Wednesday, December 30, 2020

Amor nos invernos...



Amor nos invernos...

É com a noite que tudo acontece

E que em nós tudo amanhece...

A capacidade

De fazer fluir com naturalidade...

O respirar

O poder descortinar...

Em nós

E a sós...

Qual lobo solitário

A cumprir humano calvário...

Neste terreno lugar

Em que almeja encontrar...

Na imperfeição

A sofisticação...

E a simplicidade

Que traga bonança de felicidade...

Neste mundo

Tão severo e profundo...

E que possamos na jornada

Encontrar caminhante para a cruzada...

Alguém a trilhar

Os mesmos passos que se vier a dar...

De mão entre-cruzada

E nessa atitude ousada...

Sentir a positiva energia

Que seja vital sinergia...

Para viver

Viver e sobreviver...

Ao canibal universo

Em que se luta contra o adverso...

Em que se batalha

Contra tudo o que a vida metralha...

E tudo de transpõe

Se vence e descompõe...

Porque o poder do amor

E feroz e demolidor...

Porque a remar

Para a bom porto de chegar...

Tudo se consegue e se conseguirá

E jamais alguma coisa diluirá...

O amor

Esse sentimento de esplendor...

Sincero e honesto

Em cada pensamento, beijo ou gesto...

Em cada mensagem e olhar

Em cada vontade de tudo fazer vingar...

Para ser feliz até à eternidade

Num amor sincero e de divindade...

Que seja sentimento de carícias e gestos ternos

Para ser o amor... o amor dos invernos...

João Paulo S. Félix 

Thursday, December 24, 2020

Dizem que é Natal...



Dizem que é Natal...

Dizem, todo o mundo diz

Sim, e o calendário com isso condiz...

Dizem que é o dia da união

De todos juntos em confraternização...

Mas

Lembro quem esteja nas masmorras...

Quem esteja em situação menos normal

E esteja numa cama do hospital...

A ser tratado

Ou então a exercer aquilo para que foi mandatado...

Pelos livros, estudos e faculdades

Ou então acuda também às necessidades...

Sendo operacional sempre presente

A acorrer quem está carente..

Dizem que é Natal

Mas ainda assim é fatal...

Olhar para os telefones e moradas

E suspirar pelas pessoas amadas...

Que já não estão

E nos deram solidão ao coração...

Dizem que também há pandemia

Que se manifesta à luz do dia...

Uma cruel enfermidade

Que condena à solitária realidade...

Mas ainda assim

Há quem lute e diga que sim...

A famílias a juntar

Mesmo com cuidados a observar...

Há ainda quem faça mexer

O comércio para o fazer sobreviver...

E horizontes de esperança ter

Para o ano que se virá a conhecer...

Dizem e vejo na agenda

Que hoje é a data da lenda...

Real para a Humanidade

Do nascimento da Luz da imortalidade...

Dizem que é Natal em todo o lado

Mesmo para quem está desempregado...

E esse estado

Leva ao pranto derramado...

Dizem e me afiançam

Que há seres que avançam...

Para a noite voluntária

Para a ação solidária...

De estar com quem nada tem

Ou já tudo teve e agora nada advém...

É no meio do que ainda é positivo de verdade

Que acompanho o coro da realidade...

Que diz que esta é a noite especial

A noite quem que... Dizem que é Natal...

João Paulo S. Félix 

Wednesday, December 23, 2020

Amor de serenidade...



Amor de serenidade...

Na noite da invernal estação

Proponho trazer à colação...

Algo que me inunda o coração

E o faz sair da vil solidão...

Um sentimento

Gerador de contentamento...

Sinto a silenciosa madrugada

Onde o tudo dá lugar a um nada...

Onde o ruído dá lugar à pausa

Para me deter em ti minha musa...

Que me fez gerar êxodo da vida confusa

E seres para mim...

Muito mais do que o nosso sim

Seres a fuga à banalidade...

Para viver a realidade

De algo nada etário...

Mas que queremos que seja lendário

O nosso compromisso...

Que me faz ser teu... assumo: submisso

Ao que me fazes sentir...

Porque és o meu sorrir

Porque és alento...

E em mim fermento

De inspiração...

E de expiação

De pecados e danos...

E banalidades de mundos mundanos

Porque contigo há elevação...

À divinal esfera da perfeição

Dá-me a mão...

Suplico de novo esta intenção

Para fazer valer a pena toda a exaustão...

Do ontem e dos desafios

Que de colinas transformamos em fios...

E com eles tecemos

O nosso arraiolos...

De beijos, abraços e afetos

De preces e pensamentos...

Porque do ontem das guerras

As quais vencemos em todas as querelas...

Te peço que delas te recordes

E que delas façamos as nossas Odes...

