Wednesday, May 22, 2019

Abraça-me, porque a morte pode-me chamar...


Abraça-me, porque a morte pode-me chamar…
Abraça-me, te imploro
Por favor, escuta o meu choro…
Abraça-me sem demora
Nesta sociedade selvática e devoradora…
Abraça-me com o carinho
Feito nosso terno caminho…
Oferece-me os teus braços como refúgio
Ao final de cada jornada de dilúvio…
Deixa também te poder abraçar
Mesmo sem nada mais poder ofertar…
De monetária natureza
Ou de material dureza…
Deixa simplesmente abraçar
E em ti forçar reconquistar…
Para toda a mundana batalha
Que cansa e baralha…
Por favor amor
Escuta o meu louvor…
Deixa poder em ti aportar
Vem também em mim repousar…
Mesmo sem nenhum vocábulo vociferar
Somente assim estar…
Na cumplicidade que se vem a instalar
E nos vem a convidar…
A este ato perpetuar
Perpetuar e sempre efetivar…
Sem desculpa ou sem esquivar
Porque ele é ato que vem a reparar…
Toda a anímica força e coragem
Toda a ternura feita massagem…
Massagem e mensagem
Forte, intensa e envolvente…
Que cura a essência do ser carente
Vem abraçar agora com prioridade…
Sem olhar ao lugar ou à idade
Porque tal é ato imperativo
Imperativo, altivo e decisivo..
Na unidade a perdurar e como tal te venho a suplicar
Abraça-me… Porque a morte pode-me chamar…
João Paulo S. Félix

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