Wednesday, December 28, 2011

Flores trouxeste e clima criaste...



Flores trouxeste e clima criaste…
Sentado estava em minha mesa de reflexão
Quando irrompes pelo nosso lar e te diriges a mim com intenção:
Intenção, ânsia, desejo…
De mim te abeiras e o meu pescoço envolves…
Com os teus braços e com os teus beijos de sentimento
Que me fazem sentir um extremo contentamento
Contentamento: sentimento de amor avassalador
Volto-me para ti e reparo no que trouxeste do exterior
Um ramo de belas e envolventes flores
Flores: sinal dos nossos amores
E te indago sobre as mesmas: sobre a sua finalidade
E me dizes: servirão para pontuar a nossa noite de amor, no nosso lugar de eternidade
O tempo passa, a noite chega e eis o momento…
O momento envolto em sentimento
Sentimento no nosso leito de paixão
No nosso quarto, espaço da nossa entrega sem mais não
Entrega da cárnea espécie da qual somos matéria
Matéria, substância verídica
Do nosso intuito em o que nos une fortificar
Com o aroma das flores a nos rodear
A rodear e a nos galvanizar
Para a nossa dádiva ao divino e profano acto
Acto mais do que facto
De romper com a convenção e tradição
E gritar, gemer, elevar até outra dimensão
A nossa paixão: estádio de êxtase e euforia
De euforia e alegria
De alegria e felicidade
Na qual jamais interessa a raça, o credo, a idade
Mas para todo o sempre a necessidade
De marcar e gravar
O que em nós emerge em relação ao nosso viver
Viver de casal: viver de amantes
Viver de seres do amor: de seres para todo o sempre fascinantes…
João Paulo S. Félix

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