Saturday, June 18, 2022

Em ti me demorar...



Em ti me demorar...

Tanto na vida acontece

Em que o tempo se esquece...

Em que deixamos coisas por fazer

E momentos que ficam sem a luz da vida ver...

E como tal

É urgente algo especial...

Gelar o tempo maquinal

E realizar algo sensacional...

O dar o nosso temporal espaço

A quem nos regala com doce amasso...

A quem nos desata todo e qualquer embaraço

A quem nos vinculamos em doce laço...

Alguém para sonhar

Alguém para concretizar...

O desígnio de despertar

E o sentimento de amor edificar...

Edificar e solidificar

Em atos de candura...

Em acontecimentos de ternura

No beijo cobiçado...

No abraço desejado

Que sempre acalentamos...

Para sarar os ferimentos humanos

Aqueles provocados por incidentes mundanos...

É por isso urgente o amor

O amor no seu máximo esplendor...

Para o mal do mundo quitar

Para o nós eterno se concretizar...

E ser algo de sublimar

Com a pureza do ato de despir...

Afetos, sentimentos e corporais vestes

Para vibrar com as entregas celestes...

Das nossas vontades infernais

Para atingir orgasmos e algo mais...

Par chegar ao nirvana

A plenitude que dizem ser uma savana...

De bonança e calmia

Onde brilha sempre a luz do dia...

Aquela que acendemos

Aquela da qual não desvanecemos...

Aquela que exacerbamos

E que jamais deixaremos eclipsar...

Porque o nós: o nós é realidade e perpetuar

O nós é uma dádiva de amor permanente...

Na palavra, no pensamento, no sinal sempre presente

Aquele em que deixamos demarcado...

Que o outro é o nosso ser amado

Aquele que é detentor...

Da felicidade que destrói o temor

Aquele ser de fascinar...

O teu ser para... Em ti me demorar...

João Paulo S. Félix 

Wednesday, June 15, 2022

Segredos dos amores confessados...

 


Segredos dos amores confessados...

Quando no silêncio me permitia

Desvendar o que pensei à luz do dia...

Pensar em como algo

Me torna aristocrata fidalgo...

Como algo me faz transpor

As barreiras com arte e suor...

Com intensidade de fervor

Com o sentimento de amor...

Aquele que sinto e jamais negaria

Aquele que é alento para toda a correria...

Aquele sentimento de conforto

Que vem como a carícia feita no rosto...

E que nos faz sorrir

Com a doçura da felicidade de existir...

Com aquele sentimento maravilhoso

Que faz ser e estar esperançoso...

Em nós sempre no hoje e no amanhã

No sentimento que nos amanha...

Amanha e nos envolve

E que vontades nos devolve...

A vontade de viver

A vontade de novo dia querer conhecer...

A vontade de despertar

E o outro poder alvorar...

Com missivas e gestos

Ternos, doces e honestos...

Porque não há nada mais superlativo

Que viver algo que faz sentir ativo...

Algo que faz sonhar

Algo que faz fascinar...

Algo que faz em ouro tudo se transformar

No ouro dos afetos...

Aqueles que vivemos de braços abertos

E nos envolvem nas nossas cumplicidades...

Nos nossos momentos sem idades

Momentos com sede de eternidade...

E vontade de magna imortalidade

Para viver a deleitosa felicidade...

Aquela que dá tranquilidade

Amor...

Que és furor

Que traz paz ao tumulto...

Que és perdão a todo o insulto

Amor: o teu ser é...

Resposta ao meu pedido de fé

Amor, ser sublimado...

Por mim querido e desejado

Amor: sentimento dos amados...

Amor nos beijos sussurrados

Feitos em... Segredos dos amores confessados...

João Paulo S. Félix

Sunday, June 12, 2022

Apetites insaciáveis...



Apetites insaciáveis...

Vem nas noites do nosso inferno

Vem... Viver algo fraterno...

Vem na intensidade do nosso desejo

Viver algo muito mais do que beijo...

Vem amor no inferno que nos cerca

Fazer com que a vontade não se perca...

Vem minha vida

Sarar cada ferida...

Em ti presente

Vem deixar de ser carente...

E vamos juntos ser luz

Que o mundo conduz...

Nos nossos trilhos

Vem amor... Viver ardentes sarilhos...

Vem depressa e sem demora

Porque o tempo corre lá fora...

Vem logo sem vacilar

Viver algo que aos céus tende a bradar...

Vem sentir o meu leito

Vem sentir o fervilhar do meu peito...

Vem... Deixa-te tocar

Pelo que sinto: sentimento que tendo a invocar...

