Friday, August 2, 2019

Do amor...


Do amor…
Do amor vivemos toda a globalidade
Do seu êxtase, da sua imortalidade…
Do amor vivemos a cumplicidade
Que não conhece hora ou idade…
Do amor vivemos a emoção
Do compromisso selado com o coração…
Do amor queremos a totalidade
Que permite a felicidade…
Que permite eliminar a solidão
Num abraço de mansidão…
Num ósculo bem dado
E com sentido exacerbado…
Do amor viver
O renascer do ser…
Em corpo e espírito
No constante pensamento…
Que se torna rotina e belo hábito
De pensar em quem faz sorrir…
De amar quem nos faz sentir
O mundo como nosso…
Que nos leva da exclusão cavar um fosso
E ter como algo verdadeiramente profundo neste mundo…
O mundo como a realidade do sentimento vivido
Daquela realidade pela qual o ser é possuído…
Para a dualidade feita unidade
Para a fraternidade…
Porque o amor
É fogo de esplendor…
É o gelo que refresca no verão
Ardente e infernal estação…
Porque do amor
Do carnal e espiritual vigor…
Que se sente ao se amar
Toda a ferida e dor se tende a sanar…
E a alma serenar
E paz encontrar…
No ser que nos faz amar
Amar e sentir amado…
Que nos leva a realizar e a sentir realizado
Porque tudo isto é de exponencial valor…
Porque tudo isto é do amor…
João Paulo S. Félix

Amor D'Ouro...


Amor D’ouro…
Quando me detenho a te admirar
E ver as tuas altas e esguias escarpas nos céus a tocar…
Quando paraliso o humano relógio
Para te contemplar imponente e vivo património…
Quando te percorro
Como a gota do teu divino fluido que escorro…
Em vidreiros copos para celebrar
Com o vinho que nos ousaste ofertar…
Quando és nossa casa
Casa ardente que nos arrasa…
Tu sempre tu: lugar que ecoa
As memórias vinhateiras do Porto a Foz Côa…
Tu que de verão és inferno
E desafio eterno…
Para quem te cuida e te quer bem
E te enxofra com líquidos que te molhem…
Para assim te proteger
Aos teus cachos para mais tarde vir a colher…
Nas vindimas tão aguardadas
Para te violar as uvas e serem levadas…
Para os lagares onde serão docemente trabalhadas
Para o doce e amado néctar produzir…
Aquele produto que no mundo nos faz surgir
Como deuses e seguidores de Baco Deus…
Deus do vinho: do vinho que brada aos céus
Em requinte e qualidade…
Em fino trato e quantidade
Para pelos quatro mundanos cantos se expandir…
E nos poder difundir
Porque todo o turista que te visita…
Te vislumbra e não hesita
Em te sublimar a altivo altar…
E sempre por ti sentir amor
Forte e eterno estádio de êxtase e fulgor…
Porque és património eterno feito nosso tesouro
Porque és amor, nosso amor… Amor d’Ouro…
João Paulo S. Félix