Tuesday, March 31, 2020

Quebra-mar...

Quebra-mar…
És a altivez
Que ao meu ser…
Traz lucidez
E toda a solidez…
És tu de modo infinito
O meu sentimento bonito…
És tu de modo sapiencial
Aquele ser especial…
Que me faz suspirar
Que me faz desejar arriscar…
As convenções fazer cessar
Tudo por te amar…
Tu és a irreverência
Que traz ao meu ser a transparência…
De viver um amor
Que é fulgor…
Que é motivação
Que és em mim inspiração…
E um tónico de elevação
Para fugir ao anonimato…
De viver a sós no mato
Que é a cinzenta sociedade…
Feita de estéril solidariedade
E que olha com alarvidade…
Para quem está alheado
E do sentimento furtado…
Por isso e contigo com determinação
Desejo dar aquele grito de demarcação…
De toda a nossa cumplicidade
De toda a nossa Humanidade…
Tu que és a brisa
Que a minha alma precisa…
Tu que luz que amanhece
E que o meu corpo carece…
Porque nos somos fúria dilacerante
Porque somos unidade fascinante…
Porque somos unos e revoltos
Somos juntos espíritos soltos…
Porque somos com bravura
Capaz de viver a aventura…
Do que nos fez mesclar
Do que nos faz amar…
Um amor sagaz e capaz
Até de ser demolidor quebra-mar…
João Paulo S. Félix

Sunday, March 29, 2020

Afetividade...

Afetividade…
Num tempo da sociedade
Em que somos forçados à clandestinidade…
Em que o coração tende a empedernecer
E tal atitude choca e faz doer…
Num mundo pelo vírus comandado
Sem saber bem por quem demandado…
Temos que ir fazendo orações
Para jamais esquecer as emoções…
Aquelas que dão vida
Aquelas que são conquista conseguida…
Em que temos que ter sempre presente
A recordação do momento luzente…
Aquele que aquece a alma
Que nos serena e acalma…
Aquele ato do abraçar
E simples gesto do outro abarcar…
Para o poder confortar
E as suas forças recarregar…
E poder vociferar
Algo de alentar…
E que cause sorriso de contagiar
Algo que possa causar o momento…
Que sirva para o envolvimento
E para o rosto deslizar…
E os lábios beijar
E essa reunião providenciar…
Para algo se libertar
Que seja semelhante ao amar…
E ao viver do amor
Sentimento que cura a dor…
Sentimento que causa contentamento
Sentimento que nos remove do isolamento…
Que promove a nossa unidade
No ato que faz mover a humanidade…
O sentir o amor… o sentir a afetividade…
João Paulo S. Félix

Thursday, March 26, 2020

Razão...

Razão…
O dia a noite trouxe
E a calmia colocou-se…
E com ela a serenidade
E a vontade…
De pôr de lado o pensamento
Mas surge o surgimento…
Do coração
A pulsar com toda a ação…
As emoções
E as mil e uma sensações…
E a transmitir nas fibras
Dos canais dos nervos as memórias…
Das nossas histórias
E o sorriso surge e renasce…
Na alma presente que em mim amanhece
Porque há elemento de por maior dimensão…
Que fazem dar alento à humana criação
Que fazem exacerbar…
Vontade de amar
De contigo estar…
De te olhar
E com os lábios te sublimar…
Em toda a unidade do amor
Que é inspiração e fervor…
Que sentimento de extrema magnitude
Este que nos faz voar a alta altitude…
Que nos ousa passar para além do Evereste
Que arroja ser mais veloz que a bala disparata no faroeste…
Que tende a dar vida e esperança
Que tende a ser bonança e segurança…
Feita certa confirmação
Que mesmo que haja arrufo ou confusão…
Contenda ou estado de emergência
Que este sentimento é perfeita ciência..
Que nos faz ser um sendo dois
Um sentimento para agora e não para um depois…
Porque tu trazes à minha vida esta confirmação
Porque és um mim arrojo  de loucura… Porque és em mim imaculada razão…
João Paulo S. Félix

Wednesday, March 25, 2020

Ensina-me a te ler...


