Thursday, April 14, 2022

Isolamentos de sentimentos...

 


Isolamentos de inspiração...

Isolado numa dimensão

Onde penso até à exaustão...

Onde sou rei e senhor

Onde cada sonho ganha cor...

É neste momento e ocasião

Que pratico a nobre ação...

De divagar

E aos pensamentos me entregar...

E deixar fluir

Assim como tudo que tende a surgir...

Na humana existência

E em tudo deixar sabor e a sua essência...

Porque começo no silêncio

Que idolatro e reverêncio...

A ouvir algo interior

Algo sagrado e de imensurável valor...

O coração

Esse elemento de coroação...

Que falou

E o meu ser escutou...

E docemente

E fervorosamente...

O ouvi falar de amor

Do sentimento maior...

Que mescla e une

Que faz viver e que coloca imune...

Quem ama aos males do mundo

Lugar de danos causados pelo ser imundo...

E sigo mais longe na audição

E recordo com devoção...

Cada acontecimento narrado pelo coração

E cada palavra, jura e compromisso de missão...

Feito no ato de amar

E que se quer honrar...

Porque amor é altivo pedestal

Onde só está quem é especial...

Amor que pelo cárdio elemento és falado

E por mim idolatrado...

Porque, amor... meu amor

És o norte da direção do meu vapor...

Sim do vapor que sai nos suspiros da saudade

Do vapor que se exalta na cumplicidade...

E se verte em suor de entrega e paixão

Em frenéticos atos de exaltação...

Porque amor és e sempre serás

Porque em mim o teu nome sempre ecoarás...

Porque és o garante

Da minha vida não ser errante...

E de termos que viver o amor: o sentimento do coração

Lembrado por mim nos isolamentos da inspiração...

João Paulo S. Félix

Wednesday, April 13, 2022

O beijo ainda não dado...



O beijo ainda não dado...

Hoje vociferam

E dizem com a mesma adrenalina com que aceleram...

Que hoje é o dia do beijo

E eu... Sou levado pelo desejo...

De escrever sobre tal

E no isolamento me libertar e falar de algo tão especial...

Do sublime ato de beijar

De beijar com o sentimento que nos vem a tocar...

E para sempre marcar

E garantir...

Que estamos a beijar num ato de deixar fluir

E tudo fazer surgir...

No amor que nos tende a unir

E fundir...

Numa única criatura

Que fluidos troca na candura...

E ternura de óscular

E mesmo assim tentamos sempre agigantar...

Agigantar e beijar como nunca antes

Beijar com sentimentos nada vacilantes...

Beijar com o coração

Aquele que tem a certeza da união...

E não mais deixar

Quem nos vem a marcar...

E tudo para nós significar

Porque no amor, se geram confirmações...

De certezas e calmia de inquietações

Porque é no amor e no beijar...

Que tendemos a serenar

Pensamentos menos felizes...

E deixar que sejamos mais do que aprendizes

Que sejamos mestres na ciência do amor...

E tudo fazer com esplendor

E com vontade de demarcar...

O nós na sociedade em que viemos a habitar

Em que façamos do nós...

Certeza de jamais estarmos sós

E criar histórias como os nossos avós...

E amar até honrar os ancestrais

Que fizeram dos beijos atos colossais...

Atos que curam feridas

Atos que elevam almas perdidas...

Beijar

Até a lágrima teimar...

Aparecer e pontuar

Com a certeza do ato que se está a efetivar...

Porque será a lágrima da verdade

Aquela que nos confere a confirmação e a seriedade...

De estarmos a beijar quem queremos

E escolhemos para o ato de envelhecermos...

E querer sempre num ato de loucura e ousadia exacerbado

Viver mais um dia... Para... O beijo ainda não dado...

João Paulo S. Félix 

Monday, April 11, 2022

Quanto...

 



Quanto...

No final do dia em que puxo pelo pensamento

No final do dia em que se cumpre isolamento...

No final da jornada que virá com nova alvorada

Dou por mim no ato da escrita apaixonada...

Sempre querida, sempre desejada

Para dizer de forma inflamada...

O que vai no meu ser

E para fazer

Surgir...

Algo que tenho em mim a explodir

Um ato de altiva filosofia...

No silêncio da noite que trouxe o dia

E perguntar...

Quanto amor cabe no ato de amar

Quanto sentimento cabe no ato de beijar...

Quantas palavras cabem no simples gesto de olhar

Quanto fervor no ato de acariciar...

E quanto tempo

Porque desejo tirar isto a limpo...

Quanto tempo cabe no tempo de amar

Quantos acontecimentos existem a pulsar...

E quantos frames acontecem

Feitos com a ternura que as horas não desvanecem....

Mas antes tendem a fazer perdurar

Como realidade feliz ao ato de amar...

Quanto tempo há nos minutos

Em que trocamos gestos mudos...

E nos entregamos nos corpos nudos

Aos desejos e prazeres...

E dão vida e alento nos humanos afazeres

Porque é na nossa inflamação...

Que dilaceramos toda e qualquer inflação

E queimamos toda e qualquer tribulação...

É no amor fervoroso que sentimentos

E do mesmo não desistimos...

Amor que queremos tornar maior

E altivo... de imensurável valor...

Porque queremos na História o nosso lugar

Em que a felicidade nos venha a bafejar...

E jamais nos venha a segregar

Mas antes a cada vez mais nos mesclar...

