Wednesday, March 31, 2021

Minha razão de viver...



Minha razão de viver...

Cai o dia e traz a noite e o anoitecer

Ocasião sublime para fazer acontecer...

O pensamento

Neste momento...

De maior calma e serenidade

Em que dorme a humana humanidade...

Momento belo este para pensar

E deixar sair o que se quiser revelar...

À luz de uma invenção de Edison

Vejo em mim emoções que atravessam...

E querem falar

E vou então me sentar...

Para as poder escutar

Ser ouvinte ativo...

De algo tão altivo

As emoções falam-me de um ser

De alguém que o mundo fez conhecer...

E que nos faz amanhecer...

Em cada hora e momento

Ser causadora de imortal alento...

Ser que é alimento

Para a estéril solidão...

Quanto deleite nesta refeição

De puros e doces afetos...

Tão ingénuos, tão honestos

Que manjar...

Este de tragar

O amor e a sensação de se amar

De se amar e se sentir amor...

Que sensação de imponente fulgor

Fazes o ar se esvair...

E nas aortas o sangue vertiginosamente fluir

Que sangue este que bombeia vida...

A vida de frenética corrida

A vida que fazes que sejas de sorriso

A vida que levas que tenha um sentido preciso...

Porque sem ti não há amanhã

Porque sem ti é infértil a corrida ao talismã...

Porque sem ti

O meu rosto não sorri...

Porque sem te ter

Deixa de se poder fazer acontecer...

Fala o que em mim vai com a minha concordância

Porque és tu a radiografia de uma fragrância...

Que me povoa e que se inala

Que me marca e assinala...

Como ser humano de verdade

Um ser que ama até à saciedade...

Um ser que ama e espera

Para viver o amor que não é quimera...

O nosso amor sentimento maior

O nosso amor que nos funde em algo de arrebatador...

Porque sem ti não adianta caminhar, comer, respirar ou correr

Porque tu és... A minha razão de viver...

João Paulo S. Félix 

Essencialidade da tua essência...

 


Essencialidade da tua essência...

És essencial

Sim começo com este ideal...

Que é muito mais do que um dito

É o meu pensamento nada contrito...

E muito longe de ser algo restrito

É a real convicção...

Que és tu causa da minha consolação

Nos momentos de desanimo...

No momento em que se carece de mimo

És tu vivo ser...

Que que faz forças ter

Para da vida quitar as dores...

Para da existência não saborear os seus dissabores

És tu a minha vida

Sim digo isto sem medida...

Porque sem medida é o que vai em mim

Por ti minha rosa, meu lírio e meu jasmim...

Formosura maior de todo o jardim

És humana maravilha...

És por quem o meu coração fervilha

Fervilha e o sinto a pulsar...

Por mais que o tempo venha a passar

E eu possa não ver o teu olhar...

Ou no teu corpo poder tocar

Por mais que tua voz...

Seja em mim bússola para não me sentir a sós

Porque mesmo que tenha que a solo remar...

Para ao nosso cais poder chegar

Vou de modo constante o realizar...

Sem medos ou receios das batalhas a travar

Porque é maior o sonho que se quer realidade...

O nosso amor feito plena vitalidade

Amor vivido, suado

Amor querido e amado...

Amor eternamente suspirado

E que queremos consagrado...

Contra o mundial mau olhado

E que seja passo firme e seguro...

Que seja amor sincero e puro

Um amor de felicidade...

Um sentimento sem idade

Porque o teu ser é...

Divinal dádiva em resposta à minha fé

E preces de plenitude...

Para viver um amor de completude

Contigo meu amor...

Meu ser de magno esplendor

Porque te amo, te quero e te desejo...

Muito para lá de um segundo, muito para lá do que um beijo

Porque és amor feito perfeita ciência

Porque és a essencialidade da tua essência...

João Paulo S. Félix

Thursday, March 25, 2021

O amor da minha orientação...

 


O amor da minha orientação...

Por entre os dias e as noites

Vamos erguendo as nossas pontes...

Por entre as horas e minutos

Por entre barulhos e ruídos mudos...

Por entre as ruas e vielas

Por entre quelhos e cidadelas...

Tentamos sempre algo melhor

Algo que nos faça apartar toda a dor...