Ensina-me a te ler…
Do alto da noite escura
Aquela para a qual o Sol é a cura…
Me encontro na interrogação
Do dilema que causa inquietação…
Para por termo à iliteracia
E seguir rumo à diplomacia…
A de te compreender
A de te poder…
Decifrar
Em cada olhar…
Em cada vocábulo
Em cada vernáculo…
Saber o porque
De tudo e não sei o que…
Saber descortinar voz dos teus silêncios
E saber como o fazer sem recorrer a compêndios…
Saber descodificar os teus suspiros
E também os teus delírios…
Saber como combater
As coisas que te fazem sofrer…
Que fazem lágrimas toldar
E te vêm a atormentar…
Quero ser causa da esperança
Em teu dia e vida com toda a segurança…
Quero das lágrimas fazer sorriso
E ser para ti tudo o que for preciso…
Só te peço em ato de imploração
Deixa penetrar na tua dimensão…
No teu mundo
No teu ser mais profundo…
Na tua essência
Na tua reverente irreverência…
Saber cada mensagem interpretar
E cada gesto que o teu corpo venha a efetuar…
Quero as mágoas com beijos amordaçar
Para felicidade a ti te depositar…
Como creditação
Do amor do coração…
Mas para tudo isso acontecer
Meu amor… Ensina-me a te ler…
João Paulo S. Félix

Tuesday, March 24, 2020

Fazer sentir...

Fazer sentir…
Respiro como ato vital
Para sobreviver neste local…
E ao respirar
Tendo os olhos a fechar…
Para tomar noção
Da fiel constatação…
De estar vivo
E de ser um ser ativo…
E nesse emaranhado
Sou docemente arrebatado…
Pelo bater do coração
A lembrar outra dimensão…
Aquela que faz sorrir
Aquela que nos submergir…
Das trevas e querer atingir
A excelência…
Com doce irreverência
A excelência do ser…
Feita pelo teu marcante viver
Na minha vida…
Feita infernal corrida
Tu compasso de luz…
Que me guia e conduz
Ao amor
A esse estádio que é alvor…
Que é a libertação das almas cativas
Que é na vida as ocasiões decisivas…
E incisivas
Que marcam e deixar chancela…
Que a alma acelera
Que o pensamento sacia ...
Que o corpo unido erguia
Tu que és doce melodia…
Tu amor feito luz do dia
Tu ser que és na minha jornada alegria…
Tu e sempre tu meu tónico de motivação
Tu que és em mim fornalha da exacerbação…
Da verdade do sentimento
Do sentimento que é fuga do desalento…
Todo o meu tempo tu és
E em mim conquista de altivez…
Tu e a ti que te ouso colocar
No banco dos réus para te julgar…
Do tribunal dos afetos por me fazeres sorrir
E todo este amor me fazer sentir…
João Paulo S. Félix

Monday, March 23, 2020

Fazes-me falta...

Fazes-me falta…
Neste momento de relaxamento
Em que me encontro só com o pensamento…
Sou levado a equações
De afetos e sensações…
Condutoras a acontecimentos
Que foram causa dos nossos alentos…
Sinto e neles penso sem cessar
Como a chama do amor a me inflamar…
Que vontade
E quanta saudade…
Do diálogo e da partilha
Que nos concedia o entendimento e a fuga da vil ilha…
A lástima do vazio que se está a lacunar
Que saudade de cada ocasião de fascinar…
De cada olhar
De cada momento de tocar…
De suavemente te sentir
E algo em nós explodir…
A nossa química avassaladora
E plenamente arrebatadora…
Que conduz ao beijo perpetrado
Ao languido ósculo exacerbado…
Que fazia querer mais
Querer de nós ouvir os ais…
Na entrega dos corpos ao amor
Afinal esse é o ato de esplendor…
Que cristaliza o todo do viver
É o todo que nos faz sobreviver…
E resistir
Neste mundano lugar onde viemos a existir…
É a cada momento de nós
Aqueles em que não estamos sós…
A que me agarro de modo vital
Para manter toda a sanidade mental…
Porque tudo parece distante
De cada momento nosso feito brilhante diamante…
Cada momento em que sorrimos
E que tudo em nos sentimentos…
Em que a união assumimos
A saudade nutrida por ti me assalta…
Sim assumo tudo porque.. Fazes-me falta…
João Paulo S. Félix

Sunday, March 22, 2020

Na hora das nossas emoções...

