E em mim te aprisionar
Do modo que tu me aprisionaste
Desde o primeiro momento, desde o primeiro olhar
Aquele que me fez a ti me querer entregar
De corpo e alma para juntos uma oração criar
Tão sagrada quanto profana
Tão sagrada pela beleza da manifestação do que se realiza
Tão profana, como o acto corporal que se idealiza
Deixa-me em ti poder viver
Deixa-me de ti poder alimentar e beber
Neste momento sempre especial
De uma outonal estação com toque invernal
Deixa-me dar-te a mão
E te pedir: fecha os olhos e deixa evoluir a emoção
Que nos fascina ao respirar
Que nos asfixia ao beijar
Deixa tudo se poder manifestar
Deixa até as folhas das árvores se poderem precipitar
Mas jamais digamos que não e deixemos sucumbir
Aquilo que nos veio a unir
A paixão e o amor
Um sentimento infernal e cheio de valor
Um valor imensurável
Uma valia incalculável
Para se poder viver no outro por todo o tempo
O tempo do nosso conhecimento
Como carnais e vivas criaturas
Que tendem neste mundano espaço seguir… as suas enormes aventuras…
João Paulo S. Félix 

Thursday, October 25, 2012

As chaves que abrem o coração...Que nos remetem para a paixão...



As chaves que abrem o coração… Que nos remetem para a paixão…
Num dia de trivialidade
Num daqueles onde irrompo por toda a parte
Chego a um velho casebre
Que fica à beira mar… Entrei nele… Jurei que seria uma entrada breve
Entrei e nele algo encontrei
Um molho de múltiplas chaves e nelas me interroguei
O porque de elas ali estarem
O porque de me deterem…
Ando de um lado para o outro… Tentando respostas vislumbrar
Para o facto daquelas chaves… comigo se quererem encontrar
Grito… Berro bem alto pelo meu estádio de interrogação
Até que algo serve de elemento de perturbação
O facto de cada uma ter uma inscrição…
Sonho, memória, amor
Tudo elemento mágico… Repleto de esplendor
Vida e coração
A resposta encontrei… no meio de tanta divagação
A resposta é o significado
Que cada chave tem… no seu verdadeiro predicado
 Cada uma tem uma qualidade
Que permite criar uma unidade
No facto de a sua união
A mescla delas todas criar a razão
Da entrada no mundo da paixão
Porque na paixão se vive o sonho, se vive a vida
Aquela que se quer poder recordar
No quadro da memória… Memória feita vitória
Que se quer sempre plasmar
No palco onde se joga o amor
O amor cheio de valor
De forma decisiva, com modelo atroz
De luta contra a mediocridade
De luta contra a contrariedade
Em busca da realidade
Do amor na paixão… compaginando tudo na vida da felicidade…
João Paulo S. Félix 

Wednesday, October 24, 2012

Não há tempo para o banal... Eu quero o especial...



Não há tempo para o banal… Eu quero o especial…
Não há tempo… Agora já não…
O tempo é uma encruzilhada, na busca da perfeição…
Agora o tempo urge a passos largos
Agora, ainda mais neste momento, em que se querem para longe encargos
Que tenham que ver com sentimentos
Que se prendam com a vivência de intensos momentos
Quero romper com a convenção
E com a corrente vigente
Quero algo altivo, algo sempre emergente…
Viver de algo que seja inolvidável
Viver cada coisa... cada coisa que no passado era impensável
Quero que cessem todos os devaneios
Eu quero rumos certeiros
Quero saber o caminho em que ando
Quero saber que emoção está ao meu comando
E a resposta é implacável e sagaz
Uma emoção que de tudo é capaz
Uma emoção…
A paixão!
A paixão que corta com preconceitos
A paixão que esquece todos os defeitos
Para limar arestas na cumplicidade
No vigorar de algo que é externo à Cidade
Cidade e meio social
O amor e o amar… algo sensacional
Agora só quero ter tempo para ao amor me agarrar
E dele não me apartar
Quero sempre tê-lo em mim
Porque é baluarte que é latente, que causa frenesim
Que se quer consumir sem fim
Que se quer como elemento a coroar
A audácia de tempo querer… Para sempre poder amar…
João Paulo S. Félix 

Tuesday, October 23, 2012

As luzes do nosso amor...



As luzes do nosso amor…
Num momento de caminhada pelo exterior
Vi um elemento belo e cheio de esplendor
E dou por mim a adquiri-lo com convicção
Convicção e vontade de o trazer para a colação
Da nossa casa, do nosso lar
Espaço privilegiado e requintado do nosso amar
Lugar que quis muito iluminar
Com luzes feitas essência
Da nossa consciência
Consciência e irreverência
Essas lâmpadas comecei a colocar
Em todo o nosso reduto para o poder pontuar
Nas suas luzes de natural natureza
Feitas de flores
Ai que belas… Como são cheias de valores
Valores que nos trazem à razão
À razão do humano coração
Que no seu âmago quer poder gravar
Episódios místicos, marcos a saborear
Da nossa paixão a dois…
Oh Vénus que Deusa do Amor sois
Permiti que jamais me afaste
Daquela que no meu caminho colocaste
Recorro também a ti imponente Afrodite
A ti minha conselheira, a ti minha confidente
Do que me faz feliz, de quem me faz bem, de quem me coloca contente
Aquela que é bela e luz na minha vida
Aquela que sabe de toda a epopeia por nós vivenciada
Aquela que se tem como a mais divinal cruzada
Na rota para a eternidade
Para o roteiro da felicidade…
João Paulo S. Félix 

Monday, October 22, 2012

Beleza rara... Musa de inspiração...



