Monday, September 17, 2012

Viagem sem regresso e sem vontade de regressar...



Viagem sem regresso e sem vontade de regressar…
Fui seduzido a numa carruagem poder entrar
Entrar… Numa locomotiva misteriosa mas de fascinar…
Nela entrei… e o cinto coloquei…
 Senti a trepidação e o Alfa da viagem…
Comecei a ficar com receio da vertigem da rapidez
Que era usada com imensa altivez
Às escuras, naquela locomotiva entrei no que designo: viagem sem regresso
Porque entrei num rumo, um rumo que consiste num ingresso
Num mundo de emoções…
Um universo de sensações
Sensações que advêm dos corações
Corações das pessoas que amam
Daquelas que desejam poder alguém sempre a seu lado ter
Daquelas que jamais vão vacilar
Vacilar em relação a este percurso feito sem tempo
E no qual o banal relógio passa a ser o equivoco
O equivoco de quem não se quer prender a ponteiros
Mas antes a sentimentos certeiros
Que permitam a união
A união e a mescla na paixão
Na paixão alada e altiva
Que a atenção dos humanos seres cativa:
Cativa para ser recolhida…
Cativa para ser absorvida…
Como acto maior de uma sensação feita furação
De uma sensação que provoca a consolação
De quem andava perdido e à deriva no mundano espaço
De quem sentia a solidão, de quem sentia o amasso
De viver a sós e de viver a solitária experiência
 Que causava dor e revolta na consciência…
Porque depois de nesta viagem rumo ao frenético mundo do amor se entrar
Porque dela jamais se vai querer regressar... Porque neste viajar...
Onde se anda à velocidade da luz, onde se circula por circuitos arriscados
Arriscados porque se quer andar neles ao extremo
Extremo e limite do permitido
Porque no amor corremos contra algo proibido
O quebrar barreiras e preconceitos
Que foram feitos conceitos
Conceitos e chaves de conduta
Porque quem ama vive em constante luta
Contra essas triviais barreiras da espacial localidade
Para visar alcançar a bonança do amor num lugar chamado eternidade…
João Paulo S. Félix 

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