Na hora das nossas emoções…
Na vida vivemos momentos
Momentos que fazem acontecimentos…
Na vida vivemos jornadas
Que viram epopeias aladas…
Na nossa existência
Com eloquência…
Vivemos com reverência
Sentimentos…
Afetos dos pensamentos
Que se substanciam no amor
No amor de esplendor…
Em ósculos e entregas
Nas quais oxitocina segregas…
A vitamina do ato de amar
E de sempre desejar…
Ao clímax chegar
E com ele o orgasmo atingir…
Em gemidos que o ouvido venha a sentir…
Quero do amor a plenitude
E toda a sua latitude…
Quero desse estado maior
Viver com todo o fervor…
Cada momento e instante
Nesta vida de ser errante…
Quero sem demora
Porque o capeta não avisa e vem num agora…
Porque quero até esse acontecer
De ti poder viver…
No teu coração poder habitar
E no teu intelecto ser constante ato de pensar…
Quero com magnitude
Viver o amor de virtude…
Que nos funde
Que nos mescla…
Que nos tocar a mesma tecla
E querer viver todas as apaixonantes inquietações…
Nos momentos da nossa vida: Na hora das nossas emoções…
João Paulo S. Félix

Saturday, March 21, 2020

Nas brumas da felicidade...


Nas brumas da felicidade…
Como faz doer
A atualidade em que tem que se viver…
Como causa impotência
Este momento que cada um presencia…
Como amava poder sair
Para o mundo na alma engolir…
Como desejava agora observar
O areal, as conchas, as gaivotas e o mar…
Sentir o aroma a maresia e me sentar
Na areia humidificada…
Pelas marés, pela chuva ou pela noctívaga orvalhada
E ali poder estar…
Sentir e contemplar
Toda aquela calma e desintoxicar…
Do mundo presente e me poder oxigenar
E também…
Porque nada me detém
Usar as mãos para furar…
Os grãos do chão e escrevinhar
O teu nome…
O nome de quem me absorve a fome
A fome e me retira a pouca sorte…
Tu ser que fazes de mim humano forte
E poder sozinho naquele lugar gritar…
O teu nome para o mar levar
E fazer desaguar…
Em todo o porto, cais ou onde venha a atracar
E fazer eterno este meu amar…
Este meu sentimento de amor
Aquele que me fazes sentir com primor…
Tu que me fazes sorrir
E não temer o que possa estar para vir…
Naquela praia no frio do momento a sentir o teu calor
Porque é sentido a todo o momento com fervor…
Incendiado com os toros de cada memória
Que adensam a nossa história…
Cada loucura e cada palavra
Sentida, olhada e vociferada que no coração lavra….
A perpetuidade do que nos une
Une e nos torna imune…
Ao viver a olhar para os tempos humanos sem eternidade
Porque o nosso amor e realidade porque está gravado nas brumas da felicidade…
João Paulo S. Félix

Friday, March 20, 2020

Talvez...

Talvez…
Provavelmente
De modo quase renitente…
Possa dizer
Que haverá amanhecer…
Que poderá haver novo sol a nascer
Que iremos ver…
Gente nas ruas a correr
Crianças nas escolas a gargalhar…
E tudo isso duvida vem a suscitar
Que é aqui e agora…
Neste momento sem demora
Que temos que dizer…
De modo certo o que em nós tende a suceder
No domínio do sentimento…
Daquilo que traz ao humano alento
Que é feita a hora…
De vociferar o que em nós mora
Aquele estádio de exaltação…
Que faz vibrar o coração
E que permite…
E que nada omite
O sentimento que exacerba…
Que faz da humana criatura serva
De algo de fascinar…
O sentimento de amar
O sentimento do amor…
Que causa no âmago calor
E motivação…
Neste momento de interrogação
À planetária escala…
Amor: sentimento que se exala
E que nos autoriza ao beijar…
Ao sentir e ao tocar
Com gestos e com a troca de olhar…
E as mãos entrelaçar
Para acarinhar e alentar…
Porque é este o momento
De dar voz ao contentamento…
Do sentimento que em nós vai
Porque a qualquer momento tudo se esvai…
Agora é a ocasião
De dizer que te amo meu doce coração…
Que és especial
Ser fora do normal…
E o faço agora e de uma vez
Porque não sei se haverá mais hora… nem um amanhã talvez…
João Paulo S. Félix

Thursday, March 19, 2020

Pai: Dia dos seres especiais...


