Thursday, December 15, 2011

Ao teu encontro fui... no nosso reduto de amor...



Ao teu encontro fui… no nosso reduto de amor…
Cansado de mais um dia chego ao lar
Lar meu, lar nosso: lugar sempre a exaltar
Já tarde chego e no nosso reduto te vejo dormitar
Dormitar e com algo no teu pé a convidar
O meu ser para algo mais: algo mais intenso
Dou-te o beijo que sempre desejas, coloco a música do nosso amor, activo o aroma de incenso
Nos encarnados lençóis, cor do sangue que sempre prometemos
Derramar em sinal do que sentimos
Um pelo outro, de parte a parte
Digo: amo-te para que me abraces
E de forma encantada despertas e pedes que te amasse
Eu silencio-te com os meus lábios de cárnea origem
E com eles começamos a sentir a vertigem
Do nosso amor, do que nos une, do que nos envolve
E pedimos a Vénus, ser que tudo no amor devolve
A quem vier por bem
Sem olhar onde e a quem
A quem venha querer ser portador
Deste dom, desta dádiva, deste elemento feito esplendor
Que tende a humanos seres como nós arrebatar
E indiferentes nos colocar
Face ao que o coração pede, ao que o desejo inflama
Inflama e coloca a vigorar uma chama: a chama
A chama da paixão…
Que nos obriga a dizer que não
À hipocrisia, ao degredo, à inveja, ao preconceito
E sempre querer dizer sim a este sentir de elevação
Que nos faz cometer a mais doce, bela e arrasadora ousadia feita tentação
De sempre nos envolvermos na una criatura que formamos
Quando o amor praticamos
E que sempre almejamos
Preservar, gravar e eternizar
Um caso de amor: que nos faz sublimar, viver, amar…
João Paulo S. Félix

1 comment:

Maria Ivone Saraiva said...

Apesar da conversa triste no chat, a sua inspiração não foi afectada...
parabéns, João...