Porque amor... Por mim serás sempre criatura amada...

 

Porque amor... Por mim serás sempre criatura amada...

No meu sangue corre sentimento e amor

No meu corpo corre uma vontade feita ardente calor...

Corre em mim algo de altivo valor

Um sentimento arrebatador...

Que me faz sentir imune a qualquer dor

Um sentimento esplendoroso...

Belo e proveitoso

Um sentimento de faz co-habitar...

Em mim o doce verbo amar

Aquele no qual no presente...

Digo algo irreverente

Algo nada surpreendente...

Algo eletrizante

Intenso e revigorante...

Digo na conjugação

Amo-te: Amo-te com paixão...

Amo-te com olhar de imensidão

Aquele no qual labaredas vens a colocar...

Para criarem fornalha que tende a derrubar

Toda a barreira, todo o preconceito...

Que tende desfazer o típico amor feito conceito

E nova ordem criar...

A ordem para agora: no hoje amar

Por isso e sem demora...

Vamos cumprir a demanda da nova aurora

Aquela que nos cega as vaidades...

E nos leva para realizações de imortalidades

Nas quais os nomes gravamos...

E no outro tatuamos

Com tintas sufocantes...

Originárias de beijos provocantes

De carícias fascinantes...

E canduras

Que fazem despir as vestes das aventuras...

E pousar o machado da eterna coragem

E ser humano: ser humano de origem...

Que tem medos, ânsias e receios

Que quer muito do mundo afastar os devaneios...

E viver algo que seja o norte

Algo que seja bússola que aponte a sorte...

Que faça sentir

Que faz sentido existir...

E aqui viver

Para o amor acontecer...

Para o sentimento luz ver

E se desenvolver...

Na naturalidade

Do sentimento sem hora nem idade...

Porque amor: estás em mim perpetuada

Porque amor... Por mim serás sempre criatura amada...

João Paulo S. Félix

Serenidade...

Serenidade...

Visto-me da noite que lá fora vigora

Visto-me do silêncio que devora...

E em média luz

Na paz à qual o tempo conduz...

Colocado despido das roupas mundanas

Envolvo-me em emoções contemporâneas...

Dou por mim na feliz calmia

De ouvir a terna e envolvente melodia...

Que de ti me faz lembrar

E me tende para ti me transportar...

E do nada o semblante se muda

E o sorriso tem lugar, nesta noite de voz surda...

Dou por mim a solfejar

O teu nome: nome de quem quero amar...

De quem amo para a imortalidade

Ser que amo para além da saciedade...

Porque somos ambos parte integrante

De um ser: o mesmo ser fascinante...

E eletrizante

Que vive amor sufocante...

Ofegante

Intenso e até à alma penetrante...

Um amor nada errante

Um amor mais certo que as matemáticas...

Essas ciências exatas e erráticas

Porque calculam pesos com a razão...

E o amor não conhece proporção

Porque amor é evasão...

Que abraça os lábios e enreda mentes

Para vivências vivificantes...

Que nos façam sentir vivos

E sentir que somos altivos...

Sentir que somos os donos do leme

Para viver o sentimento que não teme...

O sentimento da sinceridade

Da simplicidade feita perfeita banalidade...

O amor da eternidade

O amor que põe termo à crueldade...

O amor que tudo entende e compreende

O amor que tudo repare e não ofende...

Amor sentimento sempre presente

Sempre a iluminar do nascente ao oriente...

Amor: sentimento Alma e Ómega

Amor sentimento que nada nega...

Amor que avalanche tu causas

Que bom amar sem pausas...

Porque amor não para e sempre acontece

Quando puro é e o coração conhece...

Amor: sentimento vivido nesta humanidade

Amor: sentimento feliz... Amor: amor que é serenidade...

João Paulo S. Félix 

Purificação...

 

Purificação...

Quando dos demónios me tento afastar

Vens a mim e tudo tende a mudar...

Vens com tudo o que és

Para eu ficar rendido... Para ficar a teus pés...

E tudo se desenrolar

Com a simplicidade do ato de desnudar...

Colocar a nu: sem vestes

O resultado das humanas preces...

O sentir o amor

O sentir o vigor...

O sentir o esplendor

Que se sente no ardente calor...

Que nos torna na mais perfeita unidade

Que nos torna como rocha perante a presente humanidade...

Porque, amor

Sim estou a falar contigo, ouve por favor...

Quando te digo que te amo

Quando digo que por ti clamo...

