Thursday, May 31, 2012

No baloiço do nosso amor...


No baloiço do nosso amor…
Ao findar de um dia… deste meu dia
Fui em busca da concretização de um objectivo
Um intento que me fizesse sentir e manter vivo
Fui ao parque do nosso amor, refúgio da nossa paixão
Ver se lá estavas, a andar no teu baloiço
E naquele lugar nada vi, nada de ti sinto, nada ouço
Fico como que se tivesse parado no tempo, como se tivesse parado no espaço temporal
Como se de mim se tivesse apoderado algo muito fora do normal
Senti que me estavam a manietar, senti que me estavam a aprisionar
E que não me estava a ser dada a oportunidade de algo poder demonstrar
Em relação a ti, em relação a nós… ao que nutro pela minha alma especial
Tu: ser deveras fascinante, para mim nada errante, ser meu manancial
A ti: ao nosso lugar de perdição quis levar
Algo para no teu lugar poder deixar
Para quando lá te voltares a sentar
O poderes observar e poderes com tal sentir
O que em mim se estava a reprimir
Um desejo, uma vontade, uma ânsia
De querer quebrar com tudo: com as barreiras, com as fobias, com a distância
Quis naquele teu baloiço de elevação
Poder deixar um sinal: uma prova da minha paixão
Deixando nele as mais belas flores que recolhi em todos os jardins
Flores com uma fragrância essencial
Para transmitir o que me vai no coração
Um ramo com um bilhete, com uma missiva
Aquela que sei ser do teu agrado, aquela que te mantém viva
Uma mensagem repleto do meu sentimento
Do meu sentimento e contentamento
De te poder ter como minha, de te poder ter
Como meu refúgio, como meu sacrário vivo de perdição
Como aquela que quero à minha beira em toda e qualquer ocasião
Para minha plenitude, para minha afirmação
Como ser humano com vontade de algo poder dizer
Amo-te… Quero-te e vamos algo fazer
Ousar este mundo enfrentar e buscar um espaço altivo para reinar
Um com o outro e dentro do outro
Reinar no corpo, mesclar com o pensamento
Pensamento uno e verdadeiro
Mais valioso que qualquer valor patrimonial ou arca de dinheiro…
João Paulo S. Félix

Wednesday, May 30, 2012

Só nos conhecemos pela metade...


Só nos conhecemos pela metade…
Quis sair para pensar, quis sair para reflectir
Quis sair… porque me quis evadir…
Desejei daqui me transportar
Para um lugar onde pudesse meditar
Onde pudesse tudo ver, estudar, observar
Onde me pudesse elevar
Onde ousasse querer mais alto chegar
E pensei… Pensei muito e com algo me deparei
Algo que nunca me havia prendido a atenção
Algo para o qual jamais tinha libertado a minha concentração
O conhecer… O meu conhecimento
O saber quem sou, como sou: onde estou
Olho para as minhas mãos, para o meu corpo, para o meu figurino
E me começo a interrogar sobre o meu destino
Levantei-me e quis correr
Correr para tudo poder compreender
Para perceber, o porquê de não me conhecer
De não me conhecer perfeitamente, até á exaustão
Até que senti uma rajada e um sopro de coração
Como se ele quisesse ousar da palavra
Para dizer algo, para ousar marcar a sua posição
Nesta querela que me levou à reflecção
Quis ele dizer que não se sentia bem
Que se sentia aquém
E que tal me influenciava
Que tal me incomodava
Que tal me impedia de me saber na plenitude
Porque para tal tinha de querer algo mais: tomar uma atitude
Buscar alguém a amar, alguém em quem pudesse confiar
Alguém a quem tudo pudesse confiar e confidenciar
Alguém que pudesse ser a minha perdição
Alguém que pudesse ser: fonte da minha razão
Razão de ser, razão de viver
O coração disse que muito viria a acontecer
Quando esse alguém viesse a conhecer
Alguém que me virá a preencher
E me fará compreender
Que desta forma vivo pela metade
E que ao lado da pessoa destinada me poderia considerar ser eternidade
Eternidade e preenchido: repleto das necessidades e cheio de vitalidade…
João Paulo S. Félix

Tuesday, May 29, 2012

Um papiro aberto... Emoções ao rubro...

Um papiro aberto… Emoções ao rubro…
Uma tarde, nesta tarde, deste dia
Ao findar uma louca jornada… repleta de adrenalina e correria
Abro a janela do quarto meu que me dá para o exterior
E começo a sentir a invadir o meu espaço um vento inspirador
Que me faz correr em busca de uma folha… folha trivial… um papiro e algo para escrever
Algo que fizesse nesse surgir qualquer coisa, algo que nesse pudesse verter
Sinto-me a ser conduzido pela Solar estrela que me ilumina
Que me ilumina… me guia e me abre os caminhos
Os caminhos para múltiplos desfechos, para infindáveis desígnios
Poder escrever algo de elevado e que possa ser perpetuado
Após o meu desvanecer, após o meu desaparecer
Surgem-me, para trazer a lume certas ilações…
Que não é preciso ser poeta para poemas escrever
Basta ser ser vivo, e uma vida estar a viver
Uma vida de sensações, uma vida de emoções
Jogadas arriscadas no palco da nossa actuação
Como ser humano que busca a realização
E deixo-me ir… faço aparecer
Mais sentimentos que façam parte de mim: daquele que sou… o meu ser
Um ser com vontade de amar
Um ser com vontade de se emaranhar
Numa compilação do que quero eu realizar
Quero realizar o amor
O amor e o esplendor
De viver no fio de uma navalha
Uma navalha, um limiar, algo escaldante como o fogo de uma fornalha
Algo ardente e que me encandeie…
De igual modo como os raios do puro Sol que se reflectem nas minhas feições
As feições que marcam os traços já rasgados de algumas recordações
Recordações que trago comigo como certeza do que vivo, do que vivi
Do que existiu e que quero que volte a ocorrer
Algo que seja intenso, algo que seja imenso, que jamais me faça arrepender
Arrepender da entrega e da doação
Do meu ser ao viver da capital paixão
Aquela que palpita em cada coração
Aquela que se quer trazer a lume com convicção
E laivos de energia e sem qualquer hesitação
Porque quando se vive o amor… Vive-se o eternizar…
Vive-se algo de transcender, vive-se algo de encantar…
João Paulo S. Félix

