Dissertar sobre o
amor…
Me coloco em fronte
do meu computador
Tendo a meu lado o
vaso com mineral fluido
E começo a pensar no
que escrever: na vontade de escrever algo acolhedor
Começo a dar uma
volta nas temáticas: temáticas saudáveis ao ouvido
Começo bem alto a
vociferar
E pelo quarto me vejo
a deambular
Quando não… sinto
música no ar
Uma música bela e
envolvente
Uma música que me
leva a ficar carente
Carente e a sentir-me
febril, ardente…
Bebo da mineral água
que me refresca
E que me dá a energia
que me resta
Para escrever sobre
algo privado, que jamais se vive numa ou noutra festa
Algo que me permita
voar imenso e mais do que seja permitido
Quero voar bem mais
alto… Quero poder fugir deste covil
Covil de preconceito
e dedos que sempre apontam
Quero viver num lugar
onde seja tudo admitido
Quero algo de puro:
onde até as mais simples plantas cantam
As maravilhas das
glórias e das emoções
Aquelas que se vivem…
Nas mais vivificantes paixões
Paixões que sejam
turbilhões
De sentimentos tão dolorosos,
bem como detentores de mortandade
De mortandade que
rasga e que sangra
Por se querer viver
mais do que a própria lei humana emana
Quero tanto e com
tanta vida viver tal sentimento: antes de morrer…
De morrer em termos
de emoções e em termos de formigueiros que se possam mover
Querer por todo tempo
a vivência de algo de arrasar
De algo que seja a coroação,
de quem viva esta sinergia soberana
Oh Deus que às Tágides
de feminina essência
As dotaste com o
toque do pecado e da indecência
Se serem seres
cobiçados e desejados
Para a vivência de um
acumular de actos sublimados
Oh Deus que fizeste
da mulher: ser maior em beleza
Ser que dá ao homem a
plena e viva certeza
De se querer viver
com confirmação
O amor, o beijar, a
entrega dos corpos, a infernal paixão
Que se excomunga com
a vertigem do que se sente
Do que se sente:
daquilo que paira na nossa mente
Que nos quer mesclar
com a feminina criatura
Para o acto da
felicidade: para o acto da paixão na vida futura…
João Paulo S. Félix
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