No fogo do nosso amor…
Estou perdido na
média luz de um fogo
Que arde lento e
vagaroso
Sentado: diante de ti…
Te vejo a lenha consumir
Fico assim: detido
perante aquela visão e começo a evoluir
No pensamento e na
actividade mental
De relembrar… Lembrar
algo muito especial
Análogo ao fogo que
consome a madeira
Madeira cortada
naquela floresta negra e inteira
Vem a mim a imagem e
as sensações das memórias
De etapas, instantes,
glórias
Em momentos de
entrega sem precedentes
Aquela dádiva que faz
os restantes assuntos ficarem pendentes
Hum… Tão bom o sentir
O sentir dos lábios a
roçar a face e o contornar da fronte
Os braços que
envolvem com segurança
Perfeita a cúmplice entrega
na bonança
Na bonança sem temperança
Arde a temperatura no
seio dos corpos nudos
Dos corpos mesclados
na escaldante relação
Sinal forte de um
amor: Sinal seguro de uma paixão
Que se fez, que se
quer sempre presente
Para contentamento do
de repente
Dotando o vil humano
ser: um ser abençoado e feito competente
Para a maior trova de
que há memória
Uma trova mais forte
do que qualquer data ou hora da História
Passam tempos,
evoluem momentos
Plenos de entrega, integrais
em sentimentos
Sentimentos de
arrebatar, sentimentos de extasiar
Que elevam mais algo
a conjugação do verbo amar
No imperativo
categórico do ordenar
Que se ame, sem se
olhar
Sem se olhar a
convenções, sem se olhar a conceitos ou ao lugar
E tudo isto… Porque
há um fogo a queimar
Um fogo que queima a
madeira: um fogo que se quer na sublimação inteira…
João Paulo S. Félix
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