E toda a mágoa, ódio e rancor

Porque enquanto em vida se fugir à lei da morte...

E à malograda lei da pouca sorte

Tentamos e ousamos...

Seguir no caminho que criamos

Até ao momento

Em que há maior alento...

Altura na qual

Surge o ser que é o tal...

Que a tudo dá razão

Para que surja naquela ocasião...

Um ser imaculado

Por nós muito desejado...

Desejado e cortejado

Para ser nosso ser amado...

E o podermos preencher

Do amor que faz viver...

Do sentimento que a sede tende a matar

Para algo de mais superlativo se observar...

Na cumplicidade

Que é a realidade...

Mais bela e marcante

Mais intensa e vivificante...

Que envolve e contagia

Que é causa de plena alegria...

Ai amor

Quanta dor sem ser dor...

Quanto suspiro sem o ser

Porque é forma do elemento corpóreo dizer...

Que feliz eu sou

Por ter aquele ser que me usou...

Usou e ousou

Me mudar e a minha existência se modificar...

Para um melhor perfeito: Um dia para a memória ficar

Um dia que causa dias...

Dias com doces e ternas melodias

Que são o timbre e o garante...

De um amor triunfante

Que é ponto alto da jornada...

Nesta vida em que a sós não somos nada

Um nada sem direção...

Porque tu és para mim: O amor da minha orientação...

João Paulo S. Félix

Wednesday, March 24, 2021

Renascer...

 


Renascer...

És lufada de vida

À minha existência sofrida...

És bálsamo que me renova

E desafio que me coloca à prova...

Em emoções e sentimentos

Em viagens pedestres e mentais pensamentos...

És para mim todos os procedimentos

Clínicos de um Harrison de salvamentos...

Aos meus sentidos

Aos meus ouvidos...

Com os quais te quero escutar

E sentir em mim o corpo a fervilhar...

E tudo complementar

Com o olhar...

Que causa cobiça de desejo

Do teu efervescente beijo...

Que em caos tudo coloca

Tudo despontado pela tua boca...

Que luxúria

Esta de fugir à lamúria...

E que exaltação

Esta a da fuga da solidão...

Vamos sem medo: dá-me a tua mão

Vamos juntos e sem cessar...

O nosso amor vivenciar

E fazer dele algo de recordar...

Recordar e de demarcação

De sentimentos queridos pelo coração...

Que aventura esta

De viver em constante festa...

De felicidade sem fim

Tudo originado por um sim...

O teu... o meu... o nosso

Que faz do nosso amor um colosso...

Porque somos bênção de confiança

Porque somos reduto de segurança...

A um clima de bonança

Que nos mescla...

Que nos faz clicar a mesma tecla

A da plenitude...

De viver um sentimento que dá saúde

E que nos regenera...

Para viver a nova era

A das contendas e pandemias...

E das lágrimas fazer alegrias

E fazer da saudade presença...

E gerar paz na vida intensa

Porque isso tudo é amor...

Porque tudo isto é esplendor que faz viver

Porque tudo isto: é o dom de renascer...

João Paulo S. Félix

Do amor a sua mais bela estação...



Do amor a sua mais bela estação...

Entranhas-te em mim com todo o poder

Ficas em mim a reinar e a viver...

Em perturbação do meu interior

És tu quem assalta o meu corpo sem pudor...

Sem pudor e sem desdém

Sem indagares se é preciso pagar o vintém...

O vintém ou a contribuição

Pelo usufruto de exploração...

Dos meus sentimentos e emoções

Dos meus pensamentos aos trambolhões...

Porque tu és assim...

Sim

Não digas que não...

Deusa da minha paixão

Divindade do meu amor...

Vivência em mim com fulgor

Causando altivo e máximo furor...

És tu com a certeza

De seres minha fortaleza...

De seres a ouvinte dos meus ais

De seres para mim o cais...

Onde vou ancorar

Onde vou aportar...

Onde em ti almejo me aninhar

Para te amar...

Te fazer gemer e suplicar

Que jamais cesse de te desejar...

Que em momento algum pare de te amar

Porque somos um do outro carentes

Porque somos para o outro as estrelas latentes...

Que brilham e iluminam

E que os céus dominam...

Causando oportunidade de espanto

E nos afastam do infernal pranto...

