Friday, December 6, 2019

Devoção...


Devoção…
És tu quem me conduz
És tu… tu ser de luz…
És tu quem a passadeira me estende
És tu quem me entende…
És tu alma
A flecha que me toca e acalma…
És tu a plenitude
Que me conduz para altiva altitude…
É em ti que eu penso
És tu o meu ser imenso…
És a razão do meu viver
És o meu amanhecer…
És a explicação de tudo acontecer
Nos meus dias…
De infernal correrias
És ser
Que me faz viver…
E jamais me faz esquecer
Que só tenho esta vida para fazer acontecer…
O que muito querermos fazer suceder
O ser contigo que me vou querer perder…
Perder para na tua pele e coração me encontrar
Porque és tu quem eu quero amar…
Porque és tu quem sempre fui desejar
Para beijar, abraçar e acarinhar…
E um caminho de cumplicidade trilhar
Respiro fundo…
Neste sentimento que engole o mundo
Porque tu és o meu universo…
És a razão de todo o meu verso
És a divinização…
Desta frenética paixão
Feita infinito amor…
De esplendor
Amor sentido até à exaustão…
Um amor que conduz à tua devoção…

João Paulo S. Félix

Monday, November 11, 2019

Escuta do coração...


Escuta do coração…
Tic, tac, tic, tac, o som da maquinal criação
Que nos conduz à reclusão…
Uma reclusão infernal
De trabalho neste mundano pantanal…
Ir para fazer
Sair em vertigem e a correr…
Sem saborear
O pequeno momento de vagar…
Que o reles café nos possa ofertar
Sentir o seu aroma e sabor…
Raio de vida sempre a todo o vapor
Quando o mais importante…
O mais desafiante
Não é o ter…
Mas o perceber
Que o dinheiro e os bens…
Só nos fazem reféns
E que o mais valioso…
É o sentimento de cada momento desejoso
De cada olhar trocado…
De cada abraço bem apertado
O ouvir da voz do ser amado…
De quem no pensamento se encontra destacado
Quando o mais importante não é um cartão…
Mas aquele beijo que leva à exaustão
E nos conduz à humana perdição…
No sexo ou no amor realizado
Conforme o prisma como é encarado…
O ato da atração
Que se faz com a sedução…
Da cumplicidade sem senão
Da vontade do outro consumir…
Cada fluido que se faça surgir
Cada gota do suor que se faça escorrer…
E a saliva do canto da boca a aparecer
Do beijo fogoso, lânguido e que faz arder…
Amor sentimento vital
Para atitude especial…
De nos marcar e nos sagrar
Neste lugar, nesta dimensão…
Onde crucial se torna a escuta do coração…
João Paulo S. Félix

Boticário do coração...


Boticário do coração…
Os tempos climatéricos são irreverentes
São altivos, imprevisíveis e surpreendentes…
Porque tanto calor como o frio
Causam aquele arrepio…
Que pode resultar num resfriado
E num estado de saúde mais debilitado…
Ate que surge o que nos traz a cura a este estado
O fármaco muito desejado…
Assim é o amor
Um estado de clima enigmático e de esplendor…
Amor: sentido de existência
Que vem ser ar à nossa permanência…
Amor como solução
Para a cura da vil solidão…
Amor como realidade
Sem hora, lugar ou idade…
Amor sem barreiras
Que arrasa as cores de pele inteiras…
Amor como oportunidade
Para garantir a eternidade…
Feita doce cumplicidade
Entre quem se ama…
Entre quem se inflama
Na mesma chama…
Que envolve e faz sorrir
Que dá forças para o que esteja para vir…
Amor como estado aliciante
Que faz soltar o sorriso viciante…
E que se quer eternamente ostentar
Para ele poder demonstrar…
A felicidade que se veio a vivenciar
Vindo a ser cura para os males da alma…
Que só o ósculo sentido acalma
Porque o amor é remédio e fármaco feito solução…
Para ser para nós o boticário do coração…
João Paulo S. Félix

