Tuesday, September 6, 2022

Pecados imortais...



Pecados imortais...

Quero hoje poder a barreira ordinária ultrapassar

Poder os limites do razoável passar...

E confessar

A vontade louca de te amar...

De te beijar

De te abafar...

Os lábios e a respiração

No momento da excitação...

Poder pelo chão

Derramar cada peça de roupa...

Que esteja a mais para a vontade que galopa

Galopa nas infernais intenções...

De lambuzar os teus mamilos

Sentir que os faço altivos...

Sentir que te excito

Que o teu corpo exercito...

Sentir as tuas mãos na loucura

De puxar os meus cabelos e à procura...

De algo para poder segurar

Para tanto desejo suportar...

Poder sentir-me a ser possuído

E por ti intensamente consumido...

Consumido e ordinariamente comido

No desejo que desperta a libido...

Poder sentir na cópula a tesão

Que causa êxtase de tentação...

Sentir as peles e os toques de prevaricação

No amor de outra esfera... De outra dimensão...

Geme comigo, solta as vontades

Conduz tudo às liberdades...

Atascadas e aprisionadas

Na moralidade da correção...

Vamos fugir dos ditames da populaça

E viver o que nos une com a graça...

De um amor, de uma paixão

Que não tem porquê ou explicação...

Que nos suga para estratosférica adrenalina

Para expulsar a oxitocina...

A hormona do prazer

Aquele que nos cega e faz viver...

Imensamente

Intensamente...

E criar a comunhão

Com o outro e firmar a união...

De cumplicidades

Que conduzem às nossas eternidades...

E podermos para sempre amar

Amar e o outro realizar...

Em momentos e acontecimentos colossais

Onde vivemos o amor... E os pecados imortais...

João Paulo S. Félix 

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