Quando penso no que é a felicidade

O teu nome aparece na mundana claridade...

E tudo ganha expressão

Tudo conquista uma explicação...

Que não vem nos livros da universitária lição

Mas que se sente e pulsa no nosso coração...

Coração esse dínamo da existência

Coração: no qual és presença e essência...

Porque te tenho que dizer

Algo antes que possa no amanhã morrer...

Quero poder confessar

Que tu és tudo que sempre fui esperar...

Que tu és fármaco que a solidão vem a remediar

Que és fluido que no calor me vem a hidratar...

Que és o doce dinamismo

Para a fuga ao minimalismo...

Obrigado é imperativo te dizer

E obrigado é tão pouco perante o teu ser...

Um ser de luz

Um ser que em mim tudo produz...

Amor: és criatura de paz

Que em mim tudo és capaz...

Amor és as bênçãos dos predestinados

Dos seres amados...

Amor: meu doce amor

Ser de magno vigor...

És a perfeição

E carinho em toda a estação...

Minha ninfa sublimada

Minha Vénus vivificada...

Meu amor que és para mim a salvação

Amor... meu amor... és em mim ser... Ser de purificação...

João Paulo S. Félix

Fragmentos do meu ser...

Fragmentos do meu ser...

Na vida tudo acontece

Assim como o dia que amanhece...

Porque o sonho vem a ter lugar

No momento de alvorar...

Naquele em que deixo de em ti sonhar

Para te pensar...

Te querer e amar

Porque és o despertador...

O meu dínamo libertador

Porque és por quem eu chamo...

Quando te quero dizer que te amo

Que para mim és importante...

Que para mim: para mim és antídoto revigorante

Porque és marcante...

Assim como cada momento

Vivido, sentido, ocorrido e gravado no pensamento...

Porque és a candura

Que me vem a olhar com ternura...

Porque és a felicidade

Sentida sem lugar ou idade...

Porque meu amor te confesso

Que por ti a Deus peço...

Para que sejamos a bonança

Um amor de feliz esperança...

Para que sejamos a luz

Que no mundo tudo conduz...

Para que sejamos unos

Nos desafios mais profundos...

Para que sejamos unha, carne e emoções

Para que sejamos dos amores as sensações...

Do arrepio de bem estar

O sorriso doce que se tende a libertar...

Porque tudo eu quero, porque tudo eu necessito

Porque és quem me aparta de ser, um ser aflito...

Porque és quem afasta a mundana dor

Porque és criatura

Plena de formosura...

Porque és de mim toda a totalidade

Porque és de mim a doce realidade...

Porque és os meus suspiros

Porque são teus os meus delírios...

Porque são tuas as minhas preces

Porque são teus, os olhos que amanheces...

Porque sou teu de verdade

Porque sou teu até à eternidade...

Os beijos, os abraços, os pensamentos e amassos

Porque são teus a superação dos meus cansaços...

Porque são tuas as minhas forças e energias

Porque são tuas as minha banais alegrias...

Porque sou todo teu e isso podes crer

Porque portas sempre em ti... Fragmentos do meu ser...

João Paulo S. Félix 

Desejo afrodisíaco...

Desejo afrodisíaco...

Penetro no íntimo mais fundo das emoções

Para vasculhar de nós, presentes recordações...

Procuro no coração

Onde nos tenho em exaltação...

Em plenitude

Em completude...

É dentro de mim, meu amor

Que se exalta um fogo ardente de esplendor...

Um fogo que queima a humana dor

E nos dá veste de ser enternecedor...

Uma veste sexualmente moral

Para a realização de algo sensacional...

Com beijos lânguidos

Com toques cândidos...

Por entre olhares malévolos

A tocar a heresia e os atos ousados...

Com vontades infernais

De corpos nudos e muito mais...

De fazer os gemidos ser voz

De vontade frenética atroz...

Na qual vasculhamos as vontades alheias

E fazemos delas loucuras verdadeiras...

Nas qual fluidos queremos libertar

E com eles os pecados poder expiar...

Nas centelha que nos galvaniza

A viver os quereres que os anseios tranquiliza...

E da noite dia fazer

E nesse hiato tudo acontecer...

E o tempo do relógio desistir

De contar porque há algo superlativo a existir...

Um sentimento

Um alento...

Que enche a alma de contentamento

Um sentimento que é humano fermento...

Para a vivência fora de crueldade

Do amor sem idade...

Do amor que causa serenidade

Porque somos fadados...

Porque somos predestinados

A ser como Pedro e Inês...

