Saturday, October 10, 2020

Outonos de amor...

 


Outonos de amor...

Hoje tenho séria proposição

E tese a defender até à exaustão...

Que a outonal estação

Que vivemos na atual condição...

Foi gerada e criada

E pelo altivo Deus fadada...

Para ser predestinada

A viver de forma mais chegada...

Algo realmente imponente

Algo sempre presente...

O sentimento do amor

E explico tudo ao rigor...

Com o Outono a brisa começa a soprar

Para se querer ter alguém para abeirar...

Abeirar e a nós mesclar

E jamais de nós se apartar...

Com esta estação

Surge uma sensação...

Talvez por se vislumbrar

A folha que no chão se ousa derramar...

E com essa forma de atuar

Sentimos a solidão a nos visitar...

E com ela o ensejo

De ter quem nos dê um beijo...

E que realize o nosso desejo

De proximidade e cumplicidade...

De ternura e eternidade

De presença e vigor...

Para da nostalgia não se sentir o sabor

O outono da reflexão...

Que nos desafia a chamar o coração

E a ver toda a batalha já travada...

E toda a barreira ultrapassada

Que na vida a dois...

Sem pensar no depois

Tudo se simplifica...

Toda a vida se descomplica

Porque neste outono vivido...

Se sente que o caminho é de duplo sentido

O qual deve ser por ambos calcorreado...

Para se estar sempre ao lado

Quando mais cedo o sol descer...

Quando a lua se der a conhecer

Porque quando surge o outono das mil e uma cores

Dos cheiros de brasas, de lenhos e de castanhas nos assadores...

Porque quando se começa a ver

O frio a dar-se a conhecer...

Quando tudo isto se começa a viver

Algo se quer com furor...

A cumplicidade do sentimento: nos outonos de amor...

João Paulo S. Félix

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