Thursday, February 28, 2013

No cais do nosso amor...



No cais do nosso amor…
Quiseste naquele dia tirar-nos de casa
Quiseste, naquele momento, cortar com a nossa calma
E desafiar… Desafiar para um lugar que nos exalta
Um lugar tão belo quanto especial
Tão doce quanto magistral
Um espaço de beleza embriagante
Um sítio de sentimento… Um sítio deveras contagiante
De mão dada… Lado a lado… Rumo ao local
Local com um laivo fora do normal
Ouvimos as águas que correm
Ouvimos os pássaros que cantam
E que com a nossa presença se encantam
Encantam mas jamais se espantam
Por ser o encontro de dois seres
Dois seres… com seus deveres
Deveres de felicidade
Com sedes de eternidade
Numa vivência, repleta de especialidade
A vivência do amor
Do amor naquele cais
Uma zona como as demais
Onde almejamos demarcar
Onde ousamos querer sempre guardar
O fascínio da nossa união
O exaltar da nossa paixão
Em cada beijo, em cada olhar
Passam os tempos, as horas dos homens
Avança o Sol, astro dos comuns
Quando nos deixamos ficar
Na calma daquele lugar
Onde nos fomos enlaçar
Numa mescla de perfeição
Com os contornos sentidos vividos pelo coração
Porque aquele é o cais do amor e da exaltação
Aquele é o cais da nossa consagração…
João Paulo S. Félix 

Monday, February 25, 2013

Senhora do Mar...



Senhora do Mar…
Acabo o dia da luta e dos compromissos
E recebo de ti uma missiva… Que me dá motivos…
Os motivos para contigo ir ter
E ao teu encontro… Começo a correr
E à praia vou chegar…
Começo para todos os lados a olhar
Respiro fundo, observo o lugar cimeiro
Onde te vejo… No teu lugar primeiro
Recupero forças para ir ao teu encalce
Passo por pessoas que me são diferentes e vou ao espaço do teu realce
Onde te realças em plena falésia escarpada
Com a mescla de tuas vestes brancas, e parte do corpo coberta de nada
Ouço longe a trovoada…
Vejo as nuvens escuras
Mas tu… Mas em ti… Vejo as energias seguras
Sinto-te dominadora… das ondas revoltosas
Que do oceano são ditosas
Passo a passo de ti me aproximo
E algo sinto: a ti te sublimo
Sinto cortar o ar
Algo me começa a dilacerar
Internamente…
De forma intensa… de forma angustiante
Ao momento que te viras trazendo contigo a força do mar
Do mar… do mar para me adorar
Avanças imponente e grandiosa
Naquela falésia, tua esfera de força… uma força harmoniosa
Que te permite de mim te aproximares
Para me envolveres, para me abraçares
Assim como o mar envolve a areia
Por todos o tempo… numa estação inteira
És minha… te sinto minha de forma derradeira
Derrama de nós o suor das fraquezas que se vão
Para dar lugar à emoção… Para dar espaço à paixão
Sinto-te dona das águas… Sinto-te Senhora do Mar
Tu, minha Senhora que me quer beijar
Beijar e para na nossa eternidade me amar…
João Paulo S. Félix 

Wednesday, February 20, 2013

Amor reconfortante...



Amor reconfortante…
Qual audácia de se querer muito mais
De se querer muito além
Que vontade se tem, de feitos e actos especiais
Que jamais nos privem, daqueles que não nos mitiguem
De almejar com avassaladora ânsia
Algo encantado… Dotado de uma intensa fragrância
Quer-se com a vontade de quem rasga com impulsividade uma folha de papel
Miserável e vil bocado de celulose, plenamente olvidável
Que desejo de se cruzar montes e vales, ruas e fronteiras
Para sentir de viva alma e de viva existência as emoções das paixões inteiras
Aquelas que não se fragmentam, aquelas que não sofrem interrupções
Que vontade esta que nos engole e devora
Por se querer viver no aqui e agora
A força e a energia do amor nesta hora
Mas algo se começa a cogitar
Afinal… Afinal o que é amar
Estranha interrogação… Ainda mais quando se vê ao redor
Seres a trazer ao mundo esse acto maior
Respiro fundo e abro a janela que me traz
Algo que me torna capaz
A encontrar as respostas para estas minhas incertezas
Amor… Sentimento pleno de purezas
Purezas e entregas a mundanos caprichos
Caprichos de física entrega e de pensamentos a voar
A voar… A voar para ao lado de quem se ama, sempre se querer estar
Hum… Delicioso este voo que se faz com intenção
De se pôr termo à reclusão
Reclusão e cativação
Do ser na sua redoma de individualidade e de incompletude
Ah!!! Amar com força e coração é virtude
Amar sem medida é atitude
Amar sem barreiras é atingir a longitude
De se amar e se querer cantar o amor
Sentimento e acto de se querer muito bem
Àquele que nos faz sorrir… Àquele que não nos detém
Quão evoluído é sentir este esplendor
Esplendor que causa conforto… esplendor de amor… causa de interior e reconfortante calor…
João Paulo S. Félix