Friday, May 31, 2019

Império dos sentidos...


Império dos sentidos…
Vem ser rainha na minha vida
Neste mundo de alucinante corrida…
Vem, por favor, te imploro
Vem depressa me serenar porque choro…
Choro a tua ausência
A falta da tua fragrância, da tua essência…
Mas sobretudo a tua carência
Porque és rácio…
És a resposta do magno vital dicionário
Na busca de termos de completude…
Que me façam sentir a plenitude
Vem não demores…
Vem, porque não corres
Vem depressa que depois te sereno…
E te acalmo de modo fraterno
És sol, és calor…
És mil e uma cor
És a razão…
Pela qual vibra meu coração
És tu meu amor…
Resposta de magno valor
Ao meu viver e despertar…
E a cada novo dia desafiar
As leis da humanidade e da física mundial…
Tudo para não ser dos que é normal
Para fugir das rotinas…
Para ser único e inteiro
Para contigo ser rumo certeiro…
Os dois juntos na felicidade
Sem lugar ou idade…
Porque és meretriz do meu reino
Porque contigo eu sou pleno…
Porque és as horas do meu respirar
Porque sou sôfrego no ato de te beijar…
Porque sem ti todos os caminhos são trilhos perdidos
Porque és tu altiva deusa no império dos sentidos…
João Paulo S. Félix

Thursday, May 23, 2019

Emoções do teu olhar...

Emoções do teu olhar…
Depois do ato de te abraçar
Ato pleno de sentimento de fascinar…
Quero-me deter no teu semblante
Doce, puro e reconfortante…
Quero o mesmo contemplar
E mais do que te beijar…
Quero-te ler
Nas tuas esferas de ver…
Nas esferas com as quais vislumbras
O mundo, as cores e as sombras…
Os teus olhos
Que são densos folhos…
De ocasiões
De acontecimentos e desilusões…
Do teu passado de lutas
Deveras cruéis e talvez duras…
Que foram dores de amarguras
Mas quero também observar…
Aquele brilhozinho que tende no fundinho a se cativar
Esse fundo onde armazenas os sonhos…
Os sonhos que crias nos noturnos sonos
Aqueles que queres concretizar…
E muitos deles são fáceis de realizar
Deixa somente o coração falar…
Falar e dizer que ama
Dizer o que o inflama…
O que o instiga e envolve
O que o faz crescer e desenvolve…
Diz que me amas e vamos orquestrar
A doce melodia do ato de seres mesclar…
Na cumplicidade do amor
Sentimento que afasta a dor…
E que quer marcar com vitalidade
Sentimento sem ocaso ou idade…
Beijo-te e ergo a cabeça para te observar
E de nodo sentir: as emoções do teu olhar…
João Paulo S. Félix

Wednesday, May 22, 2019

Abraça-me, porque a morte pode-me chamar...


Abraça-me, porque a morte pode-me chamar…
Abraça-me, te imploro
Por favor, escuta o meu choro…
Abraça-me sem demora
Nesta sociedade selvática e devoradora…
Abraça-me com o carinho
Feito nosso terno caminho…
Oferece-me os teus braços como refúgio
Ao final de cada jornada de dilúvio…
Deixa também te poder abraçar
Mesmo sem nada mais poder ofertar…
De monetária natureza
Ou de material dureza…
Deixa simplesmente abraçar
E em ti forçar reconquistar…
Para toda a mundana batalha
Que cansa e baralha…
Por favor amor
Escuta o meu louvor…
Deixa poder em ti aportar
Vem também em mim repousar…
Mesmo sem nenhum vocábulo vociferar
Somente assim estar…
Na cumplicidade que se vem a instalar
E nos vem a convidar…
A este ato perpetuar
Perpetuar e sempre efetivar…
Sem desculpa ou sem esquivar
Porque ele é ato que vem a reparar…
Toda a anímica força e coragem
Toda a ternura feita massagem…
Massagem e mensagem
Forte, intensa e envolvente…
Que cura a essência do ser carente
Vem abraçar agora com prioridade…
Sem olhar ao lugar ou à idade
Porque tal é ato imperativo
Imperativo, altivo e decisivo..
Na unidade a perdurar e como tal te venho a suplicar
Abraça-me… Porque a morte pode-me chamar…
João Paulo S. Félix

Friday, May 10, 2019

Banho das emoções do amor...