Para de novo lançar as nossas sortes

Para viver o nós mais uma vez...

E dessa vem outra que traz altivez

E a solidificação ainda mais elevada...

Da nossa História feliz e apaixonada

Do nosso amor de felicidade...

Que queremos para a eternidade

E que seja amor... Amor de serenidade...

João Paulo S. Félix 

Thursday, December 17, 2020

Nas brumas da noite de geada...


 

Nas brumas da noite de geada...

Nesta noite de despedida

Em que se começa a sentir vencida...

A outonal estação

A viver os últimos dias no trono da governação...

Um outono de folhas a toldar

Para o chão de múltiplas cores pintar...

Para o frio nos trazer

E com ele fazer acontecer...

O convite à reclusão

Em casa para ato de meditação...

Meditação ao doce sabor

De uma bebida quente ao calor...

E divagar

No coração a palpitar...

E com vontade

De saciedade...

Numa realidade

Que almeja a eternidade...

E docemente sorrir

Com a felicidade que condiz...

Com o desejo de felicidade

Afinal é essa a vontade...

A vontade da nossa humana realidade

De ser realizado...

De amar e ser amado

Suspiro...

E com a tua ausência eu deliro

Porque sem ti não ser voar...

Porque sem ti é cruel poder sonhar

Porque vou deambulando...

E por ti suplicando

Para que os Deuses da suplicação...

Me tragam doce consolação

De te amar uma vez...

E mais outra como a gente fez

E como de novo há ganas de fazer...

Fazer acontecer

Até o nosso material corpo falecer...

E a térrea realidade vier a conhecer

E se desfazer...

Porque até esse suceder

Que seja maior...

A vontade do nosso amor

A força para acreditar...

Que podemos tudo ultrapassar

Que podemos ao altivo infinito chegar...

Porque é dilacerante 

O que nos faz não ser pessoa errante...

Porque é bem mais intenso

O que sentimos, pelo menos eu penso...

Que há sempre razão para isto sentir

E por tal investir e não desistir...

De sermos um para o outro pessoa fadada

Porque tudo isto penso... Nas brumas da noite de geada...

João Paulo S. Félix 

Tuesday, December 15, 2020

Metamorfose...

 


Metamorfose...

Há da vida mais sumo

Do que aquele que se consome, presumo...

Há mais sabor

Vivendo tudo com esplendor...

Há mais adrenalina

Vivendo tudo com pilha alcalina...

Com um permanente carregador

De energia feita fervor...

Na vida que é o corolário maior

De algo arrebatador...

Porque inspiro e resisto

A dizer tudo o que sinto...

Tudo o que me invade

Tudo que me liberta para que não me acobarde...

Mas seja livre e com liberdade

Para ser insaciável...

De algo impagável

De algo sem preço ou valor...

De monetário pendor

Um sentimento que me informe...

E que remova a fome

A fome desta estúpida orfandade...

De viver sem norte ou localidade

Porque esse estádio maior...

Que traz o amor

Esse sentimento que leva ao gritar...

Até a voz doer e o corpo se cansar

Que te amo, que por ti me inflamo...

No que sinto e quando o teu nome chamo

O nome que a tudo dá razão...

Que a tudo dá cor nesta cinza nação

O teu nome, o teu ser...

Que é pleno amanhecer

Para afetos e cumplicidades...

Que nos agigantam perante as dificuldades

Já dobradas e que iremos sobrar...

Para o amor sagrar

E sempre perdurar...

Um sentimento que leva a pensar

Na força que ele nos tende a transladar...

Um sentimento que em nós floresce

Que cresce...

Sem parar

Sem vacilar...

Tão puro

O que se sente para futuro...

Para a eternidade em nós ficar

Porque te confirmo: sempre te vou amar...

Num sentimento pleno, que jamais terá veste de unidose

Um sentimento de amor: o nosso amor... A nossa plena metamorfose...

João Paulo S. Félix

Thursday, December 10, 2020

O doce sentimento de viver...

 


O doce sentimento de viver...

Neste momento

Surge o acontecimento...

De fazer surgir

O que em mim tende a subsistir...

Um sentimento

Que faz acalmar o vento...

Algo tão poderoso

Que chega a ser milagroso...

Algo tão altivo como os céus

Que chega a rivalizar com a força de Deus...

Algo tão ou mais envolvente

Que a chuva dissolvente...

Que as tempestades e furacões

Que são causa de tumultos e inquietações...

Que sentimento este tão transcendente

Que me faz pensar que não sou gente...

Mas antes indigente

Alguém superlativo...

De uma galáxia ou universo ultra positivo

De uma realidade cósmica angelical...

Onde vivo esta estado especial

O amor...

Sim este estádio arrebatador

Que faz soltar o brado...

Intenso, fluido, desejado

Que faz gritar...

Que sempre te vou amar

Que sempre...

Mesmo que a memória não me lembre

Quando qualquer Alzheimer me vier visitar...

E insistir em mim acampar

Vou contra ele gladiar...

Para te lembrar

Sentir e recordar...

Em cada som ou lugar

Em cada cheiro ou ato de respirar...

Porque nada é ou será maior

Do que este sentimento redentor...

Que faz fugir da solidão

Que faz alcançar a perfeição...

Em que os olhares são trocados

E surge a chama dos seres amados...

Uma chama que nos incendeia

Que nos cega e encandeia...

Que nos sagra e destina

A viver esta nossa sina...

A dois no amor transcendental

Amor que tudo vence que seja banal...

Porque amor é sentimento resistente

De carisma e status irreverente...

Porque amor é sentimento que não conhece anoitecer

Amor: O doce sentimento de viver...

João Paulo S. Félix

Monday, December 7, 2020

Na união das nossas almas...

 


Na união das nossas almas...

Na indubitável senda do viver

Quero algo hoje fazer transparecer...

Uma realidade interior

Que me enche de fulgor...

Que me dá coragem

Para tudo fazer para chegar à outra margem...

E ter a certeza da esperança

De que terei lá a tua presença...

De que serás presente no futuro

De que seremos porto de abrigo seguro...

E refúgio de felicidade

Para viver com alarvidade...

Tudo até à saciedade

Do que se sente...

E faz ser filho de boa gente

Daquilo que é puro...

Um sentimento mais luzente que o ouro

Mais brilhante que cristal...

Um sentimento deveras especial

O sentimento de amor...

E te digo de modo avassalador

Que por mais que suceda...

Por mais que aconteça na vida

Em ti eu penso constantemente...

Não sais de mim és sempre presente

No meu respirar...

No meu caminhar

No ato de me alimentar...

Para forças conquistar

Para mais horas durar...

Para te poder assegurar

Que te amo sem pensar...

E em ti penso sem vacilar

Porque és a minha plenitude...

És a fonte de toda a divina virtude

Porque o teu ser é...

A razão da minha fé

Porque o teu existir...

É razão do meu persistir

Em não querer partir...

Para um mundo de silêncio

Sem de tudo ter feito pronúncio...

De tudo o que me inunda

Em missão firme e profunda...

De te querer e te desejar

De te ver, sentir e beijar...

De aos deuses por ti suplicar

Por ti ser que amo e sempre to vou provar...

Porque somos um só: és o meu ser em vigorosas chamas

Porque és o amor: na união das nossas almas...

João Paulo S. Félix

No mínimo o máximo do nosso amor...

 

No mínimo o máximo do nosso amor...

Na vivência da nossa vida

Aquela que é rude e sofrida...

Aquela vida de monotonia

E de rotina em todo o santo dia...

Há momentos de clarividência

Em que reina a ciência...

Das humanas e sentidas relações

Aquela que rege o amor e as paixões...

A ciência que move o pensamento

E nos da alento...

Para respirar

Para aproveitar...

E tudo querer saborear

Para desfrutar...

Até ao final

Neste sítio nada banal...

Onde no meio do trivial

Há o viver do sensacional...

Há a existência de minimalismos

Plenos de sentimentos dinâmicos...

Como formulação nada matemática

Do amor feito aula prática...

Em que se tende a demonstrar

Que se ama e quer amar...

Que se está disposto a esperar

Para tudo viver e tudo se superar...

Porque com pequenos elementos

Vamos erguendo com os cimentos...

Os afetos e os sentimentos

Que são causadores de pensamentos...

Constantes e nada errantes

Em ti ser de emoções vivificantes...

E que és para mim revigorante

Tu que és ímpar e fascinante...

A ti me dou

Todo aquele que sou...

Com máculas e virtudes

Com palavras e atitudes...

Do ontem, do hoje e do amanhã

Que se quer, que se desenha...

Com as cores belas da cumplicidade

De viver sem idade...

Um amor para a eternidade

Porque em tudo se coloca a esperança...

De viver a dois a temperança

No paraíso da bonança...

Um clima de felicidade e segurança

Porque em tudo se coloca com fervor...

Porque no mínimo o máximo do nosso amor...

João Paulo S. Félix 

Friday, December 4, 2020

Significado das coisas belas...

 


Significado das coisas belas...

Neste momento de reclusão

Em que me encontro na minha solidão...

Em que me convido a pensar

E a poder no pensamento voar...

Em que entre o externo frio e interno calor

Surge ao pensamento algo redentor...

Surges tu do nada

Doce criatura amada...

Do nada para seres tudo

Seres as minhas palavras mesmo quando sou mudo...

Mesmo quando falar é em demasia

Porque és formosa criatura de fantasia...

Fantasia real

Porque és deveras sensacional...

Porque és especial

Porque és a minha virtude...

Na fuga da ilicitude

Porque és a lei de justificação...

Para o pulsar do meu coração

Porquê?...

Porque o teu ser me lê

Me desnuda e vasculha...

E faz em mim rusga qual patrulha

Para em mim encontrares...

Lugar para aportares

Para também me reparares...

Nas falhas que vem a denotar

E porque me tendes a aperfeiçoar...

Porque fazes de mim Deus

Desejando que eu te dê os céus...

Os céus da paixão

Com insistência e sofreguidão...

Com o êxtase infernal

Do nosso amor fora do normal...

Porque és a interpelação

Para toda a minha questão...

Porque és doce resposta

Para a vida toda exposta...

Porque és no recato

O encanto do êxodo ao aparato...

Porque na nossa privacidade

Vivemos o amor até à saciedade...

Porque contigo quero anoitecer

E último suspiro fazer acontecer...

Porque contigo tudo almejo contemplar

E contigo tudo agradecer e desfrutar...

Porque contigo há sentido

Para tudo ser vivido...

Porque contigo se encerram todas as querelas

Porque tu és o significado das coisas belas...

João Paulo S. Félix

Thursday, December 3, 2020

Amor: de ti, não vou eu desistir...




Amor: de ti, não vou eu desistir...

Porque o mundo

Este lugar imensamente profundo...

É imenso

É intenso...

Assim como o que sinto

Digo-te: não te minto...

Assim como é puro

E também inseguro...

O que em mim vai

Por ti amor, ser que nada subtrai...

Amor: tu que és acrescento

Que és em mim doce fermento...

De ternura e afetos

De gestos simples e honestos...

Amor

Ser esplendor...

Que eu amo sem cessar

E mesmo que o mar...

Se tenda a agigantar

Para a terra devorar...

O meu sentimento não vacilará

Mesmo com a alteração do tempo que virá...

O meu amor sobreviverá

Aos escaldantes Celsius graus...

Porque o que sinto é mais imponente do que todos os degraus

Porque por mais que a temperatura venha a subir...

Nada se comparará ao que vai existir

E sempre haver...

O amor de amanhecer

Aquele com a certeza de viver...

Por mais intensas que sejam as depressões

Nunca serão menores que as minhas emoções...

Causadas pelas tuas seduções

Pela forma de ser e estar...

Que me fascinou e veio arrebatar

E para sempre te querer amar...

Sempre te querer inalar

Sempre te desejar...

Oscular, abraçar e realizar

Porque és de mim toda e cada parte...

Porque mesmo que digam que é seguro viver em Marte

É neste planeta que quero sagrar...

Este sentimento que também faz sangrar

Com a saudade e a ausência...

Mas mesmo assim

Flor bela do meu jardim...

Te tenho a confessar

Sempre te vou amar...

Porque por mais motivos que hajam para não existir

Por causa de pandemias que venham a vir...

Por mais que seja incerto o futuro a advir

Porque por mais que possa haver para sucumbir...

Amor: de ti não vou eu desistir...

João Paulo S. Félix 

Tuesday, December 1, 2020

De quem são as tuas noites?...



De quem são as tuas noites?...

De quem são

Pergunto com o coração...

Os teus sonhos

Os medonhos e os melosos...

Os ternos

Os de lágrimas ou dos afetos...

De quem são

Continuo com a minha intenção...

De te despir

A alma e te descobrir...

Para te ler

Para te saber compreender...

Para saber do teu caminhar

Do teu calçado e dos passos que estás a dar...

Pergunto com fervor

Porque te tenho todo o amor...

Porque te amo

Porque por ti inflamo...

Fico em chama ardente

Por te amar de forma fascinante...

Fascinante e vivificante

Continuo na interrogação...

De saber quem cria em ti povoação

De sentimentos e emoções...

De verdades e febris sensações

Quem te faz extasiar...

Quem ao orgasmo te faz chegar

Quem te faz gemer

Quem tu sempre vais querer...

Continuo meu amor nesta ânsia

De perfeita exuberância...

Sem mácula ou arrogância

Amor... Qual é a tua fragrância...

Aquela que fazes no ar pairar

E tudo em suspenso vens a colocar...

Amor: quais os teus medos

Que pretendo desfazer todos esses degredos...

Quais as tuas vontades

Que quero cumprir em saciedades...

Para todo o sempre até à eternidade

Num amor sem idade...

Num sentimento pleno de veracidade

Amor: luz de plenitude...

De toda e completa virtude

Amor eterno e imaculado...

Por mim para todo o sempre amado

Amor: diz-me todas estas sortes...

Amor diz-me de quem são as tuas noites...

João Paulo S. Félix