Para o amor em nós se manifestar

E ser ele a nos guiar...

Na entrega efervescente

E deveras alucinante...

Que nos faz suspirar

Que nos faz clamar...

Que faz ao orgasmo chegar

E fluidos libertar...

Vamos ser muito mais que o erotismo

Que nos faz conhecer o domínio do satanismo...

Que faz o suor escorrer

Que faz o corpo zonzo tremer...

De tanta entrega, de tanta vontade

De tanta sede da nossa realidade...

Vamos também alcançar a moralidade

Com a calma cumplicidade...

Dos carinhos e dos afetos

Tão intensos e honestos...

Vamos viver o manancial

Que nos serve o momento especial...

Aquele em que nos consagramos

E ao outro juramos...

Juras de amor eterno

Um amor sempre fraterno...

Sempre presente e real

Sempre autentico e sensacional...

Vamos amor viver os sentimentos imparáveis

Vem amor... Aos nossos apetites insaciáveis...

João Paulo S. Félix 

Thursday, June 9, 2022

Divagar...

 


Divagar...

Noite, silêncio e calma

Ingredientes para concentrar a alma...

Para a concentrar e a potenciar

E ao exponencial nível a colocar...

Para a testar

Para por ela puxar...

Para a transcender

Nas emoções que fazem viver...

Para que ela a alma

Sinta a força que inflama...

E jamais possa vacilar

Ou desistir...

Do que causa a ocasião do sorrir...

E seguir de forma determinada

A rota predestinada...

Destinada a quem ama

Destinada a quem quer toldar o drama...

E quer da tragédia criar um épico

Intenso, doce e frenético...

Algo colossal

Algo imensamente especial...

Que cole quem não queremos descolar

E nos faça cumplicidade criar...

Com quem não queremos apartar

Alguém onde vamos desejar habitar...

Na alma, coração

Pensamento e em cada ação...

E tudo realizar

Com foco em quem nos tende a completar...

A quem tende connosco ousar

Ousar o horizonte tocar...

Na estratosférica dimensão

Um lugar de predileção...

Onde nos mesclamos

Onde nos sagrados...

E onde prometemos

Que tudo faremos...

Para viver

O amor que fizemos acontecer...

O amor

Que nos dá fulgor...

Para viver tudo em nosso redor

Para viver

Para aos sentimentos esplendor conceder...

O esplendor que não conhece barreiras

O amor que faz quebrar as correias...

Que aprisionam na escuridão

Porque o amor... o nosso amor é a confirmação...

Do que me mais belo há a vivenciar

E sobre ele... sobre o nosso amor... decidi... Divagar...

João Paulo S. Félix

Wednesday, June 8, 2022

No silêncio da noite...



No silêncio da noite...

Procuro na solidão

Deste momento de evasão...

Encontrar a paz

Que a escuridão traz...

E nela

Resolver em mim interna querela...

E buscar a serenidade

Que concede tranquilidade...

Para tudo fazer para me abstrair

Do turbilhão que o mundo tende a atrair...

E deixar o que de mundano mal

Impede que tudo seja doce e especial...

Procurar a suavidade

Que me venha com bondade...

Visitar e encontrar

E docemente me abraçar...

Com os afetos desejados

E com os beijos professados...

Procuro o alento

Que sirva de colo e de fermento...

Para a bonança

Que traz confiança...

Procuro no escuro uma luz

Que seja bússola que conduz...

A bom caminho encontrar

E nele poder caminhar...

Tento no suspiro que se esvai

Fazer soltar todo o mal que em mim recai...

Mal da toxicidade do planeta

Deste lugar habitado pelo capeta...

O qual tentamos demandar

Para longe, para outro lugar...

E ficar na santidade

Que traz toda a solenidade...

Porque neste momento

Em que sereno pensamento...

Procuro por ti em mim

Por ti que um dia me disseste sim...

E bebo no teu olhar

A força para gladiar...

E no teu jeito de ser

Razão para amanhã amanhecer...

Porque nada mais existe de valor

Se não for... Se não for como no nosso amor...

Este sentimento que afasta a dor

Em que somos o forte...

Em que somos para o outro: lotaria de boa sorte

Porque procuro em ti minha esperança...

Luz de vida e segurança

Porque és quem me faz ser um ser vivente

E buscar por ti... No silêncio da noite...

João Paulo S. Félix 

Monday, June 6, 2022

Entranhas de sentimentos...



Entranhas de sentimentos...

Quero em ti mergulhar

Quero em ti poder penetrar...

De forma sexual

De modo animal e maquinal...

Com a intensidade

De quem coloca um motor a carburar com velocidade...