Autores maiores do que o amor fez

E sermos final mais feliz do que Romeu e Julieta...

E sermos mais do que historieta

Mas sim amor que não vem no folhetim...

Mas que se sente do principio até ao fim

Da nossa humana existência...

Para sermos unos na perfeita ciência

Para sermos a entrega mais perfeita ao prazer...

Que faz de nós deuses sem anoitecer

Deuses condenados ao paraíso...

E a viver a realidade... Do desejo afrodisíaco...

João Paulo S. Félix 

O sentimento da perfeição...

 

O sentimento da perfeição...

Vamos remover os espartilhos

Aqueles que nos prendem e causam sarilhos...

Vamos deixar

Que a vida se venha a encarregar...

De nós

De afastar de cada um, a condição de estar a sós...

Porque sozinho não me sinto

Quando em mim te pressinto...

Quando no meu coração

Tenho a tua recordação...

Quando em minha memória

Ecoa a tua voz terna e de glória...

De ternura e candura

De afetos e doçura...

Porque é ao te amar

Que sei que a vida se tende a superar...

Porque sei que é ao te amar

Que tudo se tende a colmatar...

Porque sei

Que és tu quem faz de mim um rei...

Porque, meu amor

És para mim luxúria de esplendor...

Porque és a diva que me conduz

Porque és para os meus passos a luz...

Porque és a minha sofreguidão

Quando chego ao êxtase da ebulição...

Ebulição corporal

Eterna e especial...

Na qual há a entrega perfeita

Porque és tu a eleita...

Sim sinto-o no meu ser

Porque és razão de amanhecer...

Porque és motivo para viver

Porque é teu o meu respirar...

Porque é de ti todo o meu sentimento de amar

Porque por maior que seja a distância da quilometragem...

Sei que és, amor, o meu porto seguro na margem

Porque és o meu abrigo e refúgio...

Porque és, meu amor, os meus lemes em pleno rio

Porque és a força para não padecer...

Porque és quem não me faz desvanecer

Porque sabes meu amor... Estamos fadados...

A ser um do outro: como amados predestinados

Porque somos a plenitude

Que gera e cria a completude...

Porque somos a mais bela mescla de criaturas

Porque somos prova de vitórias de várias aventuras...

Porque somos neste mundo a confirmação

Do amor como sentimento de coração...

Porque somos amor... O sentimento da perfeição...

João Paulo S. Félix

No teu olhar... Eu vejo o mundo...

 

No teu olhar... Eu vejo o mundo...

No meio da global dimensão

Mergulho no meu coração...

E nele vejo-te com ternura

Vejo-te com a candura...

Daquele que eu sou

Daquele que o teu ser mudou...

Para melhor

Para algo: um alguém superior...

Porque eu sou melhor versão

Quando te sinto em mim, minha paixão...

Minha paixão e doce consolação

Depois da dureza da humana missão...

Meu amor

Sim... Meu mundo avassalador...

A ti amo mais do que a mim

A ti sinto como o aroma do jasmim...

Amor quando de ti me abeiro

Sinto que dou passo certeiro...

Para a segurança

Para encarar o mundo com confiança...

Quando ouso os teus lábios sentir

Tudo tende a emergir...

Toda a verdade do sentimento

Toda a nossa realidade de contentamento...

Quando te abraço: sinto o fermento

Que nos polvilha o crescimento...

Do que nos une em plenitude

Do que nos faz voar a alta altitude...

Sentimento que faz a sede matar

Quando a temperatura for difícil de superar...

Porque meu amor a ti me fui entregar

E a ti... A ti eternamente me confiar...

Em palavras e pensamentos

Onde és quem encaminha os ventos...

Porque és em mim liderança

Do coração que pulsa com pujança...

Porque és a mais bela criatura

Que veio à minha vida de tortura...

Libertar da solidão

E fazer sentido a saltar do colchão...

Em cada amanhecer

Para a vida fazer acontecer...

Porque em ti motivação vou encontrar

Porque és ser: ser que me vem a encorajar...

Porque és o meu amor de plenitude

Porque és quem me dá a completude...

Porque és meu amor de felicidade

Quem amo até à eternidade...

Porque és o meu desejo mais profundo

Porque meu amor... No teu olhar... Eu vejo o mundo...

João Paulo S. Félix

Ardor de amor...

Ardor de amor...

Arde em mim um desejo de consumição

Um desejo avassalador de coração...

O de te consumir

Neste ardor que faz explodir...

