Thursday, April 29, 2021

Eu juro...

 


Eu juro...

Na encruzilhada da vida

Esta que é alucinante e sofrida...

Somos levados a ousar

Ousar amar...

Ousar sentir amor

Amor e o esplendor...

De um sentimento de fervor

Que é libertador...

Que é deveras reparador

Um sentimento sem trevas...

Um sentimento sem quimeras

Puramente...

Sinceramente

O amor...

Ai quanta redenção de dor

Esta que se aparta...

Esta que segue para Esparta

E juntos ficamos...

E emoções vociferamos

Meu amor, minha luz...

Vem e a minha existência conduz

Vem sem demora

E todo o meu ser devora...

Vem pelo dia, pela noite ou pela madrugada

Viver a entrega mais do que sagrada...

Em que pelo chão as roupas fazemos deslizar

E que nos tendem a denunciar...

Como seres amantes no amor

Como seres de cumplicidade maior...

Esta em que gememos

Esta em que queremos...

Sempre mais

Sempre mais ais...

Porque somos nobres animais

Predestinados e de predestinação...

Para o ato da divina sedução

E para a excelsa entrega...

Que não se segrega ou se nega

Porque mesmo quando longe estamos...

O outro no pensamento colocamos

Amor falo-te de coração...

Com toda a reverenda comoção

Que sem ti não há viver...

Sem ti não há como amanhecer

Porque continuo a dizer...

Sem ti não sei viver

E de ti eu careço...

Porque sem ti eu desvaneço

Porque és tu o quebrar do lamúrio...

Porque sem ti não brilho nem sorrio

Porque sei que contigo derrubamos qualquer muro

Amor: Eu amo-te e isso... Isso... Eu juro...

João Paulo S. Félix

Saturday, April 17, 2021

Perdição...

 


Perdição...

Olho para o meu interior

Onde vives com todo o fulgor...

Olho para cada momento

Em que vivemos o sentimento...

Em que fizemos como Eva e Adão

E cedemos à tentação...

De comer da maçã do desejo

Aquela que nos propicia o beijo...

Que faz abrir a caixa de Pandora

E faz seguir o sentimento pela vida fora...

Um sentimento que nos torna viciados

Nos carinhos, nas palavras e nos recados...

Nas emoções dos pecados

Cometidos à luz do mundo...

Ou no silêncio do escuro mais profundo

Onde nos damos...

Onde nos ofertamos

No altar do nosso leito...

Onde imaculadamente recolhemos todo o defeito

Onde nudos ficamos...

Onde as fragilidades curamos

Com a chama que nos consome...

A chama que nos come

Que nos devora...

Na vontade de o outro violar

Num ato consentido de consolar...

As necessidades mais que carências

De querer do outro remover as reticências...

E delas fazer sorrisos

E frenéticos gemidos...

Sentidos nas unhas que na pele se marcam

E nos dedos que se entrelaçam...

Olhares em chama se cruzam

Suores pelos corpos escorrem...

E muito dizem

Do mistério maior realizado...

Da cumplicidade feita nossa fado

Que nos faz pulsar brados...

Porque queremos estar nos braços

De quem nos deu o paradisíaco Olimpo...

O lugar onde o ser fica limpo

De males e infelicidades...

Onde se toldam fatalidades

E onde se concretizam as juras...

Mais sinceras, as mais puras

Em vontade de infinito...

Em expressão que diz: Eu de ti necessito

Porque tu és a minha completude...

És a minha humana existência de doce atitude

Porque de ti careço e o reconheço de coração...

De ti preciso amor... De ti preciso minha perdição...

João Paulo S. Félix

Thursday, April 15, 2021

Dimensão...



Dimensão...

Inspiro: bem preciso

Para tentar aquilo que concretizo...

O nobre ato de falar

Com as palavras que tendem a querer o exterior visitar...

Para nele viver e habitar

E nele tudo vir a revelar...

Palavras sérias e de sinceridade

Para falar de algo de enorme vitalidade...

Falar de plenitude

Que causa serenidade...

Falar de consolação

Que serena o coração...

Falar de amor

E aqui começa o fervor...

Com intensidade e furor

Pleno centro de atenções...

Este sentimento que move as populações

Um sentimento de cumplicidade...

Que se vive sem idade

Um sentimento nada atroz...

Que nos faz revelar a voz

Que nos vem a dar a bonança

Que vem ser a boa esperança...

Amor que revela o olhar

Da cumplicidade que nos vem a tocar...

E a fazer algo em nós se exacerbar

O corpo em polvorosa...

Num êxtase carnal

Nunca visto e sem igual...

Um arrebate com significado

Que leva a que do sentimento se cole cada bocado...

Que permite a crença no que une

Que nos mescla e nos torna imune...

Ao mundo pequeno e de rude dimensão

Porque juntos somos divindades em ação...

Para dar corpo e expressão

A beijos, abraços e aos corpos de união...

No ato da infernal entrega

Que não se rende ou se nega...

O amor esse estado de bem estar

Onde se ama e se faz amar...

E que no amanhecer nos faz acreditar

Como nova jornada para viver o inacabado...

Para viver o que foi por nós começado

E que queremos para a eternidade...

Um sentimento que é luz

Um sentimento que conduz...

Um sentimento que é alma

Um sentimento que acalma...

Amor: sentimento certo e de demarcação

Amor: sentimento altivo de exponencial dimensão...

João Paulo S. Félix