Beleza rara… Musa de inspiração…
Exposta estavas na beira do rio…
Rio nosso, lugar de cumplicidade
Das emoções nossas, das vivências nossas desconhecedoras de idade
Vou deambulando ao teu encontro
E vejo a tua sombra encostada no teu ombro
Vejo-te bela, casta, pura e ao natural
A irradiares a tua beleza naquele espaço fora do normal
Ai de mim que te desejo assim…
Daquele modo, qual flor mais formosa deste infinito jardim
Ai de mim que sempre em ti me encontro a pensar
Em ti mulher estética que me veio enfeitiçar
Em cada momento, em cada hora, em cada segundo
Tu que vens e silencias-me, colocas-me mudo
Fazendo das palavras acessórias perante actos maiores
Do amor que vivemos em espaços dotados de esplendores
Que fornecem um toque de classe e sofisticação
Ao clima que entre nós se cria, aquele que vem desde o Génesis da criação
Das raízes do nosso sentimento
Aquelas que montaram nos nossos corações acampamento
Para de lá jamais se quererem afastar
E sempre neles quererem-se fixar
Como garantes de sinais maiores e sinais mais divinais
De passos de dança que se fazem na paixão, de passos com contornos ancestrais
Ai de mim… querer muito mais em ti, mais em ti de mim
De ti: ser que sublimo e que bem quero
Ser amado do qual jamais me quero separar
Para contigo algo mais intenso poder edificar
Neste mundano canto onde temos de jogar
As nossas acções e decisões
Vividas e reflectidas das nossas paixões
Aquelas que nos mesclam
Aquelas que nos unem
Aquelas que nos tornam um… Aquelas que nos fundem…
João Paulo S. Félix 

Sunday, October 21, 2012

Abrir um portão... Para seguir rumo à nossa paixão...



Abrir um portão… Para seguir rumo à nossa paixão…
Faço a rota perfeita ao mundo da eternidade
Em busca de uma certeza, em busca de uma realidade
Aquela em que te quero bem perto de mim
Aquela em que pretendo ofertar-te flores: rosas, peônias, jasmim
Um momento de coroação
Um momento para a nossa eterna confirmação
Como cumplicidade
Como caminho para a felicidade
De parte a parte: no sinalagma da vida
Aquela que se quer intensa, aquela que se quer frenética
Aquela onde, com toda a alma ousamos romper com a ética
 Com convicção da tua casa me abeiro
Quando não, olho para o último obstáculo
Aquele que tenho ânsia de passar num pulo
Aquele que desejo ultrapassar
Para perto de ti sempre ficar
Um portão… Um banal e férreo portão
Enfeitado com as plantas que existem… Que emanam perfeição
De um cenário idílico que me falta fazer passado
Para me poder ancorar a teu lado
Respiro fundo… Recuo e avanço como quem avança para a contenda
Aquela que se tem como Santa, aquela que se tem como oferenda
Das Tágides e das Deusas do amor
Do sentimento enorme… Aquele que é o maior
O sentimento que quero viver
À tua beira, em cada amanhecer
Para contigo poder andar
De mão dada, para podermos ladear
 Passo a passo cada caminho seguido pelo ser motivo da nossa fuga da razão
Aquele que nos bate e palpita forte no coração
Aquele com quem queremos até aos derradeiros momentos viver a paixão
Que nos arrebatou, que nos tirou do caminho da correcção
Para nos colocar na esfera encantada da realização
Realização concretizada com a ultrapassagem de um simples portão…
João Paulo S. Félix 

Saturday, October 20, 2012

Almas gémeas... No amor e no esplendor...



Almas gémeas…No amor e no esplendor…
Encontro-me de forma relaxada a querer em algo pensar
Pensar, em algo que me veio a interrogar…
A origem, o alfa de um elemento
Que se revela e se converte num termo
Almas gémeas...
E em relação a tal me decido debruçar
E em torno dessa temática começa a minha mente a  orbitar…
Levantei-me de onde estava e comecei a percorrer
Cada canto da casa onde me encontro para algo poder…
Poder vasculhar em imensas informações
Em imensos conceitos e conclusões
E um som começar a soar
Que me permite voar
Soltar amarras e partir
Para um pensamento… Um pensamento que quer fluir
E nesse pensar
A ilações vou parar…
Que me permitem ver
Que almas gémeas sempre tender a aparecer
Na vida de quem quer amar
De quem quer se elevar
A um nível mais elevado do que o da mediocridade
Onde tudo é belo e repleto de prioridade
O tocar, o seduzir, o beijar…
O querer sempre mais
Deste universo místico e recheado de emoções fora das normais
Porque o amar… leva quem ama a se transferir
Para a alma, para o pensar, para o coração, para o corpo
Daquele que um dia… os mesmos passos quis seguir
Daquele que nos coloca com sentimento caloroso
Caloroso e esplendoroso
Porque quem ama quer sempre algo mais que a sua vil condição
Mas quer sempre e para todo sempre viver a infernal paixão
Que se quer com cumplicidade: que se quer sem idade
Que se quer por todo o tempo… Por toda a eternidade…
João Paulo S. Félix