Viagem sem regresso e
sem vontade de regressar…
Fui seduzido a numa
carruagem poder entrar
Entrar… Numa
locomotiva misteriosa mas de fascinar…
Nela entrei… e o
cinto coloquei…
Senti a trepidação e o Alfa da viagem…
Comecei a ficar com
receio da vertigem da rapidez
Que era usada com
imensa altivez
Às escuras, naquela
locomotiva entrei no que designo: viagem sem regresso
Porque entrei num
rumo, um rumo que consiste num ingresso
Num mundo de emoções…
Um universo de
sensações
Sensações que advêm
dos corações
Corações das pessoas
que amam
Daquelas que desejam
poder alguém sempre a seu lado ter
Daquelas que jamais
vão vacilar
Vacilar em relação a
este percurso feito sem tempo
E no qual o banal
relógio passa a ser o equivoco
O equivoco de quem
não se quer prender a ponteiros
Mas antes a
sentimentos certeiros
Que permitam a união
A união e a mescla na
paixão
Na paixão alada e
altiva
Que a atenção dos
humanos seres cativa:
Cativa para ser
recolhida…
Cativa para ser
absorvida…
Como acto maior de
uma sensação feita furação
De uma sensação que
provoca a consolação
De quem andava
perdido e à deriva no mundano espaço
De quem sentia a solidão,
de quem sentia o amasso
De viver a sós e de
viver a solitária experiência
Que causava dor e revolta na consciência…
Porque depois de
nesta viagem rumo ao frenético mundo do amor se entrar
Porque dela jamais se vai querer regressar... Porque neste viajar...
Onde se anda à
velocidade da luz, onde se circula por circuitos arriscados
Arriscados porque se
quer andar neles ao extremo
Extremo e limite do
permitido
Porque no amor
corremos contra algo proibido
O quebrar barreiras e
preconceitos
Que foram feitos
conceitos
Conceitos e chaves de
conduta
Porque quem ama vive
em constante luta
Contra essas triviais
barreiras da espacial localidade
Para visar alcançar a
bonança do amor num lugar chamado eternidade…
João Paulo S. Félix
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