Amor D’ouro…
Quando me detenho a
te admirar
E ver as tuas altas e
esguias escarpas nos céus a tocar…
Quando paraliso o
humano relógio
Para te contemplar
imponente e vivo património…
Quando te percorro
Como a gota do teu
divino fluido que escorro…
Em vidreiros copos
para celebrar
Com o vinho que nos
ousaste ofertar…
Quando és nossa casa
Casa ardente que nos
arrasa…
Tu sempre tu: lugar
que ecoa
As memórias
vinhateiras do Porto a Foz Côa…
Tu que de verão és
inferno
E desafio eterno…
Para quem te cuida e
te quer bem
E te enxofra com líquidos
que te molhem…
Para assim te
proteger
Aos teus cachos para
mais tarde vir a colher…
Nas vindimas tão aguardadas
Para te violar as
uvas e serem levadas…
Para os lagares onde
serão docemente trabalhadas
Para o doce e amado
néctar produzir…
Aquele produto que no
mundo nos faz surgir
Como deuses e seguidores
de Baco Deus…
Deus do vinho: do
vinho que brada aos céus
Em requinte e
qualidade…
Em fino trato e quantidade
Para pelos quatro
mundanos cantos se expandir…
E nos poder difundir
Porque todo o turista
que te visita…
Te vislumbra e não
hesita
Em te sublimar a
altivo altar…
E sempre por ti
sentir amor
Forte e eterno estádio
de êxtase e fulgor…
Porque és património
eterno feito nosso tesouro
Porque és amor, nosso
amor… Amor d’Ouro…
João Paulo S. Félix
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