Confissões aquáticas...
Fui junto do rio que vai ter ao mar
Fui ter com ele para lhe confessar...
Confessar e com ele me abrir
E para ele também docemente sorrir...
Fique a fita-lo
Fiquei a sublima-lo...
Fiquei também com ciúme raivoso
Pela sua liberdade de curso vertiginoso...
Sem rotinas nem horários
Simplesmente livre e com desígnios arbitrários...
Fui ao rio que vai ter ao mar
Sim e muito lhe fui contar...
Fui do meu ser falar
Do que me sucede e faz falhar...
Do que me acontece e faz a lágrima pulsar
Fui também junto dele desabafar...
Ainda mais do que me faz amar
Do que me faz sorrir e querer acordar...
Neste mundo sem bonança
Mas junto dele vi a esperança...
Num lançar de pedras por uma criança
E esse momento deu-me alento...
De ser em mim fermento
Porque bebi nesse momento...
Para mim doce encantamento
Para não e nunca vacilar...
Para ser como ela e sempre tentar
Tentar fazer a joga mais longe chegar...
E essa joga ser cada nosso sonho e objetivo
Que nos faz sentir ser vivo...
Junto do rio que vai para o mar
Muito nele fui sussurrar...
Do quando amor tenho para dar
Do quanto de mim é sentimento para regalar...
A quem me toca e enche de vitalidade
A quem é a plena felicidade...
Senti que ele me escutava
E com ele cada palavra levava...
Para o seu curso imponente
Pelo seu trilho irreverente...
Porque o rio que vai para o mar
Leva de todos o olhar...
O olhar e cada pensamento a saltitar
Porque ele nos vem as energias carregar...
E nos vem encorajar
Porque o rio que vai para o mar...
Quer que sejamos amados e possamos amar
Sorrir e confiar...
Porque tudo isto são conversas ricas
Porque isto são: confissões aquáticas...
João Paulo S. Félix
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