Um sentimento para toda a eternidade...
Mescla-te em mim minha perfeição
Junta os nossos corpos na ardente tentação...
Perde-te em mim meu amor
Meu amor e meu esplendor...
Vamos fazer o Santo António, o São Pedro e o São João
Vamos fazer um arraial de perdição...
Entrega-te a mim na chama que nos consome
No que nos envolve e quita a fome...
Porque os desejos falam mais alto
A vontade de tudo num assalto...
Num assalto à alma
À alma e à calma...
Porque queremos o exacerbar
O exacerbar para níveis que não são dignos de imaginar...
Onde os corpos se fundem com vigor
Numa velocidade atroz plena de fervor...
Não pares: não agora
Não nesta hora...
Faz-me teu e tu minha
Sinto o teu fluido que por mim caminha...
Que em mim se fica e se entranha
Como recordação da nossa façanha...
No nosso amor louco de vontade infindável
Do amor nosso que é confessável...
Na nossa altiva condição admirável
Aquela em que o mínimo toque é inflamável...
E deveras implacável
Para mais um assalto de prazer...
Em que o outro se tende a render
A baixar a guarda e a deixar acontecer...
A vontade que nos faz viver
O desejo do amanhecer sem anoitecer....
Em que os gritos e cada gemido
São prova real da nossa libido...
Em que cada olhar canibalesco
É evidência do sentimento gigantesco...
Em que nos amamos e nos entregamos
Em que amor juramos...
E nos consagramos
E prometemos...
O que queremos
Um amor sem finalidade...
Um sentimento para toda a eternidade...
João Paulo S. Félix
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