Wednesday, October 22, 2014

Amor ardente...


Amor ardente…
Amor ardente este que me consome
Consome e que me absorve…
Que pede mais de mim em cada dia, em cada momento
Momento de vivência do nosso sentimento
Na entrega imensurável ao amor
Amor nosso que nos une no alvor
No alvor da imaculada perfeição
De ser ser amado: de ser ser guiado pelo coração
Arde forte e intensamente
Dentro de mim, dentro de ti, de nós… esta chama incessante
Que nos convida e exige o amar
O amar e ao outro entregar
Corpo, alma, pensamentos…
Que conduzam ao altar dos movimentos
Consagrados à insofismável paixão
Que nos agrega e nos demove da solidão
Amo-te, amo-te… e vou-te amar…
E em ti intencionalmente me deleitar
Aos prazeres dos teus lábios, do teu corpo, do teu aroma
Aos prazeres aos quais damos expressão: aos que damos forma
A forma do nosso suspirar
Suspirar, levitar, respirar…
Das labaredas feitas húmida essência
Que projectamos das nossas bocas em beijos de excelência
E plenos de consciência
Consciência da nossa condição
De seres maiores em amor puro e verdadeiro
De amor que não tem termo ou paradeiro
Amor que tem a marca dos nossos gestos
Dos nossos gestos, dos nossos jeitos
De querer: de querer o bem-estar
De querer sempre o outro amar
Neste amor que jamais deixa o ser humano carente
O amor nosso feito ininterrupta fornalha ardente…

João Paulo S. Félix 

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