Sunday, October 11, 2020

Serenidade...



Serenidade...

Ligo o barulho das luzes

E desligo do inferno das cidades...

Acendo num candeeiro a esperança

De ter nele luz de segurança...

Para algo fazer surgir

Para ao mundo advir...

Algumas linhas de fuga

À correria que causa ruga...

Do ruído ensurdecedor

Que ao Humano causa dor...

Olho para o vazio do exterior

Sinto de fora o seu odor...

E nada ouço, nada vibra

Nada que tenha pujança ou fibra...

Que deleite este o do silêncio

Que ao mesmo tempo cria labareda de incêndio...

Na alma dos pensamentos

No coração dos sentimentos...

O silêncio convidativo

A fazer pulsar o pensamento proibitivo...

Que possa ser obsceno ou de sensualidade

Que faça até corar a Humanidade...

E surge sem findar

O pensamento a declamar...

E que ordena que seja para narrar

Emoções do coração...

Ardores de turbilhão...

De amor e paixão

De êxtase e exaltação...

Na sôfrega entrega

Que não se priva ou se nega...

Do amor que se sente

Que jamais nos torna ser carente...

Do amor que nos invade

E que se dá a conhecer à Humanidade...

Que em palavras, gestos e atitudes

Mostra ternuras e carinhos amiúdes...

Que delicioso poder falar

Do amor que faz despertar...

Que é vida na noite e calma de dia

Que nos encaminha e que nos guia...

Que está sempre em nós sendo presente

Sentimento feliz e contente...

Que nos confere a imortalidade

Que nos traz a toda esta carga de serenidade...

João Paulo S. Félix 

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