Sunday, December 30, 2012

Sensualidade: a tua sensualidade...



Sensualidade: a tua sensualidade…
Acaba o dia, fecha a cortina… Cai o sol
E com ele vem a noite e um rol:
Um rol de sentimentos que querem pulsar
Que querem mais alto falar
No quarto entramos e nele nos deixamos
Deixamos estar e na cama me venho a sentar
Quando não começo a falar: vens em minha direcção e me tentas silenciar
Com um ósculo do imenso amor
Que faz de nós: pessoas maiores, pessoas com máximo esplendor
Me dizes para te olhar
Para tudo esquecer…e a ti me entregar…
E começo a ver-te despir
O vestido que docemente trazias vestido
E pura ficaste diante de mim
E algo evoluiu… a temperatura aumentou e começo a esquecer de onde vim
E a querer pensar para onde iriamos
Os dois naquele clima que nos envolvia
Naquela chama de amor que nos aquecia
Aquecia e consumia
Corroendo ódios, dores e preconceitos da humana gente
Aquela que nos invoca e que com tudo se sente
E nos outorgamos ao que nos prendia
E ti me entreguei
A ti e à tua sensualidade
A ti feita minha estrada e via única para a eternidade
Me perdi em ti jardim de imoralidade
Em ti me esqueci: nas tuas curvas de perfeição
Na tua ofegante e quase pecaminosa respiração
Que me bafejava, que me cobria… Que me prendia ao sentimento de perdição
Perdição no que nos acorrentava naquele espaço: na nossa erudita paixão
Deixamos horas correr, perdemos o fio ao tempo
Para nos cegarmos ao sentimento
Que se fez presente, que se fez envolvimento
Na imponente sensação
De elementos vindos do coração
Que nos mesclaram no amar
No amar que queremos sempre eternizar…
João Paulo S. Félix   

Saturday, December 29, 2012

Ver-te dormir...



Ver-te dormir…
Chego a casa depois de muito fazer
Com o sol já posto e as estrelas a aparecer
Sinto-me rodar a chave, na porta do nosso lar
Abri-a: entrei e em casa algo consegui inalar
O aroma a jasmim, das flores que ao jardim foste buscar
Senti aquele quase profético momento
Quando não, entro na nossa sala… Aquela dotada do natural e lenhado aquecimento
Entro por ela dentro e te vejo no sofá encostada…
Encostada e nele aninhada…
A viver o mundo do sono e do sonho
Beijo-te na cabeça, e em tua frente me sento
Sento a ponderar cada momento, a saborear cada sentimento
Olho teu rosto e capto, qual Picasso, as tuas linhas, os teus contornos
Que me arrebataram para os nossos momentos fervorosos
Ainda sentado estou, quando me detenho do que tenho para fazer
E fico ali, estático… sentir o dia a anoitecer
Olho para ti, qual Tágide de beleza infindável
Ouso pegar da minha mão e com ela acariciar a tua pele de fascínio inolvidável
Sinto-me pequeno, perante tremenda imponência
Perante tremenda ninfa, perante tremenda reverência
Olho-te e sinto vontade de mais te olhar
Porque ao te contemplar
Chego à razão: do que nos fez apaixonar
O amar sem vontade o cessar
A tua elegância que me faz sem ar ficar
E fico com plena noção
Da nossa real condição
A condição do para sempre e todo sempre
A condição da nossa imaculada união
No nosso sentimento feito paixão
E enquanto dormes eu desperto o meu pensar
Aquele que tudo me leva a relembrar
De nós e do nosso esplendor
De seres para sempre afectos ao sentimento do amor…
João Paulo S. Félix 

Sunday, December 23, 2012

Conto de Natal: "Adopção de Amor...Natal de esplendor..."





Olá a todos!

Em anexo, segue o conto de Natal deste ano, um conto que dá pelo nome de: " Adopção de Amor... Natal de Esplendor..." escrito com muito amor e carinho para todos vós.

                                            Votos de um Santo e Feliz Natal

                                                         Beijos e abraços

                                                       João Paulo S. Félix




                                      https://www.box.com/s/n4gqg6y8d71m21ingrgo

Tuesday, December 18, 2012

Ambição de perdição...



Ambição de perdição…
Todos nós temos na vida uma grande ambição
Na vida pessoal, no profissional: a busca de felicidade, o encontro da realização
Tentamos buscar o que sempre estivemos a ansiar
Vamos sempre e mais além na busca do que nos venha a serenar
No caminho sinuoso e tortuoso
Deveras e não raras vezes complexo e penoso
Vamos sempre com determinação
Buscar algo: que nos traga a calma sensação
Sensação de paz e tranquilidade
Sensação de alegria e imortalidade
E essa ambição… abre as portas na perdição…
Dos jardins da entrega a desejos
Desejos que nos fazem perder a razão
Como a aspiração de a um pedestal chegar
Um pedestal dado a quem quer amar…
A quem quer amar e se dar
Sem pudor ou preconceito
A quem viver o amor… mais do que feito conceito
A entrega de um ser a um máximo sentimento
Que causa violência no contentamento
Porque é voraz
E nada efémero ou fugaz
 Correm-se vales e colinas
Rasgam-se barreiras, saltam-se cercas, dilaceram- se cortinas
Cai o pano e fica a essência
De um amor desfeito da ciência
Porque nada mais inquietante existe senão o apaixonar
O apaixonar e viver da paixão
De faz andar louco… Circular sem direcção
Perdem-se contas aos tempos e lançam-se sortes de onde estará a ponderação
Do viver algo tão desmedido
Algo que faz o humano ser se sentir perdido
Neste oásis de emoções
Neste avolumar de sensações
Que conduzem ao eclipse da razão
Que conduzem o Homem ao saboroso sentimento: sentimento de perdição…
João Paulo S. Félix 

Monday, December 17, 2012

Amor contado com sentimentos...



Amor contado com sentimentos…
Quanto do teu aroma, é suor do meu corpo
Quanta da tua seiva, é fluído do meu salivar
Quanto de nós é parte do outro que nos complementa
Quanto de nós é parte essencial daquele que nos fermenta
Como o pão que se estimula na padaria
Como este sentimento que se quer para além da alvorada do novo dia
Quanto do nosso envolvimento será metafisica mais altiva que a física quântica
Quanto do nosso sentimento… este nosso sentir: é composto por matéria única
Ai: Amor… O amor e o avassalador despudor
De quem não tem ardis…
De quem só quer ser feliz
Que arrepio este que em nós evolui
Que frio este que nos conclui
Que não estamos perante algo banal
Mas que se vive e fica em algo de muito especial
Desejamos o infinito sem ousar saber da sua perfeição
Porque o quanto desejamos: é viver deste amor até mais não
Deste complexo nexo de perda de respiração
Na ofegante trova de beijos e caricias
Aquelas que cessam todas as dúvidas e malicias
E que fazem explodir com a razão…
Que nos conduzem ao rasgar de cada indumentária
Mais do que desnecessária…
Para que se entrecruzem seres, corpos e desejos
Para que se cumpram escrituras e ensejos
  Tocam sinos arrebate anunciando a Sagrada Eucaristia
Na Santa Madre Igreja, enquanto se traz à luz do que se vivia
A mais bela oração de entrega e atracção
De climax intenso de corpos nudos e envoltos na tentação
De sempre mais, do sempre mesmo e máximo sentimento
Que causa distúrbio de concentração
De dilacera completamente com a razão…
Ai: ousadia da humana gente
De amar de forma louca sem pensar no uso do intelecto e da mente…
Quanto do teu fascínio: é feminina essência (d)e emoção
Quanto do teu toque, é subtileza, é sedução
Quanto do nosso mesclar
É algo para perpetuar
Como algo ao mundo que se quer revelar
Algo dotado de nobreza
E elevado no mais altivo pendão
Aquele em que se vive o amor… Aquele em que se entrega à paixão…
João Paulo S. Félix 

Caminhos de vida...



Caminhos de vida…
Vamos pela vida trilhando caminhos
Caminhos que nos apartam dos nossos ninhos
Caminhos esse que passo a passo
Vamos seguindo em recto trilho sem esquadro ou compasso
Vamos e seguimos sempre mais além
Sem olhar a quem fala, a quem olha… sem olhar a quem…
Seguimos com a convicção de ser o caminho certo
Aquele que nos leva rumo ao incerto…
Incerto na segurança
Sem saber se será de calma ou bonança
Ou de revolução e exaltação
Mas não obstante seguimos e insistimos
Seguimos aquele caminho porque sentimos
Que pode ser o mais apropriado
Na busca do melhor… na quebra do quotidiano fado
Aquele que nos levava a andar por todo o lado…
Vamos pela vida, abrindo portas
Sejam elas direitas ou tortas
Sejam elas fáceis em acesso ou de difícil intrusão
Mas em todas elas se encontram… estradas com emoção
Emoção de vida, emoção de cada dia
Emoção pelo caminho que se segue
Aquele que nos leva rumo à nossa sede
Sede de felicidade, sede de plenitude
Plenitude e recheio de completude
De sensações e de aventuras
Que nos servem de lições
Para as vidas vividas com todas as intenções
Que nos vêm dos mais puros corações…
João Paulo S. Félix 

Sunday, December 16, 2012

Um livro te dei... E o mesmo te expliquei...



