Wednesday, March 24, 2021

Do amor a sua mais bela estação...



Do amor a sua mais bela estação...

Entranhas-te em mim com todo o poder

Ficas em mim a reinar e a viver...

Em perturbação do meu interior

És tu quem assalta o meu corpo sem pudor...

Sem pudor e sem desdém

Sem indagares se é preciso pagar o vintém...

O vintém ou a contribuição

Pelo usufruto de exploração...

Dos meus sentimentos e emoções

Dos meus pensamentos aos trambolhões...

Porque tu és assim...

Sim

Não digas que não...

Deusa da minha paixão

Divindade do meu amor...

Vivência em mim com fulgor

Causando altivo e máximo furor...

És tu com a certeza

De seres minha fortaleza...

De seres a ouvinte dos meus ais

De seres para mim o cais...

Onde vou ancorar

Onde vou aportar...

Onde em ti almejo me aninhar

Para te amar...

Te fazer gemer e suplicar

Que jamais cesse de te desejar...

Que em momento algum pare de te amar

Porque somos um do outro carentes

Porque somos para o outro as estrelas latentes...

Que brilham e iluminam

E que os céus dominam...

Causando oportunidade de espanto

E nos afastam do infernal pranto...

E assim és tu amor

Minha musa para estes tratados compor...

E muito mais que tais

És a autora de sentimentos reais...

Que me tomam as vísceras

E te condecoram com alvíssaras...

Por seres em mim mudança

Para uma vida de segurança...

Em plenitude e felicidade

Porque contigo quero a imortalidade...

De tudo isto que relato

Como em segredo te saboreio o palato...

O palato, os lábios, o corpo e a alma

Porque no barulho das luzes que acalma...

Somos infernal vulcão de erotismo e sedução

E também somos do amor a sua mais bela estação...

João Paulo S. Félix 

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