E assim és tu amor

Minha musa para estes tratados compor...

E muito mais que tais

És a autora de sentimentos reais...

Que me tomam as vísceras

E te condecoram com alvíssaras...

Por seres em mim mudança

Para uma vida de segurança...

Em plenitude e felicidade

Porque contigo quero a imortalidade...

De tudo isto que relato

Como em segredo te saboreio o palato...

O palato, os lábios, o corpo e a alma

Porque no barulho das luzes que acalma...

Somos infernal vulcão de erotismo e sedução

E também somos do amor a sua mais bela estação...

João Paulo S. Félix 

Monday, March 22, 2021

Nostalgia da tua presença...



Nostalgia da tua presença...

Todos nós no nosso viver

Temos dias em somos anoitecer...

Anoitecer e a luz a vagar

E a saudade de algo que paira no ar...

A saudade de algo, a saudade de alguém

De um alguém que nos tem refém...

Em alma e coração

Um alguém de exaltação...

Que é para nós altiva motivação

E matinal razão...

Para do leito saltar

E o dia poder abraçar...

Com laivos de felicidade

Com intensa vontade...

De ser a plenitude

Desse ser que é nossa doce atitude...

Ser que nos alberga

Ser que não nos verga...

Mas que nos acarinha

Com o olhar da doçura da rainha...

Um alguém que nos devora

Sem ocaso, momento ou hora...

Porque somos a eternidade

Dessa pessoa que faz a nossa posteridade...

Desse ser que é amor sem idade

Um amor... Simplesmente um amor...

De cândido fervor

Um amor sagrado...

Um ser por nos divinizado

Porque quero sempre e a teu lado...

Viver e cumprir o nosso fado

De amar e ser amado...

Porque é contigo que eu sou seguro

Porque é contigo que ergo o muro...

Contra a nostalgia e a devassa

Contra a solidão e a desgraça...

Porque contigo sou mais eu

Porque contigo: Sou alter-ego de Romeu...

E mais heroico que Hércules nos doze trabalhos

Porque juntos descobrimos perfeitos atalhos...

Para o paraíso mundano e divino

Porque esse é o nosso destino...

O destino da nossa cumplicidade

O destino do nosso amor libertador e de liberdade...

Do nosso amor tão próspero e sincero

Porque amor: contigo eu quero...

O mundo e o universo ousar conquistar

Porque contigo sei que vamos lá chegar...

No nosso amor que certeza maior do que a crença

No nosso amor da nostalgia da tua presença...

João Paulo S. Félix 

Saturday, March 13, 2021

Podia acabar o mundo...

 


Podia acabar o mundo...

Recolho ao meu espaço

Onde sou dono do pedaço...

Onde sou rei e senhor

Onde demando seja já o que for...

Recolho-me e inspiro

Para não entrar em delírio...

Para com a calma e serenidade

Poder algo oferecer à humanidade...

Em formato escrito com sentimento

Algo que venha do meu espírito de alento...

Aqui vou eu... Vamos a isto

E sem nenhum imprevisto...

Começo a dedilhar

O teclado para deixar soltar...

A melodia das palavras

Em mim reservadas...

Para fazer delas a melodia

Que sorria...

Neste momento

Que seja conforto para o pensamento...

E dou por mim a voar

Sem do meu pedaço me afastar...

E me sinto a descolar

Para a teu lado aportar...

Como altivo é esse desejo

De estar com quem vejo...

Vejo e beijo

Na alma... No coração...

Tu ser de grande dimensão

Em essência e em significação...

Tu que és motivação

Para o dia da ciclónica inquietação...

Tu com o teu olhar

E com os teus gestos me vens a serenar...

Tu que és a luz

Tu ser que me seduz...

Para os caminhos da plenitude

Para a savana onde reina estádio nada rude...

Amor: meu ser... Minha perfeição

Porque sei que contigo sou Deus de elevação...

Com capacidade para enfrentar a tempestade

Com arrojo para derrubar a vil crueldade...

Porque contigo sou ser maior

Sou alguém com energias de fervor...

Porque no nosso amor

Há razão maior para não vacilar...

Para juntos e na cumplicidade reinar

O nosso sentimento de bem estar...

Porque és amor, minha adaga de poder profundo

Porque contigo meu amor... Porque contigo... Podia acabar o mundo...

João Paulo S. Félix

Friday, March 12, 2021

Dialetos mudos...

 


Dialetos mudos...

Quando entra em mim a calma e a solidão

Depois de um dia de infernal confusão...

Naquele momento de serenidade

Naquela ocasião de simplicidade...

Onde afasto as amarguras

E da vida as suas agruras...

Num momento em que aparto

As palavras de grande aparato...

E me fico pelas de fácil compreensão

Aquelas que são lidas pelo coração...

Deixo pulsar

Deixo exteriorizar...

Sem nunca perder a razão

Sem admitir perder a questão...

E as suas respostas

Sempre bem postas...

E que são mote

Para abrir o malote...

Das emoções

Dos sentimentos e ilusões...

Dos acontecimentos

Que fazem dias de alentos...

Dias de felicidade

Dias de doce realidade...

E ao pensar

Nesse ato que nos veio Deus confiar...

Sou levado a soltar o sorriso

Porque relembro que tu és tudo o que preciso...

Porque relembro

Que de ti careço de janeiro a dezembro...

E maquinalmente pela casa deambulo

E na parede me encosto a pensar no consolo...

Que me dás

Que me traz paz...

E nesse ato olho para a estante

E vejo nas lombadas dos livros a nossa vida fascinante...

E vejo que são manuais de bem estar

O nosso bem querer e bem amar...

Vejo livros e dicionários

Que traduzem vocabulários...

E que são preciosas relíquias

Para quem quiser de novo chegar às Índias...

Vejo os livros e vejo os ensinamentos

Que aprendemos na cumplicidade dos momentos...

Nos beijos trocados

Nos abraços sufocados...

Na entrega esperada

No amor que para nós é corolário da humana jornada...

Porque somos vestidos de nós em corpos nudos

Porque somos amor de perfeição: somos juntos amor de dialetos mudos...

João Paulo S. Félix

Wednesday, March 10, 2021

Desculpa por te amar...

 


Desculpa por te amar...

Encontro-me em formato soluçante

Estou em estado catatónico e preocupante...

Porque tenho algo para revelar

Sim algo a desabafar...

Algo tão intenso

Algo tão imenso...

Estou a tremer

Sinto-me a estremecer...

Porque é algo elevado

O que tem de ser falado...

O que tem de ser revelado

Porque é altivo

Este estado que me deixa ativo...

Ativo e um tanto ou quanto perdido

Em mim o meu ser está dividido...

Entre o mundo real e o celestial

Porque o que sinto é sensacional...

Porque o que o teu ser me faz

Porque o que tu és capaz...

Em mim amor

Em mim meu esplendor...

Porque o que tu me provocas

Porque o que tu convocas...

É o meu melhor lado

Que tu fazes despertar estando ele arrumado...

Arrumado e aprisionado

Porque me fazes voar...

Porque me envolves no arriscar

E no querer consagrar...

Este sentimento que me criaste

Porque a ti para sempre me aprisionaste...

Porque o sabor do teu cheiro

Fica em mim como luzeiro...

Porque o teu olhar

O meu vem a orientar...

Porque as tuas mãos

Às minhas indicam caminhos que não são vãos...

Porque o teu ser

É criatura que faz viver...

Porque quando me encontro em ti a pensar

Tudo se compagina e alinha no seu lugar...

Porque quando te quero e desejo

É algo sentido: estado no qual não pestanejo...

Porque tu: a tua forma de estar

Faz o meu ser despertar e se completar...

Meu amor

Meu fervor...

Tenho algo importante a te dizer

Tenho algo nevrálgico a descrever...

Tenho um pedido para te declamar

Desculpa meu amor... Desculpa por te amar...

João Paulo S. Félix

Tuesday, March 9, 2021

Pureza das coisas belas...

 


Pureza das coisas belas...

Invade-me a noite para escrever

E deixo fluir o que tiver de ser...

Que saia enquanto inspiração

Inspiro: que ousada missão...

Mas a ela me lanço

Tomo humano e mental balanço...

Para as mãos demandar

Para a tarefa a principiar...

Gostava de poder deixar

Deixar escrito para perpetuar...

E ser marca pessoal

Emoções e sentimentos de forma sensacional...

Deixar um legado de otimismo

Que arrebata com o que vitimismo...

Vitimismo e fatalismo

É tempo de fazer correr...

E cada letra fazer aparecer

Para me fazer surgir...

No que quero transmitir

Transmitir a paz...

E o que ela nos traz

A bonança...

Que combina com segurança

Aquela que queremos sentir...

Num abraço que se queira abrir

E nele podermos fazer ancorar...

Quem queremos acarinhar

E poder nesse ato alentar...

Para as vivências vertiginosas

Para as lacunas ardilosas...

Poder criar

Doce atmosfera a pairar pelo ar...

No qual com laivos primaveris

Sentimos o que nos faz feliz...

Numa troca de olhares infernal

Aquela intensa e deveras especial...

Aquele falar sem nada dizer

E tudo fazer acontecer...

Com o toque, com o gesto

Simples, terno e honesto...

Sem deixar nenhum resto

Porque se comete a alarvidade...

De devorar com saciedade

Do amor e da paixão...

A plenitude ao coração

Que a tudo dá razão...

Ao que dizemos

Ao que segredamos...

Ao que desvendamos

À luz do dia ou de incandescentes velas

Para podermos falar: da pureza das coisas belas...

João Paulo S. Félix

Monday, March 8, 2021

Beleza do ser mulher...



Beleza do ser mulher...

Hoje é o ontem e o amanhã

Hoje é dia de falar do ser talismã...

Falar de um ser de luz

Que ilumina e que o caminho conduz...

Um ser que é a hora

De beleza inesgotável sem demora...

Uma beleza de sensualidade inesgotável

Mulher: Ser deveras admirável...

Porque o hoje é o amanhã e o ontem

Que para elas todos os dias contem...

Contem e são importantes

E verdadeiramente desafiantes...

Mulher é ser sedenta

Da maldade da água benta...

Porque sabe o amado seduzir

Porque sabe no amor investir...

Porque mulher é ser confiança

É ser que tem em si a segurança...

Do passo certo a ser dado

Do trilho almejado e sublimado...

Mulher é a mais fina flagrância

Que no mundo espalha exuberância...

Mulher

Ser amanhecer...

Ser que faz viver

Mulher ser a desvendar...

E a cada segredo descortinar

Com a suavidade do tempo a despertar...

Como enigma doce a saborear

Mulher ser de classe...

Por onde quer que ela passe

Porque mulher é guerreira...

Guerreira e uma requintada vieira

Mulher é o glamour da sofisticação...

Mulher é ser de perfeição

E é diva em qualquer profissão...

É diva e deusa de beleza infindável

Mulher é ser quase inenarrável...

Porque é Alfa e Ómega

Porque mulher é ser que não nega...

A beleza

A sua realeza...

Mulher é ser que não envelhece

Mas ser que constantemente se enriquece...

Mulher é ser de fulgor

Que no mundo é sensação e furor...

Mulher...

Mulher que é ser de enternecer

Porque tudo isto narra a beleza do ser mulher...

João Paulo S. Félix 

Sunday, March 7, 2021

Confissões aquáticas...



Confissões aquáticas...

Fui junto do rio que vai ter ao mar

Fui ter com ele para lhe confessar...

Confessar e com ele me abrir

E para ele também docemente sorrir...

Fique a fita-lo

Fiquei a sublima-lo...

Fiquei também com ciúme raivoso

Pela sua liberdade de curso vertiginoso...

Sem rotinas nem horários

Simplesmente livre e com desígnios arbitrários...

Fui ao rio que vai ter ao mar

Sim e muito lhe fui contar...

Fui do meu ser falar

Do que me sucede e faz falhar...

Do que me acontece e faz a lágrima pulsar

Fui também junto dele desabafar...

Ainda mais do que me faz amar

Do que me faz sorrir e querer acordar...

Neste mundo sem bonança

Mas junto dele vi a esperança...

Num lançar de pedras por uma criança

E esse momento deu-me alento...

De ser em mim fermento

Porque bebi nesse momento...

Para mim doce encantamento

Para não e nunca vacilar...

Para ser como ela e sempre tentar

Tentar fazer a joga mais longe chegar...

E essa joga ser cada nosso sonho e objetivo

Que nos faz sentir ser vivo...

Junto do rio que vai para o mar

Muito nele fui sussurrar...

Do quando amor tenho para dar

Do quanto de mim é sentimento para regalar...

A quem me toca e enche de vitalidade

A quem é a plena felicidade...

Senti que ele me escutava

E com ele cada palavra levava...

Para o seu curso imponente

Pelo seu trilho irreverente...

Porque o rio que vai para o mar

Leva de todos o olhar...

O olhar e cada pensamento a saltitar

Porque ele nos vem as energias carregar...

E nos vem encorajar

Porque o rio que vai para o mar...

Quer que sejamos amados e possamos amar

Sorrir e confiar...

Porque tudo isto são conversas ricas

Porque isto são: confissões aquáticas...

João Paulo S. Félix 

Saturday, March 6, 2021

Na tua mão...

 


Na tua mão...

Toco na tua mão invisível

Aquela que é doce e inesquecível...

Aquela diferente da da economia

Que diz que tudo acontece à luz do dia...

É uma mão especial

Terna, pura e sensacional...

A mão que deixa falta

A mão que faz o meu coração ficar em alta...

A tua mão... horrível solidão

Estar sem ti nesta reclusão...

Que dor esta

Que impede que se faça festa...

A festa da felicidade

Em amor e liberdade...

Em carinho e cumplicidade

O ensejo...

De querer o beijo

Que se deseja...

Que é no topo do bolo a cereja

A tua pele...

Que me acalma perante a sociedade cruel

A tua voz

Que me deixa um apetite feroz...

Do tudo

Neste universo tão profundo...

E que me deixes mudo

Mudo e nudo...

Na entrega à insaciável

Amada realidade...

Que nos faz ser um

Que nos faz: faz ser ser comum...

Com a saudade

Que nada tem de pitoresca realidade...

Amor

És minha consolação na dor...

És muito mais além que um pormenor

És a essencialidade de existir...

És tu que me faz resistir

E não temer...

Quando este planeta tremer

Porque terei a segurança...

E a realidade mais certa do que esperança

Porque és a confiança...

Porque tudo tende a acontecer

Para nos provar que amar não é esquecer...

Mas antes um sentimento a fortalecer

E a tudo solidificar...

Dando hipótese para se sonhar... Fazendo de tudo real realização

Porque me sinto na plenitude... Quando toco na tua mão...

João Paulo S. Félix

Monday, March 1, 2021

Confissões noturnas...



Confissões noturnas

No fim de mais um dia recebido

E do alto ou do além oferecido...

No qual se fecha o sol e se abre a lua

Lua nesta noite crua...

Em que a escuridão e o breu

Se vislumbra e se vê no céu...

Neste momento em que o silêncio

É convidativo para a manipulação de um compêndio...

Ou então

Para a reclusão da solidão...

Naquele gasto cadeirão

Com o candeeiro sempre à mão...

E uma qualquer bebida para acompanhar

O pensamento que se tenderá a libertar...

Seja com ou sem melodia

E algo de transcendente se principia...

Algo de belo começa

A juntar peça por peça...

Como os velhos negativos da fotografia

Que fazem a lembrança do importante dia...

E assim: sucede com o pensar

Esta arte de voar...

Esta ciência ao Homem confiada

E para nós predestinada...

Para pensar em tudo ou em quase nada

A noite é livre, libertina e uma prostituta...

Que nos leva a tomar as rédeas e a batuta

Para deixar fluir...

O que ao intelecto tende a advir

Para ser construção...

De algo marcante ao coração

A memória sempre existente...

De algo ou alguém presente

Que nos apartou da condição de ser carente...

Um alguém doce e especial

Deveras marcante e sensacional...

Alguém: um ser, uma luz

Que nos guia e seduz...

Alguém que é razão

De existir o ato de despertar da imensidão...

Como é possível pensou eu a divagar

Haver assim alguém de inflamar...

Inflamar e que tão perfeitamente nos tende a completar

Alguém que nos faz a lágrima secar...

E o sorriso querer fazer vingar

Alguém que nos conhece: a fragilidade e a fortaleza

Alguém que nos despe e vê a nossa pureza...

Um ser que nos envolve com as temperaturas das furnas

Um ser produtor destas confissões noturnas...

João Paulo S. Félix