Wednesday, June 23, 2021

Falhei quando por ti me apaixonei...

 


Falhei quando por ti me apaixonei...

Assumo, sim, falhei

Falhei e vacilei...

Vacilamos

Porque os nossos corpos imolamos...

Porque os nossos sonhos castramos

Porque paramos de ver o mundo real...

Porque deixamos de querer do mesmo só meio sal

Porque deixamos de quer o possível...

O tangível e sofrível

Deixamos de quer o suficiente...

Para desafiar os deuses a darem-nos o excelente

O melhor...

O calor

De todo o amor...

O fervor do olhar

Os sôfregos cruzamentos dos lábios a beijar...

Dos corpos nudos a desejar

Conspurcar a moralidade...

Com a cópula dos corpos na divindade

Da cumplicidade maior...

Que nos une

Que torna o nós imune...

Ao mundo avassalador

Cheio de sofrimento e dor...

Porque falhei e falhamos

Quando o mundo banal deixamos...

Para almejar o Olimpo celestial

Um lugar idílico fora do normal...

Um espaço com o fado dos amados

Onde só estão os predestinados...

Onde só devemos nós estar

Para o nosso ato de amar...

Amar até o corpo se cortar

Na dor causada pela solidão...

Pelo afastamento geográfico de quem é razão

Do nosso viver, do nosso levantar, do nosso existir...

Alguém que é a motivação e nosso elixir

De eterna juventude...

Na nossa atitude

De querer para sempre...

O nosso amor que cumpre

Porque amor... Falhamos...

E desesperamos

Sempre que o outro não escutamos...

Mesmo que seja dele o pensamento

Mesmo que seja dele o nosso sentimento...

Mas dói não ter e não sentir

Dói o querer e não ter...

Dói assim amanhecer

Amanhecer assim como jamais ambicionei...

Porque amor... Falhei quando por ti me apaixonei...
João Paulo S. Félix

Tuesday, June 22, 2021

Quero-te viver...

 


Quero-te viver...

Quero neste mundo

Lugar de todo o acontecimento profundo...

Quero neste lugar

Fazer com que tudo se venha a desenrolar...

Como uma trama

Mas sem medos, sem drama...

Um evento

Pleno de sentimento...

Que se prolongue sem ser só um momento

Mas antes uma eternidade de acontecimento...

Que seja a unificação

De dores seres num só coração...

Porque quero existir

E contigo evoluir...

Quero contigo sorrir

Porque tu vieste tal em mim instruir...

Quero contigo a plenitude

E a calma da doce e cândida atitude...

Que nos faz remar

Juntos e sem cessar...

Que nos faz querer

Da vida outro dia fazer acontecer...

Para resistir

E persistir...

E gladiar contra tudo o que esteja para vir

Porque juntos somos a fortaleza...

Capaz de vencer e superar toda a dureza

Porque beijo o teu olhar

Do mesmo modo que te venho a cortejar...

E nos cortejamos

Num ato de cumplicidade de seres amados...

Amados, predestinados

E para sempre fadados...

A viver juntos nos caminhos emparelhados

Nos amores e sentimentos...

E a vencer os contratempos

Porque quero ser feliz...

Sem olhar ao que se diz

Porque quero voar...

Contigo sem medos e sem vacilar

Porque quero poder amanhecer...

Sempre e sentir que o dia fará acontecer

O que de mais belo existe...

O que nos remove a partícula triste

Porque juntos somos ser que a tudo resiste...

Porque contigo a solidão é quimera relativizada

Porque contigo sou e sinto-me pessoa amada...

Porque contigo e ao te amar

Venho a algo recear...

O falecer, o desvanecer

Porque contigo vivo o amor... Porque quero-te viver...

João Paulo S. Félix

Saturday, June 19, 2021

Saudade escreve-se com amor...

 


Saudade escreve-se com amor...

Olho em meu redor

E algo me chama à atenção com primor...

Com meticuloso rigor

Os livros que me rodeiam...

Aqueles que compro ou me presenteiam

E algo reparo com atenção...

Que os sei ler com elevação

Porque um dia em petiz...

Acolhi em mim o que alguém diz

Neste caso uma lente me disse e ensinou...

A ler, a contar e a escrever me formou

E a vida também me tem instruído...

A escrever com sentido

Sentido e sentimento...

A escrever as emoções

A escrever os corações...

A dar voz

Às palavras sós...

Palavras que falam de momentos

De doces e ternos acontecimentos...

Aqueles que nos enternecem

Aqueles que não se esquecem...

Aqueles que vivemos com olhares

Aqueles que nos abraçam como os rios os mares...

Aqueles e estes sem fim

Todos os elementos que vão dentre de mim...

