Tuesday, March 9, 2021

Pureza das coisas belas...

 


Pureza das coisas belas...

Invade-me a noite para escrever

E deixo fluir o que tiver de ser...

Que saia enquanto inspiração

Inspiro: que ousada missão...

Mas a ela me lanço

Tomo humano e mental balanço...

Para as mãos demandar

Para a tarefa a principiar...

Gostava de poder deixar

Deixar escrito para perpetuar...

E ser marca pessoal

Emoções e sentimentos de forma sensacional...

Deixar um legado de otimismo

Que arrebata com o que vitimismo...

Vitimismo e fatalismo

É tempo de fazer correr...

E cada letra fazer aparecer

Para me fazer surgir...

No que quero transmitir

Transmitir a paz...

E o que ela nos traz

A bonança...

Que combina com segurança

Aquela que queremos sentir...

Num abraço que se queira abrir

E nele podermos fazer ancorar...

Quem queremos acarinhar

E poder nesse ato alentar...

Para as vivências vertiginosas

Para as lacunas ardilosas...

Poder criar

Doce atmosfera a pairar pelo ar...

No qual com laivos primaveris

Sentimos o que nos faz feliz...

Numa troca de olhares infernal

Aquela intensa e deveras especial...

Aquele falar sem nada dizer

E tudo fazer acontecer...

Com o toque, com o gesto

Simples, terno e honesto...

Sem deixar nenhum resto

Porque se comete a alarvidade...

De devorar com saciedade

Do amor e da paixão...

A plenitude ao coração

Que a tudo dá razão...

Ao que dizemos

Ao que segredamos...

Ao que desvendamos

À luz do dia ou de incandescentes velas

Para podermos falar: da pureza das coisas belas...

João Paulo S. Félix

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