Saturday, November 9, 2019

Alfabetização dos sentimentos…


Alfabetização dos sentimentos…
Passamos na vida em passo vertiginoso
Andamos pelas ruas e vielas de modo ansioso…
Passamos sem parar
Corremos sem saborear…
Cada ocasião
Que o tempo parar, nos possa levar à reflexão…
Do sentido da vida
Se é esta infernal corrida…
Ou se é o sentir
O que nos toca e faz sorrir…
Se é o falar
Sobre o que nos vem a exaltar…
Algo que nos vem acalentar
Acalentar e exacerbar…
E nos convida a verbalizar
Aquele momento de vociferar…
Aquele ato de beijar
De modo lânguido e sem cessar…
Ou aquele abraço que vem a acrescentar
A doçura e o calor que a fria estação nos vem retirar…
Falar também dos olhares
Que queimam, inflamam e tiram ares…
E convidam à loucura
Da luxúria feita corpórea bravura…
Da mescla, do toque, da demarcação
Daquele ser como sendo da nossa condição…
Ou então dos gemidos de elevação
A dimensões platónicas, cósmicas e de excitação…
Falar da cumplicidade
Que se gera sem a marca da idade…
Ou porque não também velejar
No veleiro do que o amor nos venha a desvendar…
Nesta aventura colossal
Onde tudo é divino, onde cada ocasião é infernal..
Onde cada momento é marcante e sensacional
Porque tudo isto ocorre quando se fala dos vivificantes elementos…
Quando se leva a efeito a alfabetização dos sentimentos…
João Paulo S. Félix

Thursday, November 7, 2019

18 anos… Maioridade de um sentimento feito saudade…

18 anos… Maioridade de um sentimento feito saudade…
Hoje ao levantar
E no momento de o calendário enfrentar…
O frio de mim se veio a apoderar
Um frio cortante…
Interno e dilacerante
Um frio de ausência…
A tua doce presença
Foi neste dia…
Que nos lados de Carnaxide tudo mudaria
E de mim luto e uma raiva se apoderassem…
Custou a crer que os meus dias mudassem
Não poderia ser o fim…
A tua despedida sem sorrires para mim
Porque eras doce e singela flor do meu jardim…
Porque eras a minha avó dos viriatos
A minha avó dos abraços apertados…
Porque eras minha advogada
Naquela hora mais apertada…
Porque eras a avó dos chás e das torradas
Na lareira em brasas preparadas…
Barradas carinhosamente com planta
O tempo passa e nada a tua falta suplanta…
Passam dias, meses, anos
Nestes terrenos mundanos…
Em que sinto a tua falta
Que a dor só exalta…
Tenho que tudo silenciar
Para a tua voz poder recordar…
A me chamar
Quanta dor e nostalgia…
Quanto amargo de alegria
Em recordar esta malograda data…
Em que a falta de ti magoa e mata
Porque foste de nós retirada…
Porque foste de mim arrancada
Em cárnea existência…
Tu que eras ser de magna excelência
Em carinho, ternura e amor…
Em olhar cândido pleno de esplendor
Porque teve de ser assim…
Te sonegarem de mim: minha avó Iraci
De ti que te queria sempre aqui…
Porque foi acontecer essa fria e crua crueldade…
Hoje se cumprem 18 anos: maioridade de um sentimento feito saudade…
João Paulo S. Félix

Wednesday, October 23, 2019

Podes-me chamar de amor...


