Abraça-me, porque a
morte pode-me chamar…
Abraça-me, te imploro
Por favor, escuta o
meu choro…
Abraça-me sem demora
Nesta sociedade
selvática e devoradora…
Abraça-me com o
carinho
Feito nosso terno
caminho…
Oferece-me os teus
braços como refúgio
Ao final de cada
jornada de dilúvio…
Deixa também te poder
abraçar
Mesmo sem nada mais
poder ofertar…
De monetária natureza
Ou de material dureza…
Deixa simplesmente
abraçar
E em ti forçar
reconquistar…
Para toda a mundana
batalha
Que cansa e baralha…
Por favor amor
Escuta o meu louvor…
Deixa poder em ti
aportar
Vem também em mim
repousar…
Mesmo sem nenhum
vocábulo vociferar
Somente assim estar…
Na cumplicidade que
se vem a instalar
E nos vem a convidar…
A este ato perpetuar
Perpetuar e sempre
efetivar…
Sem desculpa ou sem
esquivar
Porque ele é ato que
vem a reparar…
Toda a anímica força
e coragem
Toda a ternura feita
massagem…
Massagem e mensagem
Forte, intensa e envolvente…
Que cura a essência
do ser carente
Vem abraçar agora com
prioridade…
Sem olhar ao lugar ou
à idade
Porque tal é ato
imperativo
Imperativo, altivo e
decisivo..
Na unidade a perdurar
e como tal te venho a suplicar
Abraça-me… Porque a
morte pode-me chamar…
João Paulo S. Félix
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