Tuesday, January 4, 2022

Quando a noite beija com fulgor...




Quando a noite beija com fulgor...

Quando a noite toca o dia

E dança com ele doce e terna melodia...

Quando a noite vem ao findar

Da jornada na qual se tendeu a gladiar...

Por sonhos e objetivos

Sejam eles do profissional ou afetivos...

Porque quando a noite nos vem

Todo o pensamento nos advém...

E tendemos a desligar

Da rotina, da vertigem e do que tende a perturbar...

E partir... Com a mente sem a privar

Com ou sem melodia...

Porque também sabe bem o silêncio após correria

Com ou sem um copo...

Com ou sem corpo

Sim... A sós ou na cumplicidade...

Do amor vivido seja lá em que localidade

Com ou sem a roupa...

Que mais atrapalha do que o tempo que poupa

Com olhar mais ou menos matador...

Dependendo do quanto se quer ser mais ou menos dominador

Dominador e persuasivo...

Para aquilo que se quer realizar e tornar ativo

O desejo, o carnal...

Aquele que nos faz ser canibal

E ser autêntico animal...

Com fomes apuradas

Para as loucuras desejadas...

Com o ser amado

Aquele que nos tem a vida tocado...

Com aquele que nos faz 

Sem o ar ficar...

E querer assim ficar

A sufocar no infernal...

Estádio que se vem a realizar

Em nós e entre nós...

Porque assim é melhor... do que a sós

E o corpo começa a tremer...

E o suor a querer escorrer

O suor... o gemido...

A súplica para o que não se quer reprimido

Como a vontade louca de amar...

Como a vontade insana de se entregar

A quem dá sentido ao ato de pensar...

Ao ato de mais querer

Ao ato de mais não querer sofrer...

E sempre querer viver...

Viver para imortalizar... Viver o amor

Que acontece sempre... Sempre que a noite beija com fulgor...

João Paulo S. Félix  

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