Pai: Dia dos seres especiais…
Hoje que dia é?
É dia de tomar um capilé?...
Dia de goleador Pelé?
Não..
Pelo menos ouso a negação
Para fazer a demarcação…
Hoje temos março como mês
E 19 como dia que o destino fez…
Um dia que o gregoriano calendário
Dedica a alguém milenário…
Um ser fascinante
De força vigor e carinho contagiante…
Daquele ser do qual ouço o despertador
Para mais um dia de luta com primor…
Daquele que prometeu a São José
Tentar ser como ele é…
Hoje é definitivamente dia do pai
Daquele ser que de nós não sai…
Daquele ser que vemos gritar
Quando a bola numa baliza teima a entrar…
Daquele ser que nos vem a carregar
Ao colo e com um sorriso a acompanhar…
Ele pai sinónimo de extasiar
Mas que no silêncio também ousa chorar…
Para as suas emoções também expressar
Mas tendo sempre presente…
O adágio que se sente
De que um homem nunca chora…
Mas… homem é ser de carne e osso a toda a hora
Então… é normal que como ser…
A emoção tenda a aparecer
Mas as lágrimas viram coragem…
Para remar com os filhos para a outra margem
Dos segredos e confidências…
Dos afetos que não se aprendem nas ciências
Pai: Ser de forças abismais…
Pai hoje e sempre dia dos seres especiais…
João Paulo S. Félix

Wednesday, March 18, 2020

Sentimentos de eternidade...


Sentimentos de eternidade…
Nutro por ti a realidade
Sim aquela que não conhece idade…
Sinto por ti uma luz
Que dás rumo ao meu dia e me conduz…
Porque caminho?
Pelo trilho do afeto e do carinho…
Digo com sinceridade
Que te amo de verdade…
Que és alma
Que me serena e acalma…
Nestes dias de escuridão
Em que te sinto no coração…
Em que fecho os olhos para te ter
Para te poder satisfazer…
Para te fazer sorrir
E os teus lábios fazer florir…
Com o gesto do beijar
E em ti semente plantar…
Uma semente que faz aumentar
A vontade e o intento de te desejar…
Sentir
Sentir e explodir…
Tu és a vida que me faz sair dos mortos
Dos mortos e da solidão dos dias tortos…
Tortos e sem nexo
Porque te quero mais do que para o sexo…
Quero-te sim… mas sempre
Para todo o sempre com o ensejo que se cumpre…
De te buscar para em ti me aninhar
Para em ti forças reabilitar…
Para te alentar
Para também te encorajar…
Nesta humana jornada
Feita de tudo ou nada…
Porque és
Quem coloca o chão em meus pés…
Porque sempre serás
Ser que me trará paz…
Porque por ti sinto tudo isto de verdade
Todos estes: sentimentos de eternidade…
João Paulo S. Félix

Tuesday, March 17, 2020

(C)Alma e serenidade... Nesta batalha da Humanidade...


(C )Alma e serenidade… Nesta batalha da Humanidade
Chegaste de mansinho
Como um ratinho…
Aos terrenos orientais
Com os teus sintomas infernais…
As febres descomunais
Com espirros e tosses letais…
E vidas começaste a ceifar
E outras para recolhimento fizeste encaminhar…
És uma praga satânica
E o mundo elevaste a escala pandémica…
E começaste a vir
Por países e pessoas a evoluir…
Para a morgue milhares encaminhares
Mas também para nos desafiares…
A fazeres evoluir
E surgir…
O melhor de nós
Que agora temos que estar sós…
Em nossas casas e nossos leitos
Em retiros perfeitos…
Para escape e evasão
Para pensamento e reflexão…
Porque mesmo longe se criou em nós união
Para surgir uma força divinal…
Magna e fora do normal
Uma força dinâmica…
Que será fúria titânica
Tudo em nome da vitória…
E da glória
Sobre ti coronavírus animal…
Que esta lugar transformaste num pantanal
De medos e inseguranças…
Mas em espírito de equipa e com lideranças
Com o nosso recolher para te enfraquecer…
Tudo ousaremos cometer
Com a energia de todos que no terreno estão…
Para te levar à exaustão
Para te ofender e derrotar…
E da Terra te irradicar
Porque juntos somos 7 biliões…
De sentimentos, pensamentos e emoções
De quem ao mundo quer voltar…
Para beijar e abraçar
Não só com o olhar…
Mas com o laivo doce do acariciar
E vamos a esses acontecimentos regressar…
Para a tua ida poder celebrar
Porque jamais nos irás silenciar…
Porque com unidade batalharemos contra ti até à saciedade
Com (C)Alma e serenidade… Nesta batalha da Humanidade…
João Paulo S. Félix

Friday, March 13, 2020

Envolver...


