Friday, October 30, 2020

Apalpa-me com o coração...

 



Apalpa-me com o coração...

Vem na nossa sedução

Tocar cada recanto meu, minha devoção...

Sim, tu que amo sem censura

Tu ser que eu amo com bravura...

Vem: sente-me e vem-me dominar

Com o toque, os beijos e o ato de abraçar...

Vem amor para o ato de amar

E sente os meus seios...

Doces, perfeitos e macios

Aqueles que têm história...

E pedaços da memória

Porque neles há um nódulo...

Que se sente sem se carecer do óculo

Algo que é da besta

Mas não é desta...

Que a besta tem festa

Porque posso até sem peito ficar...

Mas na vida irei triunfar

Porque posso tem um gládio...

Que transforma a minha vida num estádio

Onde vencer é imperial...

Onde a vitória será especial

Para ter...

Acesso a um novo amanhecer

A cada novo dia...

De infernal correria

Para conquistar...

O ingresso para na nau da vida viajar

E nela tudo de bom saborear...

Porque esse caranguejo

Não cumprirá o seu desejo...

Porque no meu ser mando eu

Com o destino que irrompeu...

Aquele destino para sorrir

Para doce brisa sentir...

E para saber

Que me amas em cada anoitecer...

Mesmo que exista a física distância

Que se tolda de irrelevância...

Porque importa a ânsia

Que temos de almejar...

Mais vida para o ato de cortejar

Para a cópula, para a cumplicidade se espraiar..

E do amor reféns nos colocar

Porque esse é o essencial...

Da nossa vida real

Que vivemos e queremos...

Porque quero

Quero e espero...

Com sede, com tempo e até à exaustão

Para um repto: apalpa-me com o coração...

João Paulo S. Félix

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