Wednesday, February 20, 2013

Amor reconfortante...



Amor reconfortante…
Qual audácia de se querer muito mais
De se querer muito além
Que vontade se tem, de feitos e actos especiais
Que jamais nos privem, daqueles que não nos mitiguem
De almejar com avassaladora ânsia
Algo encantado… Dotado de uma intensa fragrância
Quer-se com a vontade de quem rasga com impulsividade uma folha de papel
Miserável e vil bocado de celulose, plenamente olvidável
Que desejo de se cruzar montes e vales, ruas e fronteiras
Para sentir de viva alma e de viva existência as emoções das paixões inteiras
Aquelas que não se fragmentam, aquelas que não sofrem interrupções
Que vontade esta que nos engole e devora
Por se querer viver no aqui e agora
A força e a energia do amor nesta hora
Mas algo se começa a cogitar
Afinal… Afinal o que é amar
Estranha interrogação… Ainda mais quando se vê ao redor
Seres a trazer ao mundo esse acto maior
Respiro fundo e abro a janela que me traz
Algo que me torna capaz
A encontrar as respostas para estas minhas incertezas
Amor… Sentimento pleno de purezas
Purezas e entregas a mundanos caprichos
Caprichos de física entrega e de pensamentos a voar
A voar… A voar para ao lado de quem se ama, sempre se querer estar
Hum… Delicioso este voo que se faz com intenção
De se pôr termo à reclusão
Reclusão e cativação
Do ser na sua redoma de individualidade e de incompletude
Ah!!! Amar com força e coração é virtude
Amar sem medida é atitude
Amar sem barreiras é atingir a longitude
De se amar e se querer cantar o amor
Sentimento e acto de se querer muito bem
Àquele que nos faz sorrir… Àquele que não nos detém
Quão evoluído é sentir este esplendor
Esplendor que causa conforto… esplendor de amor… causa de interior e reconfortante calor…
João Paulo S. Félix  

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