Envolver…
No recato do meu canto
Me coloco com espanto…
A pensar
A por o cérebro a carburar…
E a ter um ato de exercitar
Para se espraiar..
Para tudo equacionar
À mediana luz…
Que a caminhos conduz
Com os tímidos laivos da primavera…
Lá fora a cantar uma nova era
Que momento de fascínio…
Estes em que o dia chega ao seu declínio
Respiro e com um sorriso…
Penso em tudo o que é preciso
Para ser feliz de verdade…
E viver até à eternidade
Eis que não…
Ouço pulsar o coração
Que começa a debitar…
Termos para escutar
E me convida…
A ouvir a vida
Para afugentar a morte…
A morte e toda a pouca sorte
Continua cárdio elemento…
A ser o meu alento
E voz do pensamento…
A vociferar
Que há sentimento de agigantar…
De pasmar e sublimar
O sentimento de amar…
O ato do amor
Divino e de altivo esplendor…
Feito oferenda do divino senhor
Para todo o humano galanteador…
Que galanteia a vida para fugir da dor
Da dor da solidão…
E da solitária condição
Por isso o amor e o seu aparecimento…
Como motivo e causa do humano renascimento
Para a vida, a cada dia, querer fazer amanhecer…
No amor esse sentimento doce de envolver…
João Paulo S. Félix

Flutuar...


Flutuar…
Inspiro num exercício de vitalidade
Para me conceder o ar da liberdade…
Que me confere a certeza
De ser vivo com firmeza…
Mas como em toda a realidade
Falta algo para a felicidade…
O sentir algo que faz
O ser ser capaz…
De todo o obstáculo superar
Superar e transpor…
Com arte, engenho e valor
Para à plenitude chegar…
Uma plenitude de apaixonar
Um sentimento de amar…
Que tudo tende a clarificar
Com a leveza…
De ser
Sentimento que faz viver…
Quero do amor
Tudo e todo o esplendor…
Não sendo ou ficando por metades
Quero as doces realidades…
Dos beijos e carícias
Das purezas e das malícias…
Quero a eternidade
Deste sentimento de saciedade…
Quero voar
Contigo sem vacilar…
Contigo: firme e sem parar…
Quero do amor toda a sua exuberância…
Feita humana e completa ciência
De contentar o ser descontente…
De trazer alento ao descrente
De ser luz…
Que aponta o rumo e conduz
À ousadia da eternidade…
De modo tão exigente quanto a verdade
De ser sentimento de cumplicidade…
Tão fluente como o respirar
Porque contigo o amor faz-me flutuar…
João Paulo S. Félix

Thursday, March 12, 2020

Pela noite conduzido...


Pela noite conduzido…
Entre as brisas que suavemente
Lá foram sopram lentamente…
Com os laivos musicais
Que entoam notas divinais…
Me proponho ao ato maior
De escrever a todo vapor…
Com máximo vigor
Sobre o que tiver que falar…
Sobre aquilo que o ato de madrugar
Me leve a vociferar…
Inspiro e que harmonia
Ouvir os sons da filarmonia…
A suplicar
Para por o coração a falar…
Ao som do tenor
Que me pede que fale de amor…
Do sentimento que é amar
Amar e ser-se amado…
Esse sentimento por todo o ser sublimado…
Este estádio de preenchimento da alma
Com o sentimento que nos veste de calma…
Calma, bonança e serenidade
De fervor e cumplicidade…
Que deleite este de trovar
Trovar sobre amar…
Ato mais intimo do que beijar
É a atitude de abraçar…
De complementar
De gemer na intimidade que se quer soltar…
Os brados do êxtase da unidade
É viver do sentimento de união
Nos desabafos e na verdade de coração…
Do sentimento que alenta e faz viver
Um estado que nos impede de anoitecer…
E sentir que eternamente vamos existir
Em tudo isto que nos faz sorrir…
Por todo este sentimento pelo qual fui seduzido
Tudo porque fui… Pela noite conduzido…
João Paulo S. Félix

Friday, March 6, 2020

Nas noites do amanhecer...