Podes-me chamar de amor…
Neste mundo fomos colocados
E nele fomos batizamos…
Foi-nos dado uma nomenclatura
Um nome da nossa cultura…
Mas o tempo passa e voa
E com outra realidade nos coroa…
Uma realidade sentida
Uma realidade vivida…
Um estádio que dá fulgor
Que dá alento e esplendor…
Para viver o que é enriquecedor
Um sentimento de cumplicidade…
Sem raça religião ou numérica idade
Um sentimento de bem estar…
De felicidade sem barreiras colocar
Ou mesmo até que as haja ultrapassar…
Um sentimento de pequenos tudo
Que faz o humano ser se sentir sortudo…
Um clima de pequenos gestos de atenção
Chamadas ou toda a criação…
Da oportunidade e ocasião
Para do nada se ouvir uma voz que é o todo…
Que nos dá garra para sair do mundano lodo
Também é em si um sentimento sempre presente…
De pensamento no outro sempre recorrente
Pensamento de paixão, desejo, carinho e preocupação…
Um pensamento para acalmia do coração
Este sentimento de temperança…
Que nos confere a segurança
De viver algo de reverência…
Um bem estar de excelência
Algo pleno e inusitado…
Algo que nos faz sentir apaixonado
E todo o nosso momento querer que seja revisitado…
No pensamento da nossa unidade
Que nos dota de magna estabilidade…
Algo que nos faz sentir algo de máximo valor…
Um sentimento pelo qual podes-me chamar de amor…

João Paulo S. Félix

Tuesday, October 22, 2019

Requintes de conforto...


Requintes de conforto…
Com o tempo a esfriar
E o verão já longe se esfumar…
Fica o presente
Um presente latente…
As tonalidades telúricas da natureza
O frio que causa rudeza…
E que nos convida ao contacto com a dureza
Das condições climatéricas…
Instáveis, imprevistas, dinâmicas
E nesse estádio de coisas…
Que nos envolvem e rodeia
Nesta terra inteira…
Neste outono da vida
Feito com fria corrida…
Mas que nos convida
À vida dividida…
A dois
Para sermos sóis…
E ser a estrela que guia
Guia e sorria…
Que envolva
E desenvolva…
Os nossos sentidos
Os nossos sorrisos…
Na arte do amor
Esse sentimento fervor…
Que acalenta e aquece
O ser que o coração não esquece…
E que sempre nos amanhece
As emoções…
As doces sensações
E a memória…
Dos acontecimentos da nossa história
E das histórias criar as glórias…
Das pequenas mas marcantes vitórias
Do quotidiano a dois sem idade mas com vitalidade…
De um amor que queremos para a eternidade
Para jamais viver o outono da humana emoção…
Que faça cair o nós como a folhagem da estação
Mas se tenha a audácia de viver com gosto…
O amor um sentimento com requintes de conforto…

João Paulo S. Félix

Sunday, October 20, 2019

Felicidade...


Felicidade…
Na humana vida corremos para lugares
Para procurar significados para termos vulgares…
Vulgares do quotidiano
Que nos revelem o plano…
De dado vocábulo corrente
Em nosso caminho vital exigente…
E fui procurar o significado
De um termo sublimado…
A felicidade
Expressão de sorrisos de eternidade…
E ao dicionário recorri
E para ti sorri…
E o compêndio fechei
Porque em ti encontrei…
A resposta ao que busquei
Porque és tu de modo viciante…
Tu ser fascinante
A causa maior…
Deste estado de amor
E do estado de sítio do meu coração…
Lugar onde plantaste sentimentos e emoção
Espaço onde orbitas sem dimensão…
Porque todo ele é teu
Assim como de Julieta era o de Romeu…
Porque és a bonança
E a altiva segurança…
Para os dias de breu
Porque és tu quem dá cor ao meu céu…
Porque és a serenidade
E a parte racional da minha emotividade…
Porque és o que em mim faltava
Porque és quem o meu ser esperava…
Esperava e desejava
Para a plenitude…
Sem idade ou latitude
Porque és tu de verdade…
A causa maior da minha felicidade…

