Tuesday, November 3, 2020

Invasão...

 



Invