Tuesday, July 5, 2022

Perdição de sublimação...


Perdição de sublimação...

Vem à minha vida até à exaustão

Das forças e das energias do coração...

Vem a mim, meu amor

Com toda a tua magia e fulgor...

Vem... Vem sensual e sem pudor

Realizar com fervor...

A nossa entrega

Nos beijos que queimam...

Nos beijos que inflamam

Naqueles que são a demanda...

Do que o destino comanda

Vem amor despida de preconceitos...

Vem... deixa saborear os teus peitos

Contorna-los com a língua da perdição...

Aquela que faz explodir de exaltação

O teu corpo e fazer dele fornalha incessante....

Deixa que continue a realizar algo marcante

Para nós... Na nossa vida vivificante...

Vem... Vamos causar encaixe eletrizante

Que cause o delírio...

Que congele de calor todo o frio

Vem amor... Vamos gemer ao sabor do prazer...

Daquele que faz viver

Vem amor, deixa a argumentação...

Para as barras jurídicas, a casa da suplicação

E vem suplicar comigo o nosso pecado...

Querido, desejado e exacerbado

Sente as pernas bambas, as mãos a escorregar...

Húmidas do suor que ousamos libertar

Grava em mim as tuas digitais impressões...

Aquelas que conhecemos nos corações

Vem-me encher de libido...

Com a cumplicidade una num só fluido

Gerado pela mecânica afinada...

Dos nossos corpos na intensa jornada

Que causa a cegueira da racionalidade...

Que nos apela para a loucura da necessidade

Para nos evadirmos da crueldade...

Que é a solidão

Vem amor, não pares agora, vamos até ao cerne da questão...

Continua na frenética entrega que nos condena

Ao êxtase de vivência plena...

Olha-me como quem olha o alimento

De dá vida e alento...

Devora-me e deixa-te devorar

E deixemos o tempo maquinal passar...

Porque ele nada é perante o que somos

Perante o que formamos...

A unidade da entrega ao amor de perfeição

Na nossa... Perdição de sublimação...

João Paulo S. Félix 

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