João Paulo S. Félix

“João Paulo Félix – O que ele pensa…” – 11º. Aniversário



“João Paulo Félix – O que ele pensa…” – 11º. Aniversário

Escrever é uma atividade e um ato de libertação: É um ato de partilha de emoções, sensações e estados de alma… Escrever é liberdade , é um grito surdo de palavras sentidas, escrever é saber como neste mundo viver, escrever é alma, escrever é sentimento!
São estes os sentimentos e as sensações que vão em mim em cada ato e em cada momento de escrita e… já lá vão 11 anos…
Há 11 anos, em 2008, começava um caminho que, confesso, estaria longe de imaginar que aqui chegaria…
Uma rota com mais de 700 textos, 767 mais precisamente, aos quais junto os contos de Natal que, pela quadra natalícia vou levando a efeito e, também , mais de 140000 visitantes ao blog, 144000 visitas de modo mais exato sendo essas incursões ao blog oriundas dos 4 cantos do planeta algo que me deixa muito feliz, muito grato e me faz também sentir pequeno perante tais evidências!
O número 11 tem e encerra múltiplas significações: o número com o qual as equipas de futebol entram em campo para cada jogo; o 11 é apontado também pelos estudiosos como um número espiritual e intuitivo, um número que representa o perfecionismo; o 11 é também uma cifra fortemente ligada à espiritualidade; é também um número ligado a fortes convicções e à firmeza com que as mesmas são defendidas; é também um número que se liga ao ideal e à noção de idealismo e… é este o ponto que quero pegar para abordar…
Ao longo destes 11 anos temos vindo a trilhar um caminho na busca do que é ideal nesta caminhada conjunta em emoções em pensamentos, em sentimentos… é um caminho que temos vindo a fazer e que tem revelado: lágrimas, sorrisos, ternura, amor, afetos e acima de tudo energia e forças para as humanas jornadas!
O www.joaofelix.blogspot.com surgiu e tem como missão o firmar de um “contrato” entre quem me lê e com o que vou escrevendo: um protocolo firmado em felicidade e na vontade em vos fazer sentir bem e “em casa” nas visitas a este simples, singelo mas intenso blog: um espaço que é vosso…
Obrigado a todos pelo carinho, pelos comentários, pelo incentivo, pela tolerância aos momentos de maior ausência produtiva. Obrigado por tudo… Continuamos juntos neste caminho e neste acamaradar pelo mundo infinito doce e envolvente das palavras com emoções e dos textos com sentimentos!

Beijos e abraços

do vosso

João Paulo S. Félix  

Saturday, October 19, 2019

Luzes...

Luzes…
És o caminho
És sim tu o único trilho…
Para buscar ser feliz
Sem equacionar ligar ao que se diz…
Ouvir o coração
Que é baluarte da razão…
E respirar
Fundo para arriscar…
Tudo sem cessar
Cessar ou vacilar…
Por ti amor
Ser de esplendor…
Que me dás energia
Para a jornada de cada dia…
Porque és
A deusa que me liberta os pés…
E me enche a alma
Com o sentimento que me acalma…
Porque tens em ti a totalidade
Da nossa vitalidade…
Porque és meu Thomas Edison
Porque dás a claridade e o som…
Aos meus clamores e pedidos
E a todos os meus desejos sentidos…
Aos beijos desejados
Aos abraços inflamados…
Porque somos máxima união
E imponente concretização…
Da trova maior da existência
Aquela que tem a chave de tua a ciência…
Porque és a beleza impar
Porque és quem sempre vou querer amar…
Porque me envolves e seduzes
Porque és tu a autora das minhas luzes…

João Paulo S. Félix

Tens em mim...


