Lavrador de emoções…
Sou um lavrador de
emoções
Tão lavrador que pego
na enxada para revolver da terra todas as obstruções
Entrego-me aos
prazeres da natureza
Para a poder sentir
com a máxima pureza
Lavro um terreno de
fertilidade
Que almejo preencher da
mais intensa felicidade
Escavo para colocar o
mais doce adubo na plantação
Lugar onde desejo
criar uma marca e uma demarcação
Qual campo ou seara
verdejante
Onde se pode perder
de amores, o olhar do mais viciado viajante
A natural essência
dos aromas que dotam a existência
De maior intensidade
e de maior imponência
Hum… Qual fonte a
jorrar uma água incessante
A água que permite a
sede matar, daquele ser errante
Do ser que ambiciona,
do ser que projecta…
Respiro fundo para
algo inalar: tão bom… Algo o meu olfacto detecta
Um perfume fascinante…
De um ser deslumbrante…
Quanto do meu ser
lavrador… É tentativa de ser alguém de esplendor
De alguém… Um alguém
que quer viver o amor
Ai… O amor…
Sentimento maior
Que faz o tempo ficar
vertiginoso e sentir
Sentir a incessante ânsia
de algo querer sempre evoluir
Em nós… dentro de nós…
Para poder plantar no
campo das nossas plantações
Os nossos
sentimentos: as nossas emoções
Que se vivem de
amores, que se querem nos corações
Amados e apaixonados
Sempre juntos: Sempre
mesclados
Na unidade e
santidade de uma comunhão
Uma comunhão feita
união
Plena de afectos e
intenções
Intenções que nos
ousam cortar as imperfeições
E nos elevar ao
espaço das divinas e envolventes coroações…
João Paulo S. Félix
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