Neste caminho de inferno

Neste espaço mundano e terreno...

Nesta localidade

Do sentimento sem idade...

Vem à minha vida

Ser álcool para esta fornalha acendida...

E vamos incendiar

Ainda mais o clima que se tende a adensar...

E vamos dançar

No tango da sedução...

No tango da entrega e suplicação

Aquele que nos despe de preconceitos...

Onde a roupa mais incomoda do que faz jeitos

Anda nua para mim...

Vem assim

E vamos queimar a pele e as vontades

Vamos viver do sentimento as liberdades...

De gemer

De dar e criar prazer...

De sentir o corpo e a alma a viajar

Para outro cosmos poder ocupar...

Vem dos meus lábios ser rastilho

Para que sejam no teu corpo gatilho...

Em sensações estratosféricas

E vamos do mundo esquecer...

E vamos enlouquecer

Na chama que nos consome...

No fogo que nos mata a fome

Vamos com a loucura dos imorais...

Gerar momentos e ocasiões sensacionais

Para que sejamos imortais...

Sente o meu prazer no teu corpo delicioso

No teu corpo ousado e pecaminoso...

Que me faz perder do paraíso a direção

E me fazer render... render à tentação...

A tentação que o teu ser é

O teu ser... Ser ato de enorme fé...

Porque és a minha divina tentação

Porque és causa da minha senil condição...

Porque és para mim pensamento de evasão

Porque és para mim completude de altiva emoção...

Porque és o desejo feito humano fado

Porque és que ama e me faz sentir amado...

Porque és todas as minhas horas

Porque são tuas todas as minhas demoras...

Porque é teu o meu pecado de desejo feito infernal ardor

Porque é todo teu o meu... O meu ardor de amor...

João Paulo S. Félix 

Os enigmas do coração...

Os enigmas do coração...

Dou por mim numa atividade

De enorme valor e responsabilidade...

A de mergulhar

A de vasculhar...

Na imensidão da eternidade

E procurar para a dúvida: uma verdade...

A verdade

Aquela que promova a fuga da crueldade...

Procuro encontrar uma justificação

Para o que é causa da minha exaltação...

Procuro pelo que me causa a exacerbação

Dos sentidos e dos sentimentos...

Do que é razão para os meus doces tormentos

Tento procurar...

E sinto que lá vou chegar

E à resposta fui parar...

E a mesma que se tende a descodificar

Prende-se com o sentimento de amar...

De te amar

De seres luz que me faz caminhar...

De seres poema vivo e fascinante

Em charme, encanto e ternura vivificante...

Porque a resposta és tu

Que coloca em mim tudo a nu...

As fraquezas e fragilidades

Mas também as forças e as qualidades...

Porque és quem melhor me conhece

Porque és em quem penso quando o dia amanhece...

Porque o teu ser é em mim uma constante

Em pensamento em memória deveras marcante...

Cada momento de plenitude

Cada sorriso de solicitude...

Cada carinho de boa vontade

Dado com toda a pureza e simplicidade...

Porque continuo na investigação

De ir até à exaustão...

Na tua busca: ser de sedução

Ser que é causa da minha explosão...

De forma sexual

Sexual mas também romântica e real...

De forma pensada

De forma sempre maravilhada...

Porque sem ti a vida não existe

Porque sem ti o meu mundo é lugar que não resiste...

Porque pode a distância existir

Porque pode o mundo tentar destruir...

Mas nada vai mudar ou alterar

O rumo e curso do que será a nossa realidade de sempre amar...

Em cumplicidade de perfeição

Em vivências dos enigmas... Os enigmas do coração...

João Paulo S. Félix 

Tudo se faz por amor...

Tudo se faz por amor...

Tudo se faz por uma razão

Por um motivo, por uma inquietação...

Tudo se faz com um propósito

Seja ele mais ou menos bonito...

Tudo acontece por um motivo

Seja por sentimento altivo...

Seja por ciúme avassalador

Seja pela vontade de ter o outro como onda de calor...

Seja pela distância que dói

Pelo coração contrito que mói...

Tudo se faz e tudo tende a suceder

Para algo luz conhecer...

Um sentimento de exacerbação

Um sentimento maior do que a paixão...

Porque a mesma pode ter curto fim

Porque a mesma pode durar o mesmo que a flor do tenro jardim...

Porque a paixão pode com o vento ir

E jamais, jamais poder advir...

Porque há sentimento bem mais superior

De cumplicidade gerador...

