Com fome de imortalidade...
Respiro fundo e sinto o silêncio que vaga
E com naturalidade o meu pensamento propaga...
De forma desordenada
De maneira desconcertada...
Todo o complexo nada concreto
Do que vai em mim de modo incerto...
E começo a desnovelar
E a tentar ordenar...
O que tendia a estar balcanizado
E tento colocar em estado organizado...
Mas é completa perda do tempo humano
Porque há valor altivo e soberano...
Que se encontra em tudo e ao comando
Um sentimento que vai lubrificando...
O corpo, as vontades, os desejos e a mente
Um sentimento vivificante e resplandecente...
Um sentimento redentor
O amor...
Sim o amor sentido e sincero
Mas palavras que quero...
Colocar ao exterior
E com elas poder compor...
A doce narrativa do que sinto
E dizer que não minto...
Quando digo que de ti sinto saudade
Quando digo que é humana crueldade...
A distância que nos afasta
Que é tão rude e tão nefasta...
Que impede a luxúria do corporal
Que leva a algo transcendental...
O fervilhar das vontades
Da realização das impuras maldades...
Que fazem arrepiar
Gemer, tremer, e não querer parar...
De mais, de tanto mais
Da libertação dos húmidos ais...
Inflamados e exacerbados
Nos nossos corpos encaixados...
No ato realizado como seres amados
Como seres que se amam de verdade...
Num sentimento: Com fome de imortalidade...
João Paulo S. Félix
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