Sensualidade: a tua
sensualidade…
Acaba o dia, fecha a
cortina… Cai o sol
E com ele vem a noite
e um rol:
Um rol de sentimentos
que querem pulsar
Que querem mais alto
falar
No quarto entramos e
nele nos deixamos
Deixamos estar e na
cama me venho a sentar
Quando não começo a
falar: vens em minha direcção e me tentas silenciar
Com um ósculo do
imenso amor
Que faz de nós:
pessoas maiores, pessoas com máximo esplendor
Me dizes para te
olhar
Para tudo esquecer…e
a ti me entregar…
E começo a ver-te
despir
O vestido que
docemente trazias vestido
E pura ficaste diante
de mim
E algo evoluiu… a
temperatura aumentou e começo a esquecer de onde vim
E a querer pensar
para onde iriamos
Os dois naquele clima
que nos envolvia
Naquela chama de amor
que nos aquecia
Aquecia e consumia
Corroendo ódios,
dores e preconceitos da humana gente
Aquela que nos invoca
e que com tudo se sente
E nos outorgamos ao
que nos prendia
E ti me entreguei
A ti e à tua
sensualidade
A ti feita minha
estrada e via única para a eternidade
Me perdi em ti jardim
de imoralidade
Em ti me esqueci: nas
tuas curvas de perfeição
Na tua ofegante e
quase pecaminosa respiração
Que me bafejava, que
me cobria… Que me prendia ao sentimento de perdição
Perdição no que nos
acorrentava naquele espaço: na nossa erudita paixão
Deixamos horas
correr, perdemos o fio ao tempo
Para nos cegarmos ao
sentimento
Que se fez presente,
que se fez envolvimento
Na imponente sensação
De elementos vindos
do coração
Que nos mesclaram no
amar
No amar que queremos
sempre eternizar…
João Paulo S. Félix
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