Um sentimento de pensamento sem paragem

De pensamentos feitos coragem...

De pensamentos que bebem motivação

Nos acontecimentos que criaram a ocasião...

Da mão dada com a certeza

De se ser algo com infindável beleza...

E lembrar: o beijo de asfixiar

Aquele beijo para sempre a memorizar...

Como garantia de cumplicidade

Como destruidor da humana maldade...

E aquele abraço meigo

Dado e recordado pelo ser leigo...

E a entrega colossal

Ao êxtase fora do normal...

Que nos coloca para sempre ligados

E eternamente fadados...

A sermos só um

A sermos criatura em comum...

Em pensamentos

Em sentimentos...

Nas vontades de ter o outro bem perto

Para viver o nosso sentimento certo...

De ter o ombro para encostar

E o colo para forças retemperar...

Porque se tudo se faz

É porque de tudo o Homem é capaz...

Para ser e ter a atenção

De quem é detentor do nosso coração...

Porque tudo são atitudes morais e angelicais

E servem como divinos sinais...

Porque somos capazes de o mundo vencer

Para o sentimento prevalecer...

Porque tudo se faz por um exponencial valor

Porque tudo se faz... Tudo se faz por amor...

João Paulo S. Félix 

O amor sentimento dos seres nada efémeros...

 

O amor sentimento dos seres nada efémeros...

Quando com o teu encanto

Enches o meu dia de espanto...

Quando o teu doce sorrir

Faz o meu ser florir...

Internamente

De forma cândida e docemente...

Quando no dia ordinário

Penso em cada gesto teu extraordinário...

Em cada forma de ser

Que me faz reconhecer...

Em ti a doce criatura

Plena de beleza e formosura...

Em ti encontrar

A solução para o meu despertar...

Despertar para cada dia

Em que se ouve melodiosa melodia...

De em ti ver

Quem o meu ser faz estremecer...

De em ti vislumbrar

Vislumbrar quem sempre quis amar...

Amar para jamais vegetal ficar

Amar... Para a vida desfrutar....

Amar: para a vida aproveitar

Amar: amar para te beijar...

Com a candura do sentimento que nos une

Com a inocência que nos torna criatura imune...

A toda a maldade desta realidade selvática

Desta gente banal e plástica...

Como é bom amor... Sentir o esplendor

De te sentir em mim...

De ter de ti o teu sim

A esta nossa caminhada...

Longa, árdua e abençoada

Pelos santos da cumplicidade...

Que permitiram que fosse doce realidade

Que fosse a certeza de probabilidade...

De ser no outro a plenitude

A plenitude de completude...

Que vai muito para além do gemido

Que solta o prazer reprimido...

Que somos a perfeição

Que nos faz ser e ter nobre missão...

De abraçar o sentimento e a paixão

Como altiva resolução...

Porque quero contigo o sol observar

Porque quero contigo a noite doce passar...

E estrelas podermos contar

E a elas poder confidenciar...

O amor que nos torna eternos

O amor: O amor sentimento dos seres nada efémeros...

João Paulo S. Félix

Na candura do teu olhar...

 

Na candura do teu olhar...

Quando o tempo em suspenso ficar

E nesse ocaso em ti estiver a pensar...

Quando na ininterrupta atividade

De te querer e te amar de verdade...

O tempo mais tempo ofertar

Juro-te, amor meu, que não irei vacilar...

De te dizer

Que sem ti não sei viver...

Viver, andar e respirar

Sem ti, sem ti não sei como devo cada passo dar...

Sem ti, eu já não sei

Como chegar ao trono e poder reinar como rei...

Porque sem ti a meu lado

Não sei como suportar humano fado...

Sem ti junto de mim

Não sinto o aroma do botânico jardim...

Porque sem ti comigo

Eu humanamente não consigo...

Raciocinar ou a lógica articular

Não sei como a casa poder chegar...

Porque sem ti sou ser errante

A vaguear sem viver algo de fascinante...

Porque de ti eu preciso

Porque de ti, eu necessito do teu sorriso...

Do teu olhar

Que me tende a amar...

Do teu abraço

Que resolve todo o embaraço...

Do teu corpo de prazer

Para a nossa vontade satisfazer...

Porque preciso com urgência

De contigo viver apaixonante ciência...

Do amor feito cumplicidade

Do amor que foge à quimera da idade...

Do amor que todas as barreiras derruba

Do amor que clarifica a água turva...

Do amor de esperança

Do amor que confere confiança...

