Monday, January 28, 2013

Entrelaçados no sentimento...



Entrelaçados no sentimento…
Quanta vertigem e efeito gravitacional
Nos dotam de magia e especialidade sem igual…
Quanta beleza e imponência
Pode haver num sentimento de reverência
Qual mescla de elementos
Que movem seres: direccionados por bússolas, encaminhados por rosas-dos-ventos
Que majestade esta a que se vive
Num altivo conjunto de intentos que no humano ser se revive
No rasgar convenções e no quebrar de barreiras
Aquelas que não fazem sentido, aquelas que jamais se verão como fronteiras
Qual geografia da mundana civilização
Que é afrontada com a frenética paixão…
Qual distância que separa localizações
Que é enfrentada pelas paixões
Que intensificam a vivência de emoções
Das emoções a dois e na cumplicidade
De omnes fadados, de omnes coroados
Por uma fita… a fita dos entrelaçados
Um enorme cluster de sensações
Que permitem embarcar sem hesitações
Num universo de esplendor
Um universo… Um universo chamado amor
Verdade, pureza, intensidade
Elementos que fazem parte deste combinado de felicidade
Ah!! Que perfeito sentir esta sensação
Que invade a alma e preenche o coração
Tão bom… Sentir e viver esta noção
De bem-querer e de agregação
Num ser só: um ser construído pelo amor
Um amor… repleto de imenso valor…
João Paulo S. Félix   

Monday, January 21, 2013

Ordem para ser feliz...



Ordem para ser feliz…
Foi descida uma ordem e um decreto
Algo muito intenso e nada de secreto
Desceu e entrou dentro de mim
Algo irrecusável, algo tentador…. Algo a que tive de dar um sim
Um sim de compromisso e de missão
Foi-me dada a instrução
Para seguir algo que me estivesse a bater no coração
Senti vontade de sair de casa e algo vasculhar
Tentar em mapas, uma rota encontrar
Que me conduzisse e levasse
A um espaço que desejasse
Que desejasse e que fosse consagrado
A uma vivência, a algo muito aguardado
Algo forte e profundo
Que vivesse em mim de modo bem fundo
O querer de algo… foi deveras avassalador
Fez-me subir mais alto de um monte e gritar de modo ensurdecedor
Um grito de sentimento
Um grito… uma ânsia e uma emoção
De querer viver… de querer viver a paixão
Ah… Que bom é viver de uma paixão
A troca de carinhos, a cumplicidade de afectos, os olhares em comunhão
Desço do monte e em busca de ti me encontro
De ti… de ti a quem algo demonstro
A emoção do coração, o brilhar dos meus olhos no meu rosto
E de ti me quero alimentar
Como pintor que se alimenta das tintas na paleta
Como o artesão que faz a peça de barro de forma exímia e perfeita
Como de ti me quero alimentar e em ti algo galvanizar
Uma vontade: um ensejo… de te querer, de te envolver… de te amar
Porque a uma ordem fui mandado
E a ela estou filiado
O tentar seguir contigo e em ti
Na relação do nosso amor… sem ligar ao que se diz…
Porque a ordem que em foi dada… Foi a ordem para que fosse feliz…
João Paulo S. Félix 

Wednesday, January 16, 2013

No fogo do nosso amor...



No fogo do nosso amor…
Estou perdido na média luz de um fogo
Que arde lento e vagaroso
Sentado: diante de ti… Te vejo a lenha consumir
Fico assim: detido perante aquela visão e começo a evoluir
No pensamento e na actividade mental
De relembrar… Lembrar algo muito especial
Análogo ao fogo que consome a madeira
Madeira cortada naquela floresta negra e inteira
Vem a mim a imagem e as sensações das memórias
De etapas, instantes, glórias
Em momentos de entrega sem precedentes
Aquela dádiva que faz os restantes assuntos ficarem pendentes
Hum… Tão bom o sentir
O sentir dos lábios a roçar a face e o contornar da fronte
Os braços que envolvem com segurança
Perfeita a cúmplice entrega na bonança
Na bonança sem temperança
Arde a temperatura no seio dos corpos nudos
Dos corpos mesclados na escaldante relação
Sinal forte de um amor: Sinal seguro de uma paixão
Que se fez, que se quer sempre presente
Para contentamento do de repente
Dotando o vil humano ser: um ser abençoado e feito competente
Para a maior trova de que há memória
Uma trova mais forte do que qualquer data ou hora da História
Passam tempos, evoluem momentos
Plenos de entrega, integrais em sentimentos
Sentimentos de arrebatar, sentimentos de extasiar
Que elevam mais algo a conjugação do verbo amar
No imperativo categórico do ordenar
Que se ame, sem se olhar
Sem se olhar a convenções, sem se olhar a conceitos ou ao lugar
E tudo isto… Porque há um fogo a queimar
Um fogo que queima a madeira: um fogo que se quer na sublimação inteira…
João Paulo S. Félix 

Monday, January 14, 2013

Lavrador de emoções...



Lavrador de emoções…
Sou um lavrador de emoções
Tão lavrador que pego na enxada para revolver da terra todas as obstruções
Entrego-me aos prazeres da natureza
Para a poder sentir com a máxima pureza
Lavro um terreno de fertilidade
Que almejo preencher da mais intensa felicidade
Escavo para colocar o mais doce adubo na plantação
Lugar onde desejo criar uma marca e uma demarcação
Qual campo ou seara verdejante
Onde se pode perder de amores, o olhar do mais viciado viajante
A natural essência dos aromas que dotam a existência
De maior intensidade e de maior imponência
Hum… Qual fonte a jorrar uma água incessante
A água que permite a sede matar, daquele ser errante
Do ser que ambiciona, do ser que projecta…
Respiro fundo para algo inalar: tão bom… Algo o meu olfacto detecta
Um perfume fascinante… De um ser deslumbrante…
Quanto do meu ser lavrador… É tentativa de ser alguém de esplendor
De alguém… Um alguém que quer viver o amor
Ai… O amor… Sentimento maior
Que faz o tempo ficar vertiginoso e sentir
Sentir a incessante ânsia de algo querer sempre evoluir
Em nós… dentro de nós…
Para poder plantar no campo das nossas plantações
Os nossos sentimentos: as nossas emoções
Que se vivem de amores, que se querem nos corações
Amados e apaixonados
Sempre juntos: Sempre mesclados
Na unidade e santidade de uma comunhão
Uma comunhão feita união
Plena de afectos e intenções
Intenções que nos ousam cortar as imperfeições
E nos elevar ao espaço das divinas e envolventes coroações…
 João Paulo S. Félix 

Wednesday, January 9, 2013

Um café ao sabor do amor...



Um café ao sabor do amor…
De manhã acordar, com vontade de levantar
De manhã erguer… Com vontade de fazer acontecer
De manhã alvorar… Com ganas de fazer torrar
Os grãos de café que no banal saco estavam
Torrar e deixar no ar pairar
O aroma subtil do café em pó se transformar
Para o mesmo poder usar
Usar e manipular
Como bem me aprouver
Para fazer nascer…
Uma saborosa e intensa bebida
Que pudesse mesclar uma vida
Uma vida e uma união
De dois seres afectos à exaltação
À exaltação e ao desejo de amar
Para todo o sempre…
Nisto tudo me vejo a pensar
E contemplo o café a escorrer pelas paredes das chávenas a fumegar
Qual chuva a cair lá fora, sem tempo ou demora
Especial e fascinante queda do café: feito naquela hora
Aquele que te servi
Aquele que te fiz chegar
Estando tu no nosso ninho de afectos: de sentimentos a saltitar
E juntos: como sempre tudo fazemos… Juntos o bebemos
Bebemos e nos deleitamos
No prazer daquele momento único e divinal
Sinto que tudo podia acabar ou desabar: que tudo podia ruir como castelo no areal
Porque para mim nada mais seria especial
Que não aquela nossa oportunidade
De uma bebida quente tomarmos: uma bebida de qualidade
De qualidade e com a faculdade
De proporcionar o gozo de uma veemente emoção
A emoção… De uma forte e ardente paixão…
João Paulo S. Félix 

Tuesday, January 8, 2013

Na senda de ti...