Aqueles nos quais te lembro

De Janeiro a Dezembro...

A toda a hora e momento

Porque és para mim alento de doce sentimento...

Porque és o meu paraíso de plenitude

Porque és a calmia da revolta e mundana atitude...

Porque és o meu equilíbrio

O meu espanto, o meu ídolo, o ser pelo qual nutro brio...

Brio e vontades

Nada cobardes...

Do beijo que dá vida

Do carinho que silencia a existência sofrida...

Porque és as peças do meu puzzle de existência

Porque és no meu corpo a fragrância e a essência...

Que me inunda o corpo e me obstruí os poros

Para evitares em mim odores dolorosos...

Porque és as vivências

Feitas afastadas das formulas das ciências...

Porque juntos somos mais que Einsten em conhecimento

Porque somos a fuga ao constrangimento...

Porque somos a fortaleza formada

Da carícia dada, da palavra honrada...

Porque somos os sabedores

E os herdeiros da ilha dos amores...

Porque somos tudo vivido com intensidade

Porque somos sentimento de imortalidade...

Porque juntos escrevemos com fervor

A saudade... E saudade escreve-se com amor...

João Paulo S. Félix

Clímax de orgasmo...



Clímax de orgasmo...

Fecho os olhos com um intento

Uma vontade com sentimento...

Uma vontade de fogo ardente

Que me faça deixar de ser carente...

Que me faça estar e ser presente

Que nos faça estar juntos: unidos...

Seja lá onde for... corpos lindos

Lindos: despidos...

De feitos e preconceitos

Sem pudores e receios...

Puramente... o fluir

Do que esteja para vir...

O existir e consumir

O outro no fogo que inflama...

Aquele que o nosso ser ama

E quer até ao morrer...

Satisfazer

Preencher...

E a plenitude ofertar

Para sempre ali se querer voltar...

Ali, além seja onde for

Desde que seja com fulgor...

Aquele que nos faz arder

Somente de o outro ver...

Com olhar de gula e luxúria

Com os beijos que abraçam e afastam a lamúria...

Sentimos o respirar

Esse ato que dá alento e nos faz remar...

Para algo fazer acontecer e consumar

Como exorcismo sagrado...

A proximidade vertiginosa e sem retrocesso

Faz ir num caminho sem regresso...

Um caminho nosso e só de nós

Para criar algo que jamais nos deixará a sós...

As mãos que despem e exploram

As mesmas que religiosamente imploram...

Pela imoralidade e ortodoxia

Dos sons soltos enquanto se gemia...

De prazer infindável e sem fim

Um prazer agnóstico de extremo frenesim...

Com encaixa perfeito e movimentos

Movimentos causadores de prazerosos...

Prazerosos sofrimentos

Aqueles que fazem soltar os sorrisos maquiavélicos...

Aqueles que causam prazeres pélvicos

Na pele do corpo e na pele da alma...

Que não se sacia ou acalma

Na cumplicidade astronómica do nosso amor...

Sentimento máximo de esplendor

Porque nesse amor sei que te amo...

Quando sentimos o clímax do orgasmo...

João Paulo S. Félix 

Friday, June 18, 2021

Estou nas tuas mãos...

 


Estou nas tuas mãos...

Confesso a minha condição

De prisioneiro a uma causa ou missão...

Declaro o crime de lesa pátria

De ter querido a cumplicidade na vida fria...

E o afastamento da solidão

Que faz sofrer o pequeno coração...

Afirmo que alinhei a coordenada

Da bússola desorientada e desalinhada...

Porque quis buscar um norte

E alcançar a preciosa sorte...

Porque a ti me entreguei

Porque ao amor nos confiei...

E aqui estou eu

Feito teu Romeu...

Por ti manietado

A ti sagrado...

E sem reservas, atalho ou pudor

Sem rodeio surge de mim um ralho: um clamor...

Despe-me ou vem-me matar

Para este desejo se saciar...

Vem-te de mim apoderar

Do corpo e da carne para dela fazeres prazer...

E da minha alma: fazeres sorriso de amanhecer

Vem comigo fazer-nos gemer...

Vem o nosso mundo estremecer

Na doce imoralidade...

Da entrega sem idade

Dos nossos ósculos de combustão...

Do nosso suor de exaustão

Vem amor... Sem demora

Para o nosso sentimento sem hora...

Para sermos coroa de glória

E gerarmos a mais bela memória...

Do nosso amor de cumplicidade

Do nosso querer mais a cada oportunidade...

Porque tudo pode desaparecer

O dinheiro, os prédios: uma ponte pode desvanecer...

Mas jamais

Em momento algum os nossos ais...

Que nos tornam cada mais

Um do outro sem vacilar...

Sem hesitar

Porque cada segundo é ouro

No nosso amor feito humano tesouro...

Porque és para mim divino diamante

Ser radiante, intenso, fascinante...

Vamos viver amor esta luz

Que colocamos no mundo e nos conduz...

Que nos torna puros, santos e sãos

Vem-me amar porque... Estou nas tuas mãos...

João Paulo S. Félix

Friday, June 11, 2021

Viagem ao centro do nosso amor...

 


Viagem ao centro do nosso amor...

É na profundeza de mim

Que sinto o aroma a jasmim...

É na quietude da alma

Que encontro algo que acalma...

É entrando no meu coração

Que te vislumbro: minha paixão...

Porque é nesse encontro especial

Que me sacio: meu manancial...

Meu maná de bem estar

Meu amor: que muito quero amar...

Sim porque em viagens

Feitas realidades ou miragens...

Em que nos sonho e nos penso

Em que sinto algo arrasador e intenso...

Porque é nas realidades também presenciais

Que acalmamos as ânsias e os ais...

Porque é nessas rotas

Que criamos as nossas frotas...

De emoções

De sentimento e recordações...

Porque é no ato de te visitar

Que me venho a salvar...

Porque é no momento em que te escuto

Que aparto de mim o estádio de luto...

De luto e de solitária condição

Porque é contigo minha confirmação...

Que pretendo a consagração

Maior e máxima de nós...

E sermos felizes como os nossos avós

Além dos tempos que geram tempos...

Muito para além das estrelas dos firmamentos

Porque somos um só... realidade inevitável...

Porque é contigo que decifro coordenada admirável

Para sorrir...

Para evoluir

Para feliz estar...

Para te beijar

Beijar e abraçar...

Com os afetos que a dor vem reparar

Porque somos embarcação que não fica no mar...

Nem no mar ou no cais

Mas somos os que voamos para espaços não banais...

Para galáxias e dimensões

Criadoras das cumplicidades que fundem os nossos corações...

Em algo inabalável e inquebrável

Em algo arrebatador e inigualável...

Porque assim é quando se vive com fulgor

O sentimento magno de doce esplendor...

Quando realizamos a viagem ao centro do nosso amor...

João Paulo S. Félix

Tuesday, June 8, 2021

No teu olhar... Vejo o nosso amor...



No teu olhar... Vejo o nosso amor...

Na procura das razões

Dos sentimentos causadores de sensações...

Dou por mim a divagar

E do nada... Começo a cogitar...

Sobre a tua essência

Sobre a tua importância...

Deveras determinante

Para fazer face ao mundo desafiante...

Desafiante e acutilante

E avanço...

Aproveito o balanço

Para te despir...

Para em mim te reunir

Para te seduzir...

Para te consumir

Para te conduzir...

Para te beijar

Para os fantasmas exorcizar...

Para o mar revolto amainar

Para tudo de maculado remover...

E tudo o que de mais puro existe promover

E fazer sobressair...

Como o ato do teu ser sorrir

Como o ato do teu ser me acariciar...

Acariciar, abraçar, tocar

Para todo o bem em nós ficar...

Para o tempo em nós parar

Para o mundo em suspenso ficar...

Para que olvidemos o que se passa em Bagdad

E saborear tudo o que de suculento em nós há...

Tudo o que nos faz querer

Do outro não desistir...

E sempre investir

No afeto que nos faz surgir...

Resplandecentes

Irreverentes...

Porque assim é

Este estádio de humana fé...

Assim és: minha fortaleza

Minha fonte de coragem e certeza...

Assim és: fabulosa

Ímpar, envolvente, frondosa...

Porque és a minha bebida de rejuvenescimento

Porque és fonte da minha motivação em todo o momento...

Porque és a resposta para tudo

Porque me fazes sentir afortunado: sortudo...

Porque és o meu mundo

Porque és as minhas horas e cada meu segundo...

Porque somos um do outro seja lá onde for

Porque vejo os teus olhos e no teu olhar... Vejo o nosso amor...

João Paulo S. Félix 

Das virtudes do coração...

 


Das virtudes do coração...

Pela noite vamos entrando

E nas suas entranhas penetrando...

Vamos por ela sugados

Para trilhos nunca antes caminhados...

E seguimos como quem vagueia

De forma arbitrária nas ruas da lua cheia...

E seguimos na cegueira

De quem vai sem eira nem beira...

Como quem testa os sentimentos

Como quem não mede os riscos e sarilhos...

Como quem vai na vertigem

Dos sentimentos que alta altura atingem...

O sentimento dos sentimentos

Das luzes, das constelações e firmamentos...

Das galáxias e universos

Que são indescritíveis em versos...

Mas que são quimeras

Perante as altivas eras...