Tens em mim…
És ninfa e perfeição
És toda a sorte de elevação…
És a plena felicidade
Feita deusa de tranquilidade…
És bonança e fortaleza
És tudo o que aparta a dureza…
És no coração a realeza
Que dá a certeza…
Da vivência de um sentimento de pureza
Pureza e doçura
Que todo o humano ser procura…
És tu e tu somente
O ser que me coloca contente…
Que me afasta da sensação de solidão e de ser carente
És tu na tua bondade…
És tu na tua realidade
E na tua existência…
Possuidora de altiva essência
És o meu doce sorrir…
Mesmo nos dias em que a névoa vem cobrir
E trazer a chuva ao quotidiano…
Porque és ser soberano
Neste espaço mundano…
Ser que dá a garantia
De se ter a melosa alegria…
De se viver o amor
Esse sentimento de esplendor…
Esse estádio de exaltação
Que faz bem ao coração…
És tu a bonança
A serenidade da boa esperança…
De viver com serenidade
Este sentimento sem ansiedade…
Este amor de eternidade
Porque sabes que sim…
Todo este efeito tens em mim…

João Paulo S. Félix

Wednesday, October 16, 2019

Pedagogia de amor...


Pedagogia de amor…
O amor é uma lição
De constante e plena atenção…
Feita de meticulosas dádivas
Feito de numerosas missivas…
Amor é feito contemplação
De elementos bons ao coração…
Amor é a chama
Que nos inflama…
Amor é tentar ler
O outro mesmo sem ele saber…
Mesmo que ele nada diga
Mesmo que quase se mendiga…
E lhe seja suplicado
Para que seja tudo explicado…
Para que ele nos ensine a ler os silêncios
Para que nos encaminhe nos odores doces de incensos…
Porque o amor é a sensação
Da plena comunhão…
Feita árdua avaliação
Nos atos e palavras…
Sentidas e vociferadas
Amor
Inflamante ardor…
Que és nosso redentor
E nos dás alma à vida…
E nos concedes a alegria
Da continua vitalidade…
Da desejada felicidade
Que une…
Que nos funde
Num único elemento de plenitude…
Num ser só de dois corações
Feitos e refeitos em construções…
Dos nossos internos conhecimentos
Muito para além de mundanos constrangimentos…
Amor é total seriedade
É estádio sem raça ou idade…
Amor é constante e plena oportunidade
A dois de viver a cumplicidade…
Que dá alento ao coração e à vida cor
Nesta continua atividade de pedagogia de amor…
João Paulo S. Félix

Tuesday, October 15, 2019

Suave sentimento...


Suave sentimento…
Todos nós procuramos a suavidade
A suavidade e uma vida sem adversidade…
Todos procuramos a simplicidade
O que faz sorrir e ser feliz com naturalidade…
Todos almejamos o  belo
Por mais que ele seja simples e singelo…
Todos buscamos algo neste lugar
Algo que nos faça sonhar…
Sonhar e ousar realizar
A valsa dos amantes…
Dos seres cúmplices e fascinantes
A dança da sensualidade…
Plena de erotismo e beldade
Porque procuramos atingir…
O orgasmo ou o simples ato de sorrir
Ao lado e juntamente…
Com quem vislumbra connosco a corrente
Dos rios que passam…
Das horas que nos enlaçam
E nos tornam mais unidos…
Nestes acontecimentos fluidos
De simples valor…
Os atos do nosso amor
Aqueles em que beijamos…
Aqueles em que abraçamos
Aqueles em que simplesmente estamos…
E pelo outro esperamos
Todas as horas nos mesmos espaços…
Com lembranças dos sucedidos passados
Porque ali sempre estaremos…
Porque no amor sempre esperaremos
Sem olhar a idades e a vocábulos comentários…
Porque amar é assim
Com a certeza de um sim…
Cheio de força desmedida
Feito missão sem medida…
Amor: estádio de altivo alento
Amor que és suave sentimento…

João Paulo S. Félix

Monday, October 14, 2019

Essencial...


