Wednesday, January 16, 2013

No fogo do nosso amor...



No fogo do nosso amor…
Estou perdido na média luz de um fogo
Que arde lento e vagaroso
Sentado: diante de ti… Te vejo a lenha consumir
Fico assim: detido perante aquela visão e começo a evoluir
No pensamento e na actividade mental
De relembrar… Lembrar algo muito especial
Análogo ao fogo que consome a madeira
Madeira cortada naquela floresta negra e inteira
Vem a mim a imagem e as sensações das memórias
De etapas, instantes, glórias
Em momentos de entrega sem precedentes
Aquela dádiva que faz os restantes assuntos ficarem pendentes
Hum… Tão bom o sentir
O sentir dos lábios a roçar a face e o contornar da fronte
Os braços que envolvem com segurança
Perfeita a cúmplice entrega na bonança
Na bonança sem temperança
Arde a temperatura no seio dos corpos nudos
Dos corpos mesclados na escaldante relação
Sinal forte de um amor: Sinal seguro de uma paixão
Que se fez, que se quer sempre presente
Para contentamento do de repente
Dotando o vil humano ser: um ser abençoado e feito competente
Para a maior trova de que há memória
Uma trova mais forte do que qualquer data ou hora da História
Passam tempos, evoluem momentos
Plenos de entrega, integrais em sentimentos
Sentimentos de arrebatar, sentimentos de extasiar
Que elevam mais algo a conjugação do verbo amar
No imperativo categórico do ordenar
Que se ame, sem se olhar
Sem se olhar a convenções, sem se olhar a conceitos ou ao lugar
E tudo isto… Porque há um fogo a queimar
Um fogo que queima a madeira: um fogo que se quer na sublimação inteira…
João Paulo S. Félix 

No comments: