Sunday, November 1, 2020

Luzeiro...



Luzeiro...

Nesta hora desta noitada

Que dá início a nova jornada...

De breu e escuridão

Na qual a média luz é a solução...

Para ter clareza

E nela sentir e tocar a pureza...

Que tende a ter leveza

Leveza de serenidade...

Da calma da alma da cumplicidade

Seguem os tempos do maquinal relógio...

E do nada, respiro e sorrio

Com o extravasar...

Do que em mim se veio a instalar

Instalar e apoderar...

Algo arrebatador

Quitador de qualquer dor...

Algo que é fascinante

E verdadeiramente eletrizante...

A eletricidade do coração

Que faz pulsar a emoção...

Que serve de ventilador

E é elemento redentor...

Do nada soa música envolvente

Para criar um clima efervescente...

Algo transcendental

Único, ímpar e especial...

Muito fora do normal

Algo sacro e mundano...

Um sentimento soberano

Algo a que os antigos aspiravam...

E aos seus deuses suspiravam

Os gregos, os romanos

Aos poli deuses de que estavam rodeados...

E pedido esse que chegou aos nossos dias

De infernais vertigens e correrias...

Em que simplesmente há algo que nos suaviza

Um sentimento que nos diviniza...

O amor

Esse magno estado de esplendor...

De cumplicidade entre a terra e o mar

Entre o ser amado e o poder amar..

Quem nos mostra os caminhos

Quem nos oferta os carinhos...

Dádiva altruísta

De alguém muito egoísta...

De quem quer o seu bem estar

Porque esse lugar, é do ser que veio a desejar...

O ser que completa, que ampara e existe

Na memória, no coração: ser que nunca desiste...

De dizer que ama: com sentimento que inflama

Que quer viver algo muito mais do que uma cama...

Que quer viver do sentimento que o destino lhe deu

Viver algo pleno e perfeito: mais do que Julieta e Romeu...

Amor que és ser que me faz sentir inteiro

Amor te peço: sê o meu farol, sê sempre o meu luzeiro...

João Paulo S. Félix 

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