Wednesday, November 28, 2012

Fragmentos de vida...



Fragmentos de vida…
Todos nós somos… Fragmentos de vida
Da vida… aquela na primeira pessoa… aquela por nós vivida
Somos partes integrantes de um todo
Um todo que é um bloco complexo
Recheado de pequenas partículas que o fazem dotar de nexo
Somos pedaços de saudade e recordação
De tempos passados, de bonança ou tribulação
Somos pedaços de vontade e de raça
Que nos dão coragem e que jamais a nossa convicção amassa
Somos partículas de amargura e também de incerteza
Porque nem sempre somos plenos, nem sempre somos dotados de dureza
Somos um complexo de razões e de pensamentos
Que se manifestam no formato de actos, que se fazem exteriorização de sentimentos
Somos pedaços daquilo que queremos
Somos pedaços do que desenhamos
A verdade que é nossa característica
A verdade que se converte nas palavras que vociferamos
Somos resultado das opções que tomamos
Somos construção do social espaço em que habitamos
Somos: somos acima de tudo aquilo que somos
Virtudes, defeitos… Complexos de efeitos
Que se criam no cerebral meio, palpitando nos cardíacos caminhos
Somos solução de cada problema
De cada querela, de cada dilema
Que na nossa vida se dispõem
De forma vigorosa e sem cessar
Questões que tendemos a solucionar
Qual lógica do ser humano pensante
Aquele que por vezes é errante
Mas em grossos momentos ser intrigante
Nos trilhos que escolhe, nas soluções que vislumbra
Para dotar a vida de carácter normal
A vida humana… Baluarte de um bloco vivo especial
Que se faz humana gente
Que se faz ser que vive e que sente…
João Paulo S. Félix 

Juntos... Conquistamos a Lua...



Juntos... Conquistamos a Lua…
Só, solitário e a sós me encontrava
E via o caminho que me esperava
Fiquei quieto e sem reacção
Perante tremenda dimensão
Do que tinha que andar
Do trilho que tinha a seguir
Até que vieste para mim… para a minha vida… Fragrância suave que vim a sentir
Em mim… no meu ser… no meu corpo… na minha existência
E jamais a minha vida ficou sem ingerência
Ficamos juntos e mesclados
No acumular de sentimentos e carinhos trocados
Que nos fizeram mais fortes, que nos fizeram inquebráveis
Que tornaram nossas vidas inabaláveis
E de mão bem dada… de olhos bem fitados
Comprometemo-nos a este adversário transpor
E algo com imenso valor
Se veio a revelar…
Com enorme esplendor
Algo de extasiar…
Um baluarte máximo… que nos uniu para a vitória
O amor…
O amor que nos conduziu à glória
À glória de tudo querer ultrapassar
E em passos firmes da Lua cada vez mais perto nos fomos abeirar
Da Lua onde ousamos querer habitar
Para este mundo subalternizar
Aos nossos pés… os pés de quem progrediu em paixão
Nesse sentimento arrasador que faz abalar o coração
Jamais o deixando como era, jamais o deixando órfão
De uma constante inundação
De momentos de loucura, de laços de cumplicidade
Que nos fazem unos ficar perante a eternidade
Na Lua que ousamos conquistar
Passo a passo de forma firme e sem cessar
Porque muito mais forte é o que nos une do que o que tende a separar…
 João Paulo S. Félix 

Monday, November 26, 2012

Vamos subir escadas... as escadas do amor...



