Wednesday, March 4, 2020

Corpos de vida...


Corpos de vida…
O relógio com forte vertigem
Tende a controlar tudo desde a origem…
O relógio controlador
Dos tempos, de palavras, da intensidade de cada sabor…
Mas há algo que ele jamais
Jamais controlará em nós seres especiais…
As entregas de amor
A vivência com fervor…
Do que nos faz querer
O outro sentir e fazer estremecer…
E em nós encostar
E fazer aportar…
E tudo fazer despoletar
O beijo… O beijar…
A faz sentidos apurar…
Que levar ao acariciar
Ao suspirar…
Em incerta parte
Deste lugar onde o cientista deseja Marte…
Quando eu somente desejo amar-te
Amar-te e desejar-te…
Desejar-te e te realizar
Enquanto ser que me conquistou…
Enquanto ser que me despertou
E o mais intimo átomo me agigantou…
Quero deste lugar a felicidade
Contigo até à eternidade…
Quero da dor fazer amor
Quero da rotina fazer esplendor…
Quero a nudez
Como o divino nos fez…
A cumplicidade feita cósmica necessidade
Para viver com insaciedade…
De seres minha e eu teu
Como Julieta e Romeu…
Como Pedro e Inês
Um amor de altivez…
Deserto de sensatez
Um sentimento de perfeição…
Querido até à exaustão
Sendo essa a meta desta corrida
O concretizar da plenitude dos nossos corpos de vida…
João Paulo S. Félix

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