Sentimento bom do coração...

 

Sentimento bom do coração...

Quando ouso querer retomar

E poder de algo terno falar...

Quando pretendo

Falar de algo que defendo...

Algo que me invade

Algo mergulhado em saudade...

Saudades tuas à claridade da luz

Que o humano ser conduz...

Saudades do teu olhar

Que em mim tende a mergulhar...

E a ler

O que estou a viver...

Saudades da tua voz

Aquela que me fazia não sentir a sós...

Porque a queria e quero a toda a hora

Junto de mim sem ocaso ou demora...

Saudades de me sentir adoçado

Saudades de amar e ser amado...

Saudades tuas e de nós

Saudades de podermos fazer como nossos avós...

Avós e nossos ancestrais

Seres deveras especiais...

Que no amor se uniram

E para sempre se fundiram...

Saudades de te tocar

De te sentir e acariciar...

Sinto a falta do teu cheiro em mim passear

E o mesmo sentir que se estava a entranhar...

Para de mim não mais se afastar

E saber que o teu cheiro...

É amor de coração verdadeiro

Que o que sentes é puro e sincero...

Que é intenso e nada efémero

Porque faz falta a tua mão...

Para suspirar na contemplação

Da tua beleza de fascinar...

E de me render a ti ser de apaixonar

Porque mesmo que não o possa manifestar...

É amor tudo o que tenho para te dar

Dar e manifestar...

Porque por mais que o mapa venha a afastar

O que por ti sinto não tende a cessar...

Porque te amo e tal quero narrar

Como premissa para vivo me encontrar...

Porque és o meu choro na perdição

Porque sofro com esta solidão...

Porque te queria junto a mim até à exaustão

Para viver o amor com sofreguidão...

E viver contigo na imensidão

Do amor: Sentimento bom do coração...

João Paulo S. Félix

Amor sentimento admirável...

 

Amor sentimento admirável...

Para além do mundo

Deste lugar rebelde e profundo...

Existe uma dimensão maior

Um lugar de esplendor...

E em nós

Um espaço onde não estamos sós...

O nosso coração

A nossa íntima habitação...

Onde habita

Quem nos arrebita...

Quem nos eleva

E quem nos leva...

A conhecer

Algo que faz viver...

Um sentimento

Mais do que pensamento...

Algo mais altivo que contentamento

Um sentimento feito em nós intenso fermento...

Para fazer em nós levedar

O sentimento e o ato de amar...

Sim: o amar sem fim ou ocaso

E ser regado como flor dentro do vaso...

Com gestos e ternuras

Com carinhos que saram agruras...

Porque amor

É sentimento curador...

Das feridas: da dor

Porque o ato de amar...

Faz em nós despoletar

Forças para lutar...

Coragem para tudo enfrentar

Porque o amor é o olhar dos amados...

É o baile infinito dos predestinados

É a oportunidade...

De viver algo sem idade

Algo sem futilidade...

Mas com máxima vitalidade

Porque amar é a vontade da realidade...

É fazer do sonho: momento da liberdade

É fazer do que sentimos...

Narrativa de que tudo conseguimos

Porque juntos em cumplicidade...

Tudo se torna a mais doce inevitabilidade

Porque o amor...

Ai o doce fervor

Que faz o corpo tremer...

No ato de enlouquecer

No desejo infindável...

No amor: Amor sentimento admirável...

João Paulo S. Félix

Meu amor fascinante...

Meu amor fascinante...

Já é noite e a terra dorme

E em mim a vontade me consome...

A vontade e o desejo

De ti: do teu beijo...

De sentir a tua proximidade

De sentir a nossa intensa cumplicidade...

Já é noite e a terra dorme

E de ti o pensamento não me demove...

O pensamento de que és parte de mim

De que és flor bela do meu jardim...

De que és para mim a felicidade

E de que nada, nada é acaso ou fatalidade...

Porque tudo acontece por um motivo

Porque na minha vida entraste para me tornar altivo...

Altivo e vigoroso

Para querer ser forte e corajoso...

Para ter coragem da morte enfrentar

Para a querer ultrapassar...

E o nosso amor perpetuar

Para que o nós seja eterno...

Para que em nós não caia o inverno

Dos frios, dos gelos, dos cinzas e dos negros...

Para que sejamos sempre verões sinceros

Nos calores, nas temperaturas...

Nas aventuras e candura

Nos afetos e nos gestos...

Nos olhares doces manifestos

Porque és a felicidade infinita...

Porque és criatura bendita

Porque te amo...

Porque te chamo

Porque te devo dizer obrigado...

Por seres para mim o meu feliz fado

Cantado, sentido e em mim gravado...

No coração

Onde temos o que tem razão...

Razão de ser

E motivo para viver...

Porque já é noite e a terra dorme

E o bem te querer, de mim não some...

Porque não há porquê

Para aquilo que o intimo lê...

Porque não se consegue explicar

Como e o quanto é bom o ato de amar...

Porque te amo meu amor

Porque és meu ser redentor...

Porque vens em mim curar toda a dor

Porque és para mim dia a toda a hora...

Porque és quem amo no aqui e agora

Porque te amo de forma incessante...

Porque te amo: Meu amor fascinante...

João Paulo S. Félix 

Pecados imortais...

Pecados imortais...

Quero hoje poder a barreira ordinária ultrapassar

Poder os limites do razoável passar...

E confessar

A vontade louca de te amar...

De te beijar

De te abafar...

Os lábios e a respiração

No momento da excitação...

Poder pelo chão

Derramar cada peça de roupa...

Que esteja a mais para a vontade que galopa

Galopa nas infernais intenções...

De lambuzar os teus mamilos

Sentir que os faço altivos...

Sentir que te excito

Que o teu corpo exercito...

Sentir as tuas mãos na loucura

De puxar os meus cabelos e à procura...

De algo para poder segurar

Para tanto desejo suportar...

Poder sentir-me a ser possuído

E por ti intensamente consumido...

Consumido e ordinariamente comido

No desejo que desperta a libido...

Poder sentir na cópula a tesão

Que causa êxtase de tentação...

Sentir as peles e os toques de prevaricação

No amor de outra esfera... De outra dimensão...

Geme comigo, solta as vontades

Conduz tudo às liberdades...

Atascadas e aprisionadas

Na moralidade da correção...

Vamos fugir dos ditames da populaça

E viver o que nos une com a graça...

De um amor, de uma paixão

Que não tem porquê ou explicação...

Que nos suga para estratosférica adrenalina

Para expulsar a oxitocina...

A hormona do prazer

Aquele que nos cega e faz viver...

Imensamente

Intensamente...

E criar a comunhão

Com o outro e firmar a união...

De cumplicidades

Que conduzem às nossas eternidades...

E podermos para sempre amar

Amar e o outro realizar...

Em momentos e acontecimentos colossais

Onde vivemos o amor... E os pecados imortais...

João Paulo S. Félix 

Vozes dos sentimentos...

Vozes dos sentimentos...

Noite escura e luz longínqua

Abeiro-me com um copo de água...

Da fonte que perpetua em palavra a minha imagem

Aquela que dá corpo a cada minha mensagem...

Dou por mim a desafiar

O meu coração para de amor falar...

E do nada penso em ti meu coração

E tudo ganha outra dimensão...

Tudo conquista razão

Tudo ganha nexo de conexão...

Pensar em quem é para mim vida

Para quem é balsamo para cada mundana ferida...

Porque és quem acalma

Os males da minha alma...

Porque és quem ajuda a arrumar

Cada esqueleto do passado num armário para se findar...

Um passado de dor e mágoa

Para limpar a tristeza que o ser povoa...

E deixar que sejamos penetrados

Pela felicidade dos amados...

Pelos sentimentos desejados

Porque aqueles que fazem amanhecer...

E sempre querer

Á clara luz do dia...

Os sonhos que a noite desafia

De beijar e abraçar...

Quem nos vem em fogo colocar

Poder prometer...

Que o outro não queremos mais perder

E amar...

Aqui e agora sem hora ou lugar

Porque te amo meu sonho helénico...

E contigo derrubar o frio térmico

E fazer com que o nós...

Seja frio e atroz

E nos faça sentir a cobiça...

De sentir a erupção da preguiça

E viver a avareza da vontade...

Do gemido solto com liberdade

Do fluido expelido na velocidade...

Na nossa infernal intensidade

Porque te amo com seriedade...

Porque te quero com toda a frontalidade

Porque te desejo até à eternidade...

Porque és quem é luz da minha polis cidade

Porque és amor...

Meu altar de esplendor

Porque são teus todos os meus tempos...

Porque são para ti: As vozes dos sentimentos...

João Paulo S. Félix 

Das verdades do coração...

 

Das verdades do coração...

Sinto a calma que paira no ar

Que me convida a parar...

Parar e me centrar

Em algo de sublimar...

Algo de sentimental

Pleno de sentimento especial...

Algo vivificante

Algo que é intenso e exuberante...

Algo que vem aclarar

O que estava turbo e a boiar...

Na baía das almas perdidas

Das almas com vidas sofridas...

Vidas que descobrem sentimentos helénicos

Sentimentos vivos e frenéticos...

Sentimentos que são luz

A iluminar o trilho que nos conduz...

Que nos conduz ao que nos seduz

Algo para lá daquilo que eu supus...

Supus no ousado exercício da suposição

A ousar pensar em algo mais altivo que a paixão...

Algo mais intenso que o beijo dado

Algo mais avassalador que o ato do corpo desnudado...

Em vontade de gemer bradando o intenso fado

Da entrega à luxúria do desejo...

Onde se sente a intensidade

De quem queremos a cumplicidade...

Para viver a nossa eternidade

No tocar: no doce arrepio corporal...

Aquele que faz suspirar

O que abre as portas ao ato de delirar...

E querer não mais parar

Aquele que pede com fulgor...

Que se possa sentir o fogo do amor

O fogo ardente e acutilante...

O fogo intenso e dilacerante

Que queima os males da humanidade...

Aqueles que nos olham com maldade

Porque amor é sentimento maior...

Porque amor é sentimento que remove a dor

Porque amor é juízo e alegação...

Porque amor é a subida à casa da suplicação

Para a defesa na justiça do divino...

Na justiça que faz do verbo amor o seu hino

O amor sério, o amor sentido...

O amor que temos: o amor vivido

Por quem: Um alguém que nos consome a libido...

Alguém que nos consome a emoção

E o pensamento até à exaustão...

Porque para ti minha tentação

Escrevo as linhas... Das verdades do coração...

João Paulo S. Félix