Thursday, May 24, 2012

Bela, formosa e encantada...


Bela, formosa e encantada…
Numa ocasião, no final daquela tarde, de mais uma jornada
Uma jornada, um dia: incluso em toda a minha temporada
Temporada de vida, temporada de existência
Fui por ti convidado para viver uma experiência
Uma experiência única e sensacional
E atraído pelo teu convite desço as ruas, calcorreio as avenidas
Pelas quais vou rumo a ti, deixando para trás pessoas com vidas vividas
E chego ao teu lugar, ao teu espaço, ao teu recanto
Subo as escadas do edifício onde resides, encontro a porta aberta e… que encanto…
Te vejo colocada a um canto, o teu espaço, o teu canto…
Te vejo bela, formosa e encantada
Vejo-te de uma forma íntima e envolta num lençol
E para ti sou arrebatado, assim como o peixe que morde o anzol
Começo a tocar o teu corpo, a abraçar-te, a te envolver em mim
Ao passo que tu, com teus dedos de sensual toque me começas a segurar e a beijar sem fim
E nesse instante, sentimos no mundo a perturbação
De todo o barulho, ruido ou confusão
E ficamos sós: sós e nós
Só nós…
Na cumplicidade que não tem tempo, lógica ou idade
Ficamos unos no romance e naquele momento de eternidade
Momento transcendente para nós, que quebra em nós os semblantes de seriedade
Para entrarmos no delírio e êxtase do viver comum
Do viver um para o outro e dentro do outro
Cheiro a tua pele, corro-a com as minhas mãos
Aquelas que seguras com firmeza, sem ocasião e até mais não
Porque nelas encontras as âncoras que te conduzem a um porto de abrigo
Os meus braços, onde jamais sentirás dor, tristeza ou perigo
Deixamos correr, deixamos ir, deixamos fluir
Deixamos desenvolver e algo potenciar
Um sentimento: a constatação do nosso amor e do nosso amar
O nosso amar o outro com uma vigorosa convicção
Aquela que nos conduz guiados pelo coração
Pelo coração ardente na nossa paixão
Paixão inabalável, paixão admirável
Paixão firme e segura, paixão louca e incalculável
Mas sempre dotada de uma garantia
A garantia de se querer elevar em toda a parte, ser ouvida por toda a cidade
Uma paixão marcada, com os símbolos da imortalidade, com os sinais da fidelidade…
João Paulo S. Félix

Tuesday, May 22, 2012

Viver, suspirar, amar...

Viver, suspirar, amar...
Humano ser de perfeita origem
Origem, forma, formato ou criação
Humana criatura de bela conclusão
Capaz do acto mais nobre, do movimento mais inolvidável
Algo de original, que dificilmente se consegue compreender
Acima de tudo… saber como o Homem pode viver…
Como ele, criatura de cárnea matéria
Capaz de uma actividade extremamente séria
A de poder ver, a de poder ouvir, a de poder sentir
A de poder, acima de tudo, as suas ideias poder transmitir
Tudo: porque existe, tudo isto porque subsiste, tudo isto… porque vive
Que acto maior é viver, que acto mais é o compaginar:
Compaginar o viver, com laivos de suspirar…
Suspirar… ah, que bom é suspirar…
Pelo todo e pelo vazio, por tudo e por nada…
Suspirar… que acto de exteriorização
Do que vai no íntimo, no reino da nossa emoção
Suspirar, suspirar que é clamar
Clamar por alguém que se quer, por alguém que se sobeja, alguém… que se quer amar
Amar e poder com ela o amor vivenciar
Acto máximo que pode ser levado a cabo pela matéria humana
Aquela que sabe ter o dom de viver
Aquela que sabe que jamais poderá esquecer
O que deve e tem de fazer
Algo superior e que faça transcender
Sentir, respirar, correr por um ideal
Um ideal e por algo fenomenal
A felicidade no outro, a felicidade na pessoa especial
Aquela que nos faz fugir da nossa rotina
   Aquela pessoa que nos droga com o olhar que nos injecta no coração a morfina
Mortal para a nossa solidão e chave para a nossa afirmação
Como alguém que quer viver o amor e junto de quem nos dá a elevação
A elevação num beijo, a elevação num abraço… Acima de tudo a convicção
De tudo valer a pena, de tudo fazer sentido, de tudo ter uma razão
A razão da ilógica loucura da nossa paixão…
 João Paulo S. Félix