Ficarei até ao fim...

Ficarei até ao fim...

O que é a vida?

Sim... O que é esta total e frenética corrida?...

O que e o porquê de tanto turbilhão

Que ocorre e engole toda a multidão...

Na vertigem do relógio temporal

O que nos faz ser criatura fora do normal...

E quase adotar atitude canibal

No trânsito, na falta de tempo, na falta de paciência...

Que perfeito seria saber dominar essa ciência

Assim como se tenta com arte e engenho...

Ser sumo e sem desenho

No domínio dos sentimentos...

No domínio dos pensamentos

Na ardilosa arte de ter perto mesmo estando longe...

Quem nos faz ter a fé e o fervor de um sacro monge

Que reza e suplica sem parar...

Assim como nós pedimos: pedimos para amar

Amar e sermos amados...

Desejar e sermos desejados

Porque desta maneira...

Sabemos ultrapassar humana barreira

E o Éden atingir...

Na doçura e inocência do ato de sorrir

De sorrir e acariciar...

Acariciar e a corte realizar

Para beijar...

Para o cárdio elemento acelerar

Assim como os frenéticos da primeira fórmula...

Nas curvas e contracurvas do prazer: que remove toda a mácula

Prazer que gera exaltação...

E faz incendiar o nosso corpo com a paixão

Que nos eletrifica...

Que nos purifica

Que nos devora...

Que nos faz apartar a cólera

Vem... e vamos sem parar...

Amar, copular, sussurrar

E gemer em loucura de sufocar...

Vem afugentar a minha tormenta

E viver o nós de forma ternurenta...

Remove os meus fantasmas e receios

E vamos deles fazer os nossos anseios...

Vividos com a mesma vida das crianças a brincar nos recreios

Vem amor... vamos...

Viver o que sempre na vida esperamos

Viver para ter vida de plenitude...

Viver algo altivo e de virtude

Porque nos caminhos da vida: dissemos juntos sim

Porque te amo... Porque não te quero longe de mim...

Porque por ti amor...Ficarei até ao fim...

João Paulo S. Félix 

Tudo o que sei...

 

Tudo o que sei...

Nesta vida de vertigem

Das incertezas e miragem...

Em que seguimos norteados

Por bússolas orientados...

Ou então

Há sempre outra opção...

De seguir livremente

Um caminho nada deprimente...

Mas deveras irreverente

Um caminho com luz...

Que nos conduz

Algo desafiante...

Arrojado e viciante

Em acontecimentos e ações...

Que nos criam sentimentos e emoções

Um caminho bafejado...

Um caminho nada predestinado

Um trilho ao sabor...

Do que nos faz ser: do que nos faz ser, um ser redentor

Capaz: capaz de sentir e viver o amor...

Esse sentimento demolidor

Da solidão, da inquietação...

Porque amor é coração

Num sentimento de união...

União e unidade

Amor: sentimento de liberdade...

Um sentimento de verdade

E que nos faz ter forças contra a crueldade...

Para vencer e derrubar toda a contrariedade

Amor, sentimento, paixão e sedução...

Em beijo, mensagem, corpo, pensamento e exaltação

Amor que és perfeição...

Amor: és êxtase de sublimação

És a coragem e a capacidade...

De fazer do sexo ato com moralidade

De fazer da cumplicidade, ato de castidade...

De fazer da plenitude, uma rotina de felicidade

Amor: Que és vontades sem ocaso...

Amor: que és vivência sem prazo

E que és o mais saboroso sabor...

De algo leve, suave e acolhedor

Amor... Sim estou contigo a falar...

Por obséquio, faz o favor de candidamente me escutar

E tudo isto te estou a revelar...

Que sem ti: sem ti não sei o que realizar

Que sem ti não sei viver ou respirar...

Que te amo e sempre te amarei

Porque te desejo e sempre desejarei...

Que por ti espero e sempre esperarei

Porque te amo, meu amor e isso... Isso é tudo o que sei...

João Paulo S. Félix

Foda-se, por ti estou apaixonado...

 

Foda-se, por ti estou apaixonado...

Hoje, simplesmente no hoje

No dia que praticamente já foge...

Sinto vontade de gritar

Tenho desejo de alto expressar...

O que em mim vai

O que de mim não sai...

Falar de um sentimento

Honesto, sincero... Um sentimento de alento...

Que ampara e conforta

Que envolve e que exorta...

Um sentimento que faz chorar

Sim, faz a lágrima derramar...

De saudade, de vontade

De ti, de te ter... De sermos sempre realidade...

Em todo o momento e instante

Para que possa ser estádio triunfante...

E nada errante

Este de te querer...

Mais, muito mais do que o meu próprio ser

Porque és a razão...

De querer superar cada estado de exaustão

Por ti... Meu coração...