Na senda de ti…
Num dia de vida me vi a correr
Quase sem saber porquê… Mas sentia que algo me estava a mover
E quis correr…. Correr cada vez mais e mais depressa
Na tua busca, na busca de ti: ser que mais me interessa
Despi os preconceitos e tabus que me acorrentavam
Desfi-los feito radical ser: desfiz todos os receios que me aterrorizavam
E na senda de ti me movi…
Atrás de ti: ser de amor altivo, desde o primeiro momento em que te vi
Qual corredor numa maratona de competição
Me senti desse modo como quem corre contra toda a convenção
Sinto que olham para mim e me chamam louco
Confesso: acho que tal é pouco
Porque quem corre por amor não é só dotado de loucura
Mas antes detentor de ousadia, valentia, bravura
Vou ao teu encontro na ponte que une
Lugares e que não separa a geografia
Da ponte que fiz espaço da nossa cronologia
Cronologia a contar tempos com sentimentos
De sentimentos que queremos sentir em todos os momentos
A ti e em ti me enlacei
E ao mundo lancei
A certeza e a convicção
De seres tu a minha ninfa: a minha deusa da perfeição
Qual imperatriz no seu trono de majestade
Tu: rainha de toda a beleza e de toda a bondade
Evolui em nós tudo ao natural
Sem termos de seguir um guião, sem ter de seguir um manual
Os beijos, as carícias, as ternuras e os afectos
Que trocamos nas nossas vidas: quais assinaturas vitais em nossos pactos
Pactos de felicidade e de realidade
Para a vivência de um amor que se quer eternidade
E sinal pleno de toda e qualquer unidade…
João Paulo S. Félix 

Wednesday, January 2, 2013

Álbum de recordações...



Álbum de recordações…
Começamos os dois a folhear de forma vagarosa
Vagarosa e de forma imaculada: formosa
Uma compilação…
Uma compilação e uma reunião
De nós e de tudo por nós vivido
Naquele álbum mergulhámos e entregámo-nos ao que vimos lá vertido…
Vimos nele cada traço por nós realizado
Na tela do nosso amor encantado
Aquela tela onde pintamos de mil e uma cores
As recordações de amores
Amores que trocamos
De laivos e compassos de desejo por nós concretizados
Mão na mão, coração com coração: continuamos bem abraçados
Naquele momento da cumplicidade nossa feito intenção
De querer perpetuar por todo o tempo, por cada estação
Deitamos sortes do que havia para se realizar…
E ao prazer das nossas execuções nos fomos dar
Por entre sorrisos e características expressões
Por entre fotos, escritos, odores e suaves recordações
Os beijos e as caricias foram feitas trovas constantes
Companheiras e em nós sempre viajantes
Como um peregrino em busca da Meca ou da sua catedral
Onde se possa doar ao seu Deus, ao seu santo Graal
Mas para nós e em nós o Graal era outro… Muito mais altivo e especial
Com contornos e trejeitos
Que refutavam e declinavam defeitos
Como é belo o momento do encantamento
E a descida à terra da certeza
Do nosso amor feito pureza
Da nossa paixão feita contentamento
Do ser humano errante em comportamento ou pensamento
Mas certo nas emoções e nas decisões
Que conduzem a ilações
De infinitas alvíssaras e trocas de paixões, no universo das emoções…
João Paulo S. Félix