Thursday, December 8, 2011

Deixei-te flores...



Deixei-te flores…
Deixei-te flores, as flores dos meu amores
Deixei na tua caixa de correspondência
Um bocado da nossa essência
Deixei flores: de mil e uma cores
Deixei: as flores dos teus humores
Aquelas que tu sublimas
Aqueles que sempre desejas receber, aquelas que tu estimas
Deixei amor, vê na tua caixa do correio
As flores lindas que te regalei
As flores de que te falei
Que um dia te iria dar
Quando fosse para o profissional mundo lutar
E não te quisesse do sono e do sonho acordar
A ti: nobre, doce e enfática Afrodite
Tu, ser que me aprisionou para que todo o mundo acredite
Que amor assim é verdadeiro
Que amar desta monta é possível
Possível e muito mais que verosímil
Verosímil e um amor eterno sem fim
Deixei-te flores envoltas numa fita de cetim
Da mesma cor do vestido que te dei
Para aquela noite em que contigo bailei
Bailei e bailamos os dois
Deixando tudo e este espaço para depois
E nessa dança de extasiar
Ao infinito Paraíso do amor fomos parar
Onde num fascinante jardim tivemos possibilidade
De fazer com toda a arte e engenho, com todo o afecto e criatividade
O amor, o sexo, a entrega máxima de afectividade
A cárnea dádiva de paixão e sedução
Uma realidade, muito mais que quimera ou ilusão
Entre dois humanos seres que se idolatram
E que este mundo apartam
Quando querem viver algo intenso e sem igual
Quando querem subir à Ilha dos Amores
Tudo isto… porque te dei flores…
João Paulo S. Félix

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