Quero poder com adrenalina

Sentir o teu corpo em modo alcalina...

E escaldar

No nosso ato de amar...

Quero poder o teu íntimo sentir

E poder sentir o meu corpo explodir...

De desejos e vontades

Geradas e pensadas com as crueldades...

Das doces imoralidades

Aquelas que queremos...

Aquelas que não desperdiçamos

Para ao pecado nos entregarmos...

E ao patamar dos Deuses chegarmos

E definitivamente...

Nos firmarmos absolutamente

Eu sendo teu... Tu sendo minha...

Aquela que ao meu lado caminha

Aquela que conhece o meu pensar...

E sabe o suspiro que venho a soltar

Porque também te sei decifrar...

Como um Luís de Matos num ato de magicar

E sei o teu sentir...

Sei do teu reagir

A cada momento...

A cada acontecimento

Sei como vens a despertar...

E como vens ao meu ser regalar

A pureza do bem estar...

A candura no ato de partilhar

Inseguranças, sonhos, vontades e segredos...

Assim como também és sabedora dos meus medos

Porque me conheces de fio a pavio...

Porque somos intenso fio

De ligação...

Em amor, cumplicidade e paixão

Porque habitas no meu coração...

Porque és dona de toda a minha emoção

Porque também me ti me tens...

E um do outro somos reféns

No amor sem fim ou ocaso...

Naquele sentimento que não tem prazo

Porque somos no amor todos os tempos...

Porque somos na felicidade os contentamentos

Porque somos um do outro em plenos pensamentos...

Porque somos um do outro: nas entranhas dos sentimentos...

João Paulo S. Félix 

Sunday, June 5, 2022

Almas...

 


Almas...

Na plenitude esférica da terra

Povoada pela multidão do mar até à serra...

Nesta infindável dimensão

Onde encontramos aventura e missão...

Em cada dia, em cada jornada

Da nossa vida despertada...

Em suspiros

De delírios....

Nos quais lançamos ralhos

Em que os mesmos são ouvidos...

E pelo divino atendido

E do nada acontece algo a ser cumprido...

Uma trivialidade

De caminhos de cumplicidade...

Com alguém

Que nos coloca refém...

Da doce liberdade de coração

Aquela que causa a nossa exaltação...

E esse ser

Faz-nos viver...

Faz-nos forças adquirir

Para contra tudo insurgir...

E tudo subalternizar

Porque algo nos tende a superlativizar...

Um sentimento de fascinar

O sentimento de amar...

Sim:o amor que se sente

Que nos afasta da enfadonha gente...

O amor

Que causa furor...

Que nos quita toda a espécie de dor

Amor como curativo...

Para o dia intenso e combativo

Amor como reduto

E como lugar de doce fruto...

O fruto da caridade

Vivida com doce serenidade...

E com a candura do olhar

O olhar de quem nos vem a amar...

O olhar que não mente

O olhar de quem é ser sempre presente...

Mesmo que os mapas digam o seu oposto

Porque amor é sentimento que não vira o rosto...

Porque amor é sentimento de luta

Porque amor é sentimento que nada refuta...

Amor é sentimento de precisão

Que se sente e vive no coração...

E que se quer... Até à nossa humana exaustão

Amor: és sentimento que acalmas...

Amor: és sentimento que une: que une e funde almas...

João Paulo S. Félix

Vibrações...

 


Vibrações...

Quero hoje chegar ao limite

Do que a humana lei permite...

E atingir a excelência

A falar de algo inflamado de essência...

Falar de algo almejado

De algo deveras cortejado...

Um sentimento

Um contentamento...

Que cura todo e qualquer ferimento

Falar de algo que é causa de contentamento...

Falar de algo colossal

Que faz do Homem: criatura especial...

Especial e jamais trivial

Um sentimento alucinante...

Que nos convida a algo vibrante

A algo a roçar o fio da navalha...

Por algo tão altivo, e que em nós se espalha

Disseminando carga viral na sanguinária corrente...

E tal faz o olhar flamejar de tão ardente

De tão ardente devido ao ambiente...

Que se gera em redor

No sentimento de amor...

Sim... ai... Que extasiante sensação

Esta que nos engole para uma outra dimensão...

Esta sensação de sofreguidão

De querer muito para além da exaustão...

E querer à prova colocar

Os corpos e ver a dimensão a que ousam chegar...

Na cópula e na intensa penetração

Penetração corporal, verbal e na alma...

Penetração que nada acalma

E que nos transcende...

Quanta febre nesta hora

Em que o amor não demora...

Em que tudo acontece

Em que faísca luminosa aparece...