Essencial…
Nas corridas do infernal dia
Aquelas feitas em apressada correria…
Em que queremos a todo o lado chegar
Nas quais querermos todos poder alcançar…
Em que se respira à velocidade do acelerador
De vertigens com efeito sofredor…
Na azáfama em que tentamos
Vislumbrar a pedra filosofal que tanto ambicionamos…
Mas olvidamos o fulcral…
O sentimento especial
Aquele que é pedra de toque…
E que o nosso amago convoque
O sentimento de altivo valor…
O sentimento de amor
Esse magno estádio…
Feito intenso gládio
Rumo ao hoje mais perfeito…
Ao beijo quente dado no peito
Ou à caricia recebida no leito…
Amor
És humano mistério…
E imponente minério
És do humano sacro ministério…
Que ordena o ser feliz
Sem escutar o que se diz…
Amor lei feita
E que a todo o amado ser aproveita…
Para mesclar
Para juntar…
Para sempre querer estar
Para do outro sempre se querer saber…
Até ao soturno anoitecer
Porque quem amamos é o amanhecer…
Da nossa existência neste lugar
Porque o amor é vivificante e colossal…
Porque o amor é… é sentimento e ato essencial…

João Paulo S. Félix

Sunday, October 13, 2019

Aguarela de café...


Aguarela de café…
Num ato do trivial
Dia vivido fora do normal…
Sucede algo interessante
E deveras cativante…
Aconteceu a fatalidade
De um ato feito banalidade…
O café ver derramar
E todo fluido pela mesa se espalhar…
E vislumbrei
Algo que em mim anotei…
As cores vivas e imensas
O aroma envolvente de notas intensas…
E tal me levou a transpor
Tudo para a realidade do amor…
Porque ele também é assim
Mais intenso que o odor do jasmim…
Altivo e eletrizante
Um sentimento vivificante…
Alucinante e viciante
Amor sentimento…
Feito mais do que pensamento
Amor feito ato
Muito mais do que vocal trato…
Amor como café
Saboroso também como cafuné….
Amor como essa bebida
Que dá energia à humana vida…
Amor felicidade
Sentimento feito doce casualidade…
Amor feito o açúcar
A mesclar aos grãos que se vieram a criar…
Para a bebida fazer originar
Originar um café de sabor…
Um café ao amor
Que se move a coração e a fé
Como  a bela aguarela de café…

João Paulo S. Félix  

Friday, August 2, 2019

Do amor...


Do amor…
Do amor vivemos toda a globalidade
Do seu êxtase, da sua imortalidade…
Do amor vivemos a cumplicidade
Que não conhece hora ou idade…
Do amor vivemos a emoção
Do compromisso selado com o coração…
Do amor queremos a totalidade
Que permite a felicidade…
Que permite eliminar a solidão
Num abraço de mansidão…
Num ósculo bem dado
E com sentido exacerbado…
Do amor viver
O renascer do ser…
Em corpo e espírito
No constante pensamento…
Que se torna rotina e belo hábito
De pensar em quem faz sorrir…
De amar quem nos faz sentir
O mundo como nosso…
Que nos leva da exclusão cavar um fosso
E ter como algo verdadeiramente profundo neste mundo…
O mundo como a realidade do sentimento vivido
Daquela realidade pela qual o ser é possuído…
Para a dualidade feita unidade
Para a fraternidade…
Porque o amor
É fogo de esplendor…
É o gelo que refresca no verão
Ardente e infernal estação…
Porque do amor
Do carnal e espiritual vigor…
Que se sente ao se amar
Toda a ferida e dor se tende a sanar…
E a alma serenar
E paz encontrar…
No ser que nos faz amar
Amar e sentir amado…
Que nos leva a realizar e a sentir realizado
Porque tudo isto é de exponencial valor…
Porque tudo isto é do amor…
João Paulo S. Félix

Amor D'Ouro...


