Tuesday, September 18, 2012

Sindicalização no amor...



Sindicalização no amor…
Quis do meu mapa algo erradicar...
Quis a algo me mesclar, quis a algo me sindicalizar…
Quis pôr de lado toda a quimera e todo o preconceito…
E pôr em evidência algo cheio de reverência… Algo imaculado e sem defeito…
Quis poder ligar-me a algo com muita convicção…
Quis-me ligar a um sentimento… a um sentimento de unidade… a um estado de união…
Desejei muito privar a minha humana criatura da privação…
Da privação e do cativeiro onde estava feito solidão…
Quis ser diferente… quis ser incoerente…
Correr atrás do prejuízo, correr atrás do que me fizesse contente…
Quis pôr a minha vida em cheque, quis lançar-me ao vento…
Quis lançar-me aos mares, aos mares do contentamento…
Do contentamento das infindáveis criaturas…
Aquelas que ousaram partir para as aventuras…
As aventuras e as emoções
Que se repletam de sensações…
Quis poder a esse patamar chegar
Almejei querer a algo me sindicalizar
Sindicalizar, ficar para sempre fiel
A um compromisso, a uma missão, que não vem num jornal ou folha de papel
A um lançamento às sortes sem torpes
Quis deixar-me ir… voar e fluir
Sem fazer especial enlevo de esperar pelo que está para vir
E quis nesta expedição lançar-me com a minha própria motivação
De querer viver no amor… de que querer render à paixão
À paixão que faz levitar
Aquela que sempre que ser poder presenciar
Na vida: naquela que é nossa, na qual queremos poder deixar entrar
Alguém único, alguém inolvidável, alguém especial
Alguém que nos faça sorrir com simplicidade
Alguém que nos ouça sem trazer vocábulos à liberdade
Alguém que nos perceba com o olhar
Alguém… Um alguém tão nobre que vamos querer sempre preservar
Preservar e amar
Sem tempo e ocasião
E fazer do amor a confirmação
De que se viveu e se quis viver
De que se quis, neste palco de humanas criaturas, algo marcar
Marcar e perpetuar…
Sem idade, com engenho, com sentimento e sem lugar…
Sem lugar mas com intenção
De viver emoções que brotam do coração…
João Paulo S. Félix 

Monday, September 17, 2012

Viagem sem regresso e sem vontade de regressar...



Viagem sem regresso e sem vontade de regressar…
Fui seduzido a numa carruagem poder entrar
Entrar… Numa locomotiva misteriosa mas de fascinar…
Nela entrei… e o cinto coloquei…
 Senti a trepidação e o Alfa da viagem…
Comecei a ficar com receio da vertigem da rapidez
Que era usada com imensa altivez
Às escuras, naquela locomotiva entrei no que designo: viagem sem regresso
Porque entrei num rumo, um rumo que consiste num ingresso
Num mundo de emoções…
Um universo de sensações
Sensações que advêm dos corações
Corações das pessoas que amam
Daquelas que desejam poder alguém sempre a seu lado ter
Daquelas que jamais vão vacilar
Vacilar em relação a este percurso feito sem tempo
E no qual o banal relógio passa a ser o equivoco
O equivoco de quem não se quer prender a ponteiros
Mas antes a sentimentos certeiros
Que permitam a união
A união e a mescla na paixão
Na paixão alada e altiva
Que a atenção dos humanos seres cativa:
Cativa para ser recolhida…
Cativa para ser absorvida…
Como acto maior de uma sensação feita furação
De uma sensação que provoca a consolação
De quem andava perdido e à deriva no mundano espaço
De quem sentia a solidão, de quem sentia o amasso
De viver a sós e de viver a solitária experiência
 Que causava dor e revolta na consciência…
Porque depois de nesta viagem rumo ao frenético mundo do amor se entrar
Porque dela jamais se vai querer regressar... Porque neste viajar...
Onde se anda à velocidade da luz, onde se circula por circuitos arriscados
Arriscados porque se quer andar neles ao extremo
Extremo e limite do permitido
Porque no amor corremos contra algo proibido
O quebrar barreiras e preconceitos
Que foram feitos conceitos
Conceitos e chaves de conduta
Porque quem ama vive em constante luta
Contra essas triviais barreiras da espacial localidade
Para visar alcançar a bonança do amor num lugar chamado eternidade…
João Paulo S. Félix