Um amor de infinito temperamento...
Amo-te na base do gostar
Do gostar e de me preocupar...
Em querer saber de ti, de como tendes a estar
De como o teu temporal tempo tende a passar...
Amo-te na base do pensar
Em ti, de forma viciante e sem cessar...
E procurar
Descodificar...
Se em mim poderás estar a pensar
Se ocupo a tua mente e pensamento...
Se serei a tua motivação e alento
E vou deixando sinais da minha existência...
Para que possas saber com persistência
Que te amo num amor sem fim...
E que me perfumas com o teu aroma de jasmim
É vã esta vida que é alucinante e vertiginosa...
E deveras desafiante e venturosa
Aquela que me leva a te amar...
E a ti plenamente me entregar
Porque me quero afastar...
Da dor, da solidão
Da lágrima da devastação...
Porque quero a ti me unir
E contigo me fundir....
No melhor de nós dois
Sem pensar no que virá depois...
Mesmo sabendo do caráter efémero
Tudo queremos tornar eterno...
O nosso amor, a paixão
Que nos funde e cria um cordão...
Que nada ou ninguém corta
Porque somos quem importa...
Ao outro que amamos
Ao outro que sublimamos...
A quem é o sol de inverno
E a brisa no verão de inferno...
Quem é a verdade de um sentimento
Um amor de infinito temperamento...
João Paulo S. Félix