Amor D’ouro…
Quando me detenho a te admirar
E ver as tuas altas e esguias escarpas nos céus a tocar…
Quando paraliso o humano relógio
Para te contemplar imponente e vivo património…
Quando te percorro
Como a gota do teu divino fluido que escorro…
Em vidreiros copos para celebrar
Com o vinho que nos ousaste ofertar…
Quando és nossa casa
Casa ardente que nos arrasa…
Tu sempre tu: lugar que ecoa
As memórias vinhateiras do Porto a Foz Côa…
Tu que de verão és inferno
E desafio eterno…
Para quem te cuida e te quer bem
E te enxofra com líquidos que te molhem…
Para assim te proteger
Aos teus cachos para mais tarde vir a colher…
Nas vindimas tão aguardadas
Para te violar as uvas e serem levadas…
Para os lagares onde serão docemente trabalhadas
Para o doce e amado néctar produzir…
Aquele produto que no mundo nos faz surgir
Como deuses e seguidores de Baco Deus…
Deus do vinho: do vinho que brada aos céus
Em requinte e qualidade…
Em fino trato e quantidade
Para pelos quatro mundanos cantos se expandir…
E nos poder difundir
Porque todo o turista que te visita…
Te vislumbra e não hesita
Em te sublimar a altivo altar…
E sempre por ti sentir amor
Forte e eterno estádio de êxtase e fulgor…
Porque és património eterno feito nosso tesouro
Porque és amor, nosso amor… Amor d’Ouro…
João Paulo S. Félix

Wednesday, July 31, 2019

Envolvência...


Envolvência…
Respiramos para ter a certeza
De sentir do oxigénio a sua pureza…
Respiramos para existir
E tudo poder surtir…
Respirar e tudo tatear
Para se saber pelos sentidos chamar…
E com eles espraiar
Olhamos…
Quem amamos
E quem desejamos…
Para beijarmos
Para com braços envolver…
Em abraços de amanhecer
Que venham dar a conhecer…
Os sentimentos sentidos
Feitos pensamentos desmedidos…
Há a necessidade vital
De lhe dizer o quanto é especial…
E na nossa existência
O quanto nos faz viver a sua essência…
Porque basta pensar
Para sorrir e o pensamento voar…
Porque há explicação inexplicável
Esta deste estádio admirável…
O de amar
Amar e desejar…
E de o aroma do outro bastar
Para nos acalmar…
Acalmar e ânimos serenar
Porque o outro é a pedra filosofal…
Para viver algo intenso fora do normal
Porque é assim exponencial…
O sentido que nos dá o amor
Esse sentimento de magno esplendor…
Um sentimento vivo feito existencial ciência
Um sentimento de vida: o sentimento da envolvência…
João Paulo S. Félix  

Tuesday, July 30, 2019

Fascínios do amor...


Fascínios do amor…
Acorda-se para se viver
Aquilo que no dia tenderá a acontecer…
Por entre os roteiros delineados
E os acasos abraçados…
A essência da humana existência
É esta da excitante influência…
Em estádios de humor
Em sentimentos de elevador valor…
Como os que se sentem no beijar
Ato maior de desafiar…
A humana lei da solidão
E cortar as amarras da solitária condição…
Beijar para expressar
O que as palavras poderiam vir a não conseguir alcançar…
Porque há atos maiores do que os dialetos
Porque há sentimento maior na doçura dos afetos…
Porque há na vida soberanas realidades
De ser pirómanos de almas e vontades…
De inflamar desejos, corpos e excitações
Tudo fruto de requintadas sensações…
Que são ponto máximo dos sentidos a apurar
E que os sentidos tendem a exponenciar…
A cópula, a cumplicidade a sofreguidão
Muito mais do que nos beijos ou abraços de coração…
Mas ir mais além
E alcançar o que a intimidade não detém…
Mas deixa fluir
E tudo in natura deixar surgir…
Para se deixar seduzir
E se poder consumir…
Assim como a chama consome a cera
Cera da vela que ilumina e gera…
Maior e altivo clima de intimidade
Para nos fadar como seres de eternidade…
Nos intentos do consumir e consumar
Os sentimentos que nos vieram a mesclar…
Unir e fazer amar
No sentimento de alvor…
No sentimento e nos fascínios do amor…
João Paulo S. Félix