Amor: sim assumo de verdade

Que preciso de ti para enfrentar a realidade...

De que preciso de te ter

Para jamais eternamente adormecer...

Porque quero contigo o Olimpo conquistar

Porque quero no nosso amor triunfar...

Porque te amo e isso eu sei

Porque és tu por quem sempre clamei...

Nas preces feitas no espaço religioso

Aquele no qual o clamor se vive de modo fervoroso...

Porque preciso de ti: para te amar

Porque preciso de ti para me encontrar...

Porque preciso de ti: Na candura do teu olhar...

João Paulo S. Félix

Perdição de sublimação...

Perdição de sublimação...

Vem à minha vida até à exaustão

Das forças e das energias do coração...

Vem a mim, meu amor

Com toda a tua magia e fulgor...

Vem... Vem sensual e sem pudor

Realizar com fervor...

A nossa entrega

Nos beijos que queimam...

Nos beijos que inflamam

Naqueles que são a demanda...

Do que o destino comanda

Vem amor despida de preconceitos...

Vem... deixa saborear os teus peitos

Contorna-los com a língua da perdição...

Aquela que faz explodir de exaltação

O teu corpo e fazer dele fornalha incessante....

Deixa que continue a realizar algo marcante

Para nós... Na nossa vida vivificante...

Vem... Vamos causar encaixe eletrizante

Que cause o delírio...

Que congele de calor todo o frio

Vem amor... Vamos gemer ao sabor do prazer...

Daquele que faz viver

Vem amor, deixa a argumentação...

Para as barras jurídicas, a casa da suplicação

E vem suplicar comigo o nosso pecado...

Querido, desejado e exacerbado

Sente as pernas bambas, as mãos a escorregar...

Húmidas do suor que ousamos libertar

Grava em mim as tuas digitais impressões...

Aquelas que conhecemos nos corações

Vem-me encher de libido...

Com a cumplicidade una num só fluido

Gerado pela mecânica afinada...

Dos nossos corpos na intensa jornada

Que causa a cegueira da racionalidade...

Que nos apela para a loucura da necessidade

Para nos evadirmos da crueldade...

Que é a solidão

Vem amor, não pares agora, vamos até ao cerne da questão...

Continua na frenética entrega que nos condena

Ao êxtase de vivência plena...

Olha-me como quem olha o alimento

De dá vida e alento...

Devora-me e deixa-te devorar

E deixemos o tempo maquinal passar...

Porque ele nada é perante o que somos

Perante o que formamos...

A unidade da entrega ao amor de perfeição

Na nossa... Perdição de sublimação...

João Paulo S. Félix 

Quando somos do amor o maior ensejo...

Quando somos do amor, o maior ensejo

Quando dedilho para escrever

Sobre as emoções que me fazem viver...

Quando deixo a lágrima soltar

E ela humano me tornar...

Dou por mim a engolir

Todo o mundo que tende a existir...

Dou por mim num exercício transcendental

De querer ousar ser imortal...

Quando dou por mim a escrever

Mil e uma coisas podem acontecer...

Quando dou por mim a escrever

Sinto vontade de correr...

Sair, bater a porta e os fantasmas afugentar

Quando dou por mim...

A sobrevoar um jardim

A sentir o belo e a natureza...

A sentir plenitude e leveza

Quando dou por mim a sentir a calma...

Que é terna e que embala

Quando dou por mim a chamar...

O teu nome para o ato de amar

E o coração: o coração solta a disparar...

E a adrenalina tende a exacerbar

Quando por ti venho a clamar...

Para te dizer que te quero beijar

Mil e uma imoralidades tendo a pensar...

Que quero contigo realizar

Para dar corpo e lugar...

À cumplicidade que nos veio a mesclar

Quando em ti penso...

Desejo-nos envoltos em incenso

Nesse aroma e fumo que santifica...

Os nossos seres e nos dá veste satânica

Para o gemido nada comprimido...

Para o suor fruto do calor...

Do calor do nosso amor

Quando te quero mais do que a mim...

Sim

Quando és tudo para o meu ser...

Quando és a razão de tudo acontecer

Quando és o fragmento da minha perfeição...

Quando és o meu pedaço de sublimação

Quando dois fazemos um só...

Que tudo destrói e torna em pó

Toda a cólera, ira e maledicência...

Quando és tu a minha essência

Quando és tu solução...

Para o encontro da humana coroação

Quando por ti chamo, quando te amo e te desejo...

Quando somos do amor o maior ensejo

João Paulo S. Félix