Vamos subir escadas… as escadas do amor…
Estou em casa detido pela sensação
De querer algo mais fazer: algo que me permita cativar a tua atenção
E começo… aos poucos a decorar o nosso lar
Espaço privilegiado do amor nosso… amor que está para durar…
Começo a decorar as nossas escadas de madeira
Aquelas que subimos uma vida inteira
Sem, se quer, pensar onde elas nos vão levar
Elas: nos levam ao amor
Nos levam a um espaço de esplendor
O nosso quarto, sítio de expoente máximo da nossa entrega
Aquela que o nosso coração acelera
E faz a nossa mente à toa andar…
Vejo o relógio a não perdoar
E cada vez mais depressa a se querer movimentar
Movimentar nas horas do nosso sentimento
Aquele que nos leva ao esquecimento
Das humanas obrigações
Sinto que estas a chegar… sinto-o com as comoções
De quem ama e de quem desejar amar
De quem te quer: de quem te quer abraçar
Vejo a rotação da chave na porta
Aquela que tu abres e que meu coração solta
Solta para de ti me poder aproximar
E te dizer… vamos amor… vamo-nos amar…
Para um canto tudo colocas
Para um lado tudo deixas
E pé ante pé… começamos a subir cada degrau
Das escadas que nos fazem subir ao grau
Grau máximo da humana exaltação
Aquela que se quer sempre… Para se viver a paixão
Que nos une… que nos prende, que nos preenche
Aquela que queremos como confirmação
Confirmação, chancela e garante seguro da nossa eterna união…
João Paulo S. Félix 

Ancestralidade de emoções...



Ancestralidade de emoções…
É na pendência de uma tarde de Outono
Que sinto em mim a vontade de retorno
De retorno de todo um sentimento
O retribuir de todo um encantamento
E de ti me aproximo… De ti me abeiro
Para te ter perto de mim sempre… Para te ter para mim por inteiro
Vou ter contigo a qualquer banal espaço
E um convite ao teu ser faço
Um pedido para que me acompanhes
Um convite para que não estranhes
A minha insistência em te querer levar
Comigo a um lugar
Que quis eu escolher, que quis eu pontuar
Para marcar…
Marcar mais uma tarde do nosso amor
Do nosso amor feito esplendor
Um lugar à beira rio e com as outonais cores
Aquelas que apimentaram os sabores
Do que preparei para nosso alimento
Mas o desejo de outro mantimento é mais do que pensamento
Um alimento para o corpo, um remédio para a alma
Algo que nos faça abrandar, que nos possa trazer calma
O nosso olhar, aquele que trocamos sempre com imensa naturalidade
O beijar: o beijar para trazer à luz desta realidade
A emancipação de sentimentos que nos vão na humana identidade
O sentir o abraço… Que nos faz diminuir todo o cansaço
Que se possa em nós manifestar
E toda a inquietação se vem a serenar
E algo de doce vem a se implementar
O querer sempre viver aquele amor
Aquele amor que faz cessar todo o ódio e toda a dor
O amor que vem servir de antídoto a toda a mazela
Para se converter na ostentação mais bela
Do que em nós vai…
E que jamais nos distrai
De sempre querer mais e mais
Deste viver especial: como seres fora dos cursos normais…
João Paulo S. Félix 

Thursday, November 22, 2012

Outono de sentimentos...



Outono de sentimentos…
Implanta, meu amor, dentro de mim
A tua essência: a fragrância do teu jardim
Do teu jardim onde me deleito ao entrar
Entrar e no qual desejo sempre mergulhar
Em ti… na tua beleza, no teu charme
Deixa-me quebrar todas as barreiras e proceder ao teu desarme
Deixa-me te manietar
E em mim te aprisionar
Do modo que tu me aprisionaste
Desde o primeiro momento, desde o primeiro olhar
Aquele que me fez a ti me querer entregar
De corpo e alma para juntos uma oração criar
Tão sagrada quanto profana
Tão sagrada pela beleza da manifestação do que se realiza
Tão profana, como o acto corporal que se idealiza
Deixa-me em ti poder viver
Deixa-me de ti poder alimentar e beber
Neste momento sempre especial
De uma outonal estação com toque invernal
Deixa-me dar-te a mão
E te pedir: fecha os olhos e deixa evoluir a emoção
Que nos fascina ao respirar
Que nos asfixia ao beijar
Deixa tudo se poder manifestar
Deixa até as folhas das árvores se poderem precipitar
Mas jamais digamos que não e deixemos sucumbir
Aquilo que nos veio a unir
A paixão e o amor
Um sentimento infernal e cheio de valor
Um valor imensurável
Uma valia incalculável
Para se poder viver no outro por todo o tempo
O tempo do nosso conhecimento
Como carnais e vivas criaturas
Que tendem neste mundano espaço seguir… as suas enormes aventuras…
João Paulo S. Félix