Friday, August 2, 2019

Amor D'Ouro...


Amor D’ouro…
Quando me detenho a te admirar
E ver as tuas altas e esguias escarpas nos céus a tocar…
Quando paraliso o humano relógio
Para te contemplar imponente e vivo património…
Quando te percorro
Como a gota do teu divino fluido que escorro…
Em vidreiros copos para celebrar
Com o vinho que nos ousaste ofertar…
Quando és nossa casa
Casa ardente que nos arrasa…
Tu sempre tu: lugar que ecoa
As memórias vinhateiras do Porto a Foz Côa…
Tu que de verão és inferno
E desafio eterno…
Para quem te cuida e te quer bem
E te enxofra com líquidos que te molhem…
Para assim te proteger
Aos teus cachos para mais tarde vir a colher…
Nas vindimas tão aguardadas
Para te violar as uvas e serem levadas…
Para os lagares onde serão docemente trabalhadas
Para o doce e amado néctar produzir…
Aquele produto que no mundo nos faz surgir
Como deuses e seguidores de Baco Deus…
Deus do vinho: do vinho que brada aos céus
Em requinte e qualidade…
Em fino trato e quantidade
Para pelos quatro mundanos cantos se expandir…
E nos poder difundir
Porque todo o turista que te visita…
Te vislumbra e não hesita
Em te sublimar a altivo altar…
E sempre por ti sentir amor
Forte e eterno estádio de êxtase e fulgor…
Porque és património eterno feito nosso tesouro
Porque és amor, nosso amor… Amor d’Ouro…
João Paulo S. Félix

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