Para iluminar o mundo

O nosso de modo intenso e profundo...

Não pares agora por favor

Continua a ouvir o meu forte clamor...

De mais... De ti muito mais

Não pares no agora na hora dos mortais...

Vem de mim abusar e o meu corpo consumir

Vem-me eternamente possuir...

Porque há um sentimento para viver

Porque há vontade de não morrer...

Porque há muito para lá do planeta

O vivermos o amor que nos completa...

E viver com a força das emoções

O nosso fervilhante amor... O nosso êxtase de vibrações...

João Paulo S. Félix

Friday, June 3, 2022

Vem-me chamar...



Vem-me chamar...

Quando as trevas te atormentarem

Quando as tristezas te visitarem...

Quero que tenhas bem presente

Que não és ser em condição carente...

Que não estás a sós

Usa a tua voz...

E segue o rasto da luz

Ela para mim te conduz...

Sim: tu sabes bem como tudo se desenvolve

Porque a vontade tudo resolve...

A vontade da proximidade

O desejo da cumplicidade...

Aquele em que vivemos a sedução

E nos entregamos ao amor louco de paixão...

Quando caímos... Quando caímos em tentação

E nos prostramos na casa da suplicação...

A pedir aos deuses perdão

Pelos pecados cometidos...

Pelos ardentes e febris gemidos

Pelos arranhões...

Gravados em corpos e corações...

E suores

Feitos loucos licores...

Libertados na nossa exaltação

Porque juntos tudo almejamos...

Porque tu e eu: juntos de verdade amamos

Amamos o amor...

Esse sentimento libertador

Esse sentimento de plenitude...

Que dá paz e quietude

Amor: sentimento de imunidade...

Perante a vil e cruel sociedade

Amor: sim... falo contigo...

Contigo meu ser feito abrigo

Abrigo das minhas dores...

Abrigo dos meus clamores

Amor...

És sentido

És a fuga ao dia sofrido...

Amor: contigo tudo tem razão

Amor: contigo vivo até à exaustão...

E a teu lado

Aceito o humano fardo...

Mas assumo: algo que te tenho a dizer

Por te amar: tenho medo de morrer...

Porque contigo quero tudo viver

E tudo poder abraçar...

Sem ter o tempo ou o relógio a controlar

E novamente de digo: sempre te vou amar...

Porque quando a dúvida te turvar: meu amor... Vem-me chamar...

João Paulo S. Félix 

Wednesday, June 1, 2022

Inocência de ser...



Inocência de ser...

Hoje uma criança observei

E por ela me maravilhei...

Neste dia que é delas

Sejam de cidades ou aldeias...

Sejam do sul ou do norte

Olhei para uma e para o seu forte...

E qual é?

O ser firmeza em pé...

O ser rei sem espada

E príncipe sem farda...

O teu no olhar um brilho especial

De quem quer o mundo real...

E nele em tudo acreditar

Acreditar na palavra que se veio a vociferar...

Acreditar nas promessas dos adultos

Acreditar que vão viver uma vida sem insultos...

Acreditar também

Que vão ser como o pai com como a mãe...

Ou então como o tio doido lá de casa

Ou como os avós que os têm sempre debaixo da asa...

Criança, uma doce criatura

Que acredita num mundo ser amargura...

Que pode a bola chutar

E o melhor golo marcar...

Que pode desculpa pedir

E o mundo com essa palavra lhe sorrir...

Que pode com um abraço ser medicamento

Que cura a dor do coração e do pensamento...

Que puro é olhar tão doces pessoas

E lembrar que nós já o fomos em alturas boas...

E do nada puxo a fita ao passado

E dei por mim: a ter cada momento meu recordado...

Da minha infância de pequenez

E recordar cada momento com altivez...

Da minha infância feliz e amada

Por terras da minha Eira-Queimada...

Onde sonhava que aquele era o meu mundo

E nada mais havia, nada que fosse longínquo ou profundo...

Que bonita e doce ocasião

Em que jogar à bola era um festão...

E levantar o rosto para olhar

Para quem comigo estava a falar...

Que nostalgia

Da alegria de ouvir docemente dos pássaros a melodia...

E pensar nos beijos e abraços recebidos com doçura e calor

Que tinham, perante dinheiro, muito mais valor...

Saudades desse momento em que jamais estava a sós

Que falta sinto de ser a criança: o pequeno dos meus avós...

Que saudades de poder brincar ao fantasiar

Em que tudo se poderia passar...

Em que o relógio não existia

E a sua lei não se sentia...

Saudades de cada amanhecer

De quando era criança... De quando vivia: a inocência de ser...

João Paulo S. Félix