Um livro te dei… E o mesmo te expliquei…
Numa manhã em que as nuvens cobriam o Sol e a luz
Num amanhecer, em que me preparei para aquilo que o humano ser conduz
Te acordei com um ósculo de amor intenso
E esse beijo te despertou
E o meu humano ser te regalou
Com um livro… Um livro especial
Já na porta me encontrava para sair: quando me perguntaste o porque da prenda nada original
E te disse: meu amor
Começa-o a folhear… Com o máximo fervor
E nele vais encontrar…
Algo de fascinar
As palavras… Aquelas que sempre me ouviste dizer
Aquelas que para ti redigi… Para que sempre as possas ler
As possas ler: ler e junto de ti sempre ter
Palavras magnas em sentimento
Sentimento, magia e encantamento
Aquelas que promovem o alento
E fazem algo despoletar
Ondas de amor… Oceanos de amar…
Olhas para mim com candura…
E não me contenho e te prendo com doçura
Num acto maior de paixão
Acto nosso de entrega: acto de desejo e sublimação
Do nosso lar tendo a irromper
Para ao social mundo me dar a conhecer
E te poder deixar deleitar
Com as palavras que te desejei sempre dar
As nossas palavras, as nossas expressões
Que fazem bem aos nossos corações
Deixo-te voar nos termos
Termos plenos de sentimentos…
João Paulo S. Félix 

Wednesday, December 5, 2012

Dissertar sobre o amor...



Dissertar sobre o amor…
Me coloco em fronte do meu computador
Tendo a meu lado o vaso com mineral fluido
E começo a pensar no que escrever: na vontade de escrever algo acolhedor
Começo a dar uma volta nas temáticas: temáticas saudáveis ao ouvido
Começo bem alto a vociferar
E pelo quarto me vejo a deambular
Quando não… sinto música no ar
Uma música bela e envolvente
Uma música que me leva a ficar carente
Carente e a sentir-me febril, ardente…
Bebo da mineral água que me refresca
E que me dá a energia que me resta
Para escrever sobre algo privado, que jamais se vive numa ou noutra festa
Algo que me permita voar imenso e mais do que seja permitido
Quero voar bem mais alto… Quero poder fugir deste covil
Covil de preconceito e dedos que sempre apontam
Quero viver num lugar onde seja tudo admitido
Quero algo de puro: onde até as mais simples plantas cantam
As maravilhas das glórias e das emoções
Aquelas que se vivem… Nas mais vivificantes paixões
Paixões que sejam turbilhões
De sentimentos tão dolorosos, bem como detentores de mortandade
De mortandade que rasga e que sangra
Por se querer viver mais do que a própria lei humana emana
Quero tanto e com tanta vida viver tal sentimento: antes de morrer…
De morrer em termos de emoções e em termos de formigueiros que se possam mover
Querer por todo tempo a vivência de algo de arrasar
De algo que seja a coroação, de quem viva esta sinergia soberana
Oh Deus que às Tágides de feminina essência
As dotaste com o toque do pecado e da indecência
Se serem seres cobiçados e desejados
Para a vivência de um acumular de actos sublimados
Oh Deus que fizeste da mulher: ser maior em beleza
Ser que dá ao homem a plena e viva certeza
De se querer viver com confirmação
O amor, o beijar, a entrega dos corpos, a infernal paixão
Que se excomunga com a vertigem do que se sente
Do que se sente: daquilo que paira na nossa mente
Que nos quer mesclar com a feminina criatura
Para o acto da felicidade: para o acto da paixão na vida futura…
João Paulo S. Félix 

Tuesday, December 4, 2012

Uma flor de amor... Numa noite de esplendor...



Uma flor de amor… Numa noite de esplendor…
Rasgamos horas para juntos estarmos
Jantarmos, dançarmos…
Ao ponto de a dado momento
Começar a emergir de forma avassaladora um sentimento
Que nos arrebatou para a casa nossa: ninho de toda a perfeição
Roda a chave na porta secreta…
Aquela que nos atira para dentro de casa: lugar da entrega na paixão
A vertigem do sentimento causa dor e faz cessar a respiração
A roupa torna-se banal, todos os objectos ficam sem sentido
Para dar lugar só a nós: aos nossos corpos bem ardentes
Nesta fogueira de amores e gemidos latentes
Pela entrega que nos estava a fazer
Da nossa solitária condição esquecer
Uma casa, um labirinto de compartimentos
Onde nos fomos perder nos mais electrizantes encantos
Da tão celeste quanto pecaminosa doação
Ao carnal desejo da cumplicidade
Que nos permite a elevação à unidade
O corredor torna-se a estrada que nos leva ao leito onde nos deitamos
Onde os lençóis desfazemos, despedaçamos
Para algo muito mais infernal e quente que banais tecidos
Para nos deixarmos levar pelos meandros dos sentimentos sentidos
Aqueles que nos levam a desejar jamais parar
Arde, queima o cometimento deste acto maior
Que nos enche o ego e nos faz a atmosfera elevar
Na temperatura, na humidade que nela se veio a acumular
Dos sopros do nosso respirar
Que jamais nos podiam silenciar
E foi quando não se viu uma flor
Naquele nosso quarto: uma flor com alto pendor
De encanto que nos olhou
Que nos segredou
Que nos queria ver sempre na união
Daquela sensação
Que faz bem ao coração
Paramos de a contemplar… para nos voltarmos a encarnar
Neste amor: amor que veio para ficar
E para no futuro sempre se perpetuar…
 João Paulo S. Félix