Por ti minha calmia

Que fazes fugir de mim a revolta e a melancolia...

Porque paz

O teu ser me traz...

Porque a tua presença

É certeza de existência para a minha crença...

Crença e preces aos meus santos

Para sermos juntos os dias todos e que sejam tantos...

Sem fim, sem limite, sem ocaso

Porque és para mim ser de arraso...

Que me arrebata

Que me assalta...

Que me faz suspirar

Que me faz sempre desejar...

O teu beijar

O teu tocar...

O teu abraço de conforto

O teu corpo de luxúria neste nosso horto...

Onde nos entregamos e tornamos superlativo

Este nosso amor: sentimento real e ativo...

Onde somos desejo, alma, carne e visceral

Porque somos um neste mundo real...

Porque quero lá saber se a terra nos censura

Quero lá saber se a populaça murmura...

Porque pouco me importa se serei julgado pela polis inteira

Por usar linguagem mundana e brejeira...

Porque é forte demais o que sinto por ti: um sentimento exacerbado

Porque: Foda-se, por ti estou apaixonado...

João Paulo S. Félix

Ousadias de perfeição...

 

Ousadias de perfeição...

Vem, não te demores

Vem... sim, ou é a implorar que preferes?...

Para aguçar a tua malícia

Para agigantar a supremacia...

Que sobre mim exerces

Porque sim, porque sabes que me enlouqueces...

Sabes que me fazes vibrar

Sabes que me fazes por ti suplicar...

Nos sonhos, nos desejos

Nas mensagens, nos beijos...

Na vontade dos teus seios

Sim estou a ser ordinário...

Para fugir ao ser banal e arbitrário

Desejo de te tocar...

Possuir, sentir e te dominar

De sentir que me tendes a subjugar...

Nestes nossos jogos de sedução

Onde somos levados à loucura de exaustão...

Onde o cabelo é puxado

Onde o beijo é salivado...

Onde a roupa é quase trucidada

E por mão maquiavélica manipulada...

Onde os olhares são fogo de intensidade

De viver aqui, agora a realidade...

Deste amor, desta verdade

Anda... Faz o meu corpo estremecer...

Sim, vem, vamos fazer acontecer

Anda... vamos gemer...

Gemer e gritar

Com cada fluido que se vem a libertar...

E a libido que se solta

Transformada em oxitocina revolta...

Que tudo escolta

As vontades...

As veleidades

As imoralidades...

Realizadas com maldades

Feitas com divinas bondades...

Vamos... Vamos fazer surgir...

Anda... Vem-me possuir

E deixa que sejas possuída...

E por mim engolida

Com a gula de quem ama...

Com a vontade que a alma inflama

Com as chamas que diabolizam a santidade...

Do ato que nos une para a eternidade

Porque assim...

Dissemos uníssono sim

Ao amor e ao coração...

Realizando assim... As ousadias de perfeição...

João Paulo S. Félix

Quando a noite beija com fulgor...

Quando a noite beija com fulgor...

Quando a noite toca o dia

E dança com ele doce e terna melodia...

Quando a noite vem ao findar

Da jornada na qual se tendeu a gladiar...

Por sonhos e objetivos

Sejam eles do profissional ou afetivos...

Porque quando a noite nos vem

Todo o pensamento nos advém...

E tendemos a desligar

Da rotina, da vertigem e do que tende a perturbar...

E partir... Com a mente sem a privar

Com ou sem melodia...

Porque também sabe bem o silêncio após correria

Com ou sem um copo...

Com ou sem corpo

Sim... A sós ou na cumplicidade...

Do amor vivido seja lá em que localidade

Com ou sem a roupa...

Que mais atrapalha do que o tempo que poupa

Com olhar mais ou menos matador...

Dependendo do quanto se quer ser mais ou menos dominador

Dominador e persuasivo...

Para aquilo que se quer realizar e tornar ativo

O desejo, o carnal...

Aquele que nos faz ser canibal

E ser autêntico animal...

Com fomes apuradas

Para as loucuras desejadas...

Com o ser amado

Aquele que nos tem a vida tocado...

Com aquele que nos faz 

Sem o ar ficar...

E querer assim ficar

A sufocar no infernal...

Estádio que se vem a realizar

Em nós e entre nós...

Porque assim é melhor... do que a sós

E o corpo começa a tremer...

E o suor a querer escorrer

O suor... o gemido...

A súplica para o que não se quer reprimido

Como a vontade louca de amar...

Como a vontade insana de se entregar

A quem dá sentido ao ato de pensar...

Ao ato de mais querer

Ao ato de mais não querer sofrer...

E sempre querer viver...

Viver para imortalizar... Viver o amor

Que acontece sempre... Sempre que a noite beija com fulgor...

João Paulo S. Félix