Pronunciadas pelos adventos

Que nos envolvem com seus ventos...

Que sopram com sagaz velocidade

Que nos envolvem com saciedade...

Para nos bafejar

Com o dom de amar...

Aquele dom que se vem a desvendar

E nos vem a revelar...

Como criaturas

Capazes de altivos feitos e bravuras...

Amor

Por ti grito com fervor...

E na tua mão seguro com firmeza

Aquela que tem a certeza...

De tudo isto ser

O sentimento que faz viver...

Ser aquele pelo qual nascemos

E pelo qual ambicionamos...

E desejamos

Pelo qual tudo transcendemos...

Superamos e não vacilamos

Porque tudo isto foi querido

Porque tudo isto é sofrido...

Porque é sentimento desafiante

Porque é sentimento revigorante...

Amor: é cair e levantar

Com quem queremos amar...

A quem queremos sempre acompanhar

Para todo e qualquer gládio...

Para todo ardor e calafrio

E disso temos a certeza nada incrédula...

Até à nossa mais minúscula célula

Porque queremos viver com imensidão..

O amor que é sentimento: o sentimento das virtudes do coração...

João Paulo S. Félix

Saturday, June 5, 2021

O mal do amor...

 


O mal do amor...

Há um mal maior

Num sentimento de esplendor...

Há um mal terrível

Horrendo e temível...

Porque o amor é retratado

No cartaz do supermercado...

No folhetim ou na revista da social crónica

Como realidade estratosférica e antagónica...

Como algo banal e trivial

Amor é até realidade no corriqueiro jornal...

Que vende o sentimento como algo nada especial

Amor é também exposto pelas películas de cinema...

Ou observado nas novelas do drama

Porque fazem do amor...

Desse sentimento de fervor

Algo sem sabor...

Como algo fugaz

Como realidade que qualquer um é capaz...

De poder alcançar

Atingir e abraçar...

Mas tal

É irreal...

Porque amor é para predestinados

Para seres não riscados...

Da divina lista dos amados

Dos seres que são mortais...

Aqueles que choram e soltam ais

Porque o amor é o grito...

Que não fica contrito

Mas que sai e nos inunda...

E tem a força que nos afunda

Na solidão e constatação...

De solitária condição

Quando o coração...

Mais ambiciona a junção

Junto de quem ama...

De quem o inflama

De quem o completa...

De quem é sua meta

Para a plenitude...

Para a completude

Porque amor é seriedade...

Vivida com responsabilidade

Longínqua da retratada...

Pelos meios sociais sem sociedade

Porque amor é a vitalidade...

É sentimento sem lugar ou idade

Sem prazo de validade...

Porque amor é prova de fogo ardente

Que nos quita da carente...

Carente realidade

Porque amor é sentimento na Humanidade...

Porque amor é perfeição feita de vida e valor

Porque este é o total... Porque este é o mal do amor...

João Paulo S. Félix

Tuesday, June 1, 2021

Porque também tu já foste criança...



Porque também tu já foste criança...

Hoje no primeiro dia

Neste novo mês de renovada alegria...

É o momento especial

Da criação genial...

De pequenos seres

Que nos fazem ver os amanheceres...

Com outros olhares

Com outros pensares...

Porque são pequenas criaturas

Mas enormes em bravuras...

Porque imensurável é a sua vontade

De fazer de todo sonho realidade...

De conquistar um mundial

De criar um penteado sensacional...

Ou então de todo o fogo apagar

Ou ainda toda a criançada ensinar...

Porque é infinita a sua sede

Porque não há obstáculo que a vede...

Porque criança é a ilusão

Real de que tudo é realização...

E tudo é possível

Alcançável e tangível...

Porque quando a criança

Ela que é fúria de segurança...

De ti se abeirar

Tenta com carinho a escutar...

Quando ela da vontade te falar

Ajuda a que ela possa voar...

Não lhe castres a imaginação

Que faz dela ser de enorme paixão...

Quando ela para ti olhar

Tenta com candura a observar...

E o seu rosto contornar

Como ato para alentar...

E tudo poder concretizar

Para que cresça para criar...

A magia que em criança a veio enfeitiçar

Porque quando ela te abraçar...

Não a afastes ou lhe venhas a gritar

Mas deixa os afetos atuar...

E que sejam algo que venha a marcar

E a façam ser saudável...

E a façam ser admirável

Porque quando ela quiser brincar...

Tenta a oportunidade criar

Para esse momento feliz ficar...

E raízes em vós fundar

Raízes que geram laços...

Laços e doces marcos

Porque quando ela de ti se abeirar com esperança...

Ama-a e lembra-te... Porque também tu já foste criança...

João Paulo S. Félix