Nas noites do amanhecer…
Viver
Ato de fazer acontecer…
Uma vida de existência
De humana reverência…
Vida vivida
E deveras sentida…
Nas palavras ouvidas
E por nós nutridas..
Como alimento
Do qual o ser estava sedento…
E tudo fazer
Para que não sejam termos de fazer doer…
Ou de recordar
Maus momentos que se estejam a vivenciar…
Do amor
Feito regador…
Só queremos o esplendor
Dos vocábulos de felicidade…
Que nos completem de verdade
Que nos concedam a tranquilidade…
Amor também de atos e ações
De sentimentos de corações…
Que quer o abraço
Trazido no regaço…
E as boas surpresas
Feitas de certezas…
Amor vivificado
Que se quer dignificado…
Respeitado e não recusado
Amor feito encanto…
Estádio de humano espanto
Na sua monumentalidade…
Na sua universalidade
Porque amor é sentimento que faz acontecer…
E com toda a alma o querer nas manhãs e tardes do envelhecer
E também o fazer suceder nas noites do amanhecer…
João Paulo S. Félix

Wednesday, March 4, 2020

Corpos de vida...


Corpos de vida…
O relógio com forte vertigem
Tende a controlar tudo desde a origem…
O relógio controlador
Dos tempos, de palavras, da intensidade de cada sabor…
Mas há algo que ele jamais
Jamais controlará em nós seres especiais…
As entregas de amor
A vivência com fervor…
Do que nos faz querer
O outro sentir e fazer estremecer…
E em nós encostar
E fazer aportar…
E tudo fazer despoletar
O beijo… O beijar…
A faz sentidos apurar…
Que levar ao acariciar
Ao suspirar…
Em incerta parte
Deste lugar onde o cientista deseja Marte…
Quando eu somente desejo amar-te
Amar-te e desejar-te…
Desejar-te e te realizar
Enquanto ser que me conquistou…
Enquanto ser que me despertou
E o mais intimo átomo me agigantou…
Quero deste lugar a felicidade
Contigo até à eternidade…
Quero da dor fazer amor
Quero da rotina fazer esplendor…
Quero a nudez
Como o divino nos fez…
A cumplicidade feita cósmica necessidade
Para viver com insaciedade…
De seres minha e eu teu
Como Julieta e Romeu…
Como Pedro e Inês
Um amor de altivez…
Deserto de sensatez
Um sentimento de perfeição…
Querido até à exaustão
Sendo essa a meta desta corrida
O concretizar da plenitude dos nossos corpos de vida…
João Paulo S. Félix

Tuesday, March 3, 2020

Amor de abnegação...


Amor de abnegação…
Respiro com a intensidade da vida
A vida feita humana corrida…
Em vertiginosos movimentos
Em frenéticos acontecimentos…
Mas há um magnato
Que nos remove o ato do sentimento sensato…
Que nos estimula o palato
Que nos faz desejar algo de modo exacerbado…
Um sentimento almejado…
O amor
Esse dom de esplendor…
Este removedor
De toda a dor…
Um sentimento vital
Que nos faz subir no pedestal…
Para a condição divinal
A condição de quem se entrega…
E não nega
A doce evidência…
De viver algo fora da ciência…
Algo potente
E deveras irreverente…
O sentimento que nos aparta de ser carente
E nos preenche…
Com um alguém que nos enche
Enche de afetos e cumplicidades…
De beijos, carícias e maldades
Cárneas que para o clero são imoralidades…
Mas que nos fazem as viscerais vontades
Das entregas corpóreas
E criar ocasiões para memórias…
De um amor infinito
De um estádio bendito…
Um amor inexcedível
Um amor feito incrível…
Aquele do olhar
Do tocar…
Do constante pensamento
Que dá alento…
Para viver neste mundo selvático e desatento
Um amor sentido até à exaustão…
Um sentimento de união de coração…
Um amor de abnegação…
João Paulo S. Félix