Banho das emoções do amor…
Vontade de nesse duche entrar
E nele algo se passar…
Vontade de na água penetrar
E na tua companhia… tudo fazer originar…
E os dois bem mesclados
Pela água emaranhados…
Nas cumplicidades corporais
Nos desabafos feitos confissões imorais…
Pelos beijos de envolvência
Pelas manipulações de indecência…
Pelos votos de eterno amor
Levados a efeito em momentos sem pudor…
Onde nos vasculhamos na geografia do sentimento
E onde sagramos a nossa história naquele doce momento…
Nesse banho… Oh doce ocasião
Para vivência explosiva da paixão…
Que junta e que une
Que funde e torna imune…
Ao mundano espaço
Feito desgraçado terraço…
Amor: sentimento de excelência
Que dás a máxima essência…
Ao viver sem cessar
O que nos tende a juntar…
E a tudo subalternizar
Idade, religião ou o citadino ou rural lugar…
Porque o que nos prende
É o essencial do que nos defende…
O sentimento que causa fervor
Arrepios e doce tremor…
Porque o que nos incendeia
É o que nos dá certeza e norteia…
O sentimento da plenitude e bem estar
Que no amor fomos encontrar…
E nele mergulhar
Como no nosso banho de água a escaldar…
A escaldar em altivo esplendor
No banho das emoções do amor…
João Paulo S. Félix

Monday, May 6, 2019

Amor feito doce cumplicidade...


Amor feito doce cumplicidade…
Na humana existência
Naquela em que lutamos pela sobrevivência…
Na qual só temos uma oportunidade
Para viver no aqui e agora a realidade…
Verificamos pequenos sinais
De sentimentos especiais…
Que se fazem virais
E unem seres fora dos padrões normais…
Seres que arriscam e dão as mãos
E viver o amor sem senãos…
Com os gemidos da alma
Com os beijos que tudo acalma…
Com o olhar
De cumplicidade de mesclar…
Que faz tudo originar
Porque há amor também na loucura…
No ciúme e na busca sem cura
Da voz, do cheiro, do toque, da atenção…
De quem nos toca o coração
Há amor em cada atitude…
Que nos faça refletir a altiva virtude
De não querer a solidão…
E buscar a dualidade de paixão
De viver o amor em liberdade…
Um sentimento para a eternidade
Um amor feito felicidade…
E feito nossa razão
De viver e de despertar em cada ocasião…
Amor
Sentimento de esplendor…
Que apartas a dor
E crias bem estar retemperador…
Para viver amor sem barreiras nem idade
Para vivência do amor feito doce cumplicidade…

João Paulo S. Félix

Sunday, May 5, 2019

Ternura dos amores...


Ternura dos amores…
Levamos a efeito o ato de respirar
Para desse modo poder confirmar…
A nossa viva existência
Com real consciência…
Mas na vida há algo mais
Que confere aos seres dotes especiais…
Como o querer ouvir a voz
E arrebatar a saudade atroz…
Como a atitude de olhar
E poder contemplar…
O passo de abraçar
Para cumplicidade fazer suscitar…
Beijar
Para uma explosão fazer pulsar…
Explosão de sentimentos
De cumplicidade de pensamentos…
De carinhos
Que mapeiam caminhos…
Feitos na unida condição
De seres viventes da paixão…
Que mescla, agrega e funde
Que une e grava amiúde…
Com garrafais letras a confirmação
Da união…
Muito mais do que a cópula corpórea de sedução
Que cria gemidos, arrepios e a aguda tensão…
Porque o que se vive é algo transcendente
E que não é digno de toda e qualquer gente…
Só dos que vivem com a humildade
O amor sem lugar ou idade…
O sentimento da eternidade
Que faz ser feliz de verdade…
E faz desabrochar as mais tímidas flores e seus odores
Porque estes são sinais… Da ternura dos amores…
João Paulo S. Félix

Mãe: Ser feita altivo sentimento...


Mãe: Ser feita altivo sentimento…
Mãe, doce criatura
Feita dor no parto e no início da humana aventura…
Mãe és o grito
Que é do filho epíteto…
Mãe ser materno
Ser de doçura: alguém muito terno…
Mãe uma realidade
De amor sem ocaso ou validade…
Mãe, és cuidado
E preocupação em qualquer lado…
És a formosa criação
De Deus para nobre missão…
Gerares e seres autora de vida
És altiva ninfa da melodia…
Que embala o filho para adormecer
E afugentar toda a mácula que faz adoecer…
Mãe és calor
Que abraça no momento de dor…
Mãe és conselho
No momento de escolher o trilho…
Mãe: São reles os termos
Para falar do ser especial que nos acolhe em todos os momentos…
Mãe és noite mal dormida
E pelo teu filho és maratonista da corrida…
Para o bem estar da tua cria e sua bonança
Depois dos traumas, quedas e cada insegurança…
Mãe: és ser fora do normal
E deveras muito especial…
És aberto regaço
Que acolhe em cada fracasso…
E és a emoção e a glória
Em cada conquista e vitória…
Do ser que vieste a gerar
E no planetário espaço o fizeste acampar…
Tu que sempre o irás acompanhar
Seja pela mão…
Ou na alma feita doce recordação
Tu que és verão sem inverno…
Tu que és ser eterno
Tu que és mulher ser de engrandecimento…
Mãe tu és ser feita altivo sentimento…

João Paulo S. Félix