Unir e fazer ter sentido

Porque somos o hino mais esplendido...

Porque somos a garantia e a certeza

De amor leve, profundo e de pureza...

Um amor de doce eternidade

Um amor sem ocaso de vitalidade...

Porque somos amor que afasta o pranto

Porque somos amor e isso é certo mas... Quanto...

João Paulo S. Félix

Tuesday, April 5, 2022

Se faz sentido... É para ser vivido...



Se faz sentido... É para ser vivido...

Na vida que vivemos

Naquela que não escolhemos...

Na qual nascemos

Sem dizer que a queremos...

Sem estarmos preparados

Somos no mundo colocados...

Depois de atos muito amados

Dos nossos progenitores...

E nos fervorosos calores

Deram corpo a um ser...

A nós, ao nosso acontecer

E somos fadados...

E pelo destino talhados

A só ter uma humana vivência...

Que deve ser vivida com irreverência

Para saborear do mundo a sua essência...

E da Terra o seu sumo

E ver em tudo... substância de consumo...

E nos sentimentos

Vitais acontecimentos...

E em cada acordar

Oportunidade a não desperdiçar...

Porque podemos a noite não conhecer

E antes que venhamos a eternamente desvanecer...

Saibamos ter a coragem de dizer

Que amamos e desejamos...

Que queremos e sublimamos

Que nos faz falta ao existir...

Porque sem um ser para nos assistir

A vida perde o sabor e a flagrância...

Porque perde a sua exuberância

Porque se faz em nós algo pulsar...

É porque é algo de fascinar

Porque se nos arrebata...

É em nós um nó que se desata

Porque se faz bem ao coração...

Que não percamos a ocasião

De ser feliz...

E ouvir o que o outro diz

Por palavras, atos ou omissões...

Que vejamos nos sinais as declarações

De querer também o patamar...

Da felicidade: seja ou não no altar

Que seja sim amor...

Que seja algo de tremendo valor

Porque se nos toca...

É porque nos convoca

Porque se nos faz ver o mundo colorido...

É amor altivo, amor de arrepio de desejo florido

Porque se faz sentido... É para ser vivido...

João Paulo S. Félix 

Monday, April 4, 2022

Silêncio das almas apaixonadas...

 


Silêncio das almas apaixonadas...

Há valores maiores

Que fazem conceder atenção aos pormenores...

Aos que dão vida ao coração

Aos que dão...

Horas à vida

E a tornam menos sofrida...

Em que os minutos

São instantes absurdos...

Perante a eternidade dos tempos

Para viver o amor e os seus alentos...

Para viver o que há de melhor

E nos bafeja com esplendor...

Porque há mais horas numa hora

Porque há instantes que o cérebro decora...

Como que se quisesse fazer perdurar

Cada acontecimento de sublimar...

Cada momento do ato de apaixonar

E de viver do amor a excelência...

Que nos faz render à evidência

Do que é vital...

E para nós especial

O amar...

O ter alguém em quem pensar

Mesmo que hajam acasos sem se falar...

Mas os estímulos da mente disso se tendem a encarregar

E emitir sinais...

Deveras fulcrais

De vontade...

De eternidade

De viver o amor e a sua liberdade...

De poder fazer ser realidade

Tudo o que se pensou ou escreveu...

Assim como Julieta e Romeu

Mas mudando tal final...

Para um bem mais especial

Um que seja de cumplicidade...

Um que seja de unidade

No amor de castidade...

Nos afetos de lealdade

Que são e serão nota dominante...

No nosso sentimento nada errante

No sentimento que nos faz sentir como garante...

Junto de alguém que é nosso norte

E a bússola da nossa excelsa sorte...

Para rumarmos com certeza

No amor feito nossa fortaleza...

Porque o amor é pormaior

Porque é sentimento do divino criador...

Concedido a criaturas predestinadas

Para viver... O silêncio das almas apaixonadas...

João Paulo S. Félix

Sunday, April 3, 2022

Abandonada...



Abandonada...

Porque tenho vontade

De trazer à realidade...

Uma temática

Sincera e nada dramática...

Um tema interessante

Que é avassalador e revigorante...

Quero poder falar

Do sentimento de amar...

Que bom é sentir

Este estádio de existir...

Que perfeito é respirar

O mesmo e puro ar...

Da cumplicidade que se veio a gerar

Da cumplicidade que nos vem a agregar...

E juntos nos tende a colocar

Para viver nesta hora e neste lugar...

As horas sem demoras

Aquelas que são ditosas...

As desejosas

Em beijos eletrizantes...

Em entregas sufocantes

Que conduzem a prece suplicantes...

Em fervor

Em êxtase de amor...

Que altivo

Que ativo...

O poder

dizer...

Sem cessar

Que se ama e se quer amar...

Que se pensa em alguém sem parar

E que é esse ser...

Que nos faz querer sempre amanhecer...

E querer mais da arte do viver

E mais da ciência do envolver...

Nos carinhos e afetos

Nos mesmos e doces dialetos...

Aqueles dos olhares

E dos toques subliminares...

Os desejos de plenitude

Para quem é nossa completude...

Para quem nos tende a guiar

E o cárdio elemento comandar...

E nos tende a um ato realizar

O de apartar...

Um estádio em que se quer desprezar

De forma ostracizada...

Que nos tolda e nos leva a dizer de forma exacerbada...

Que no amor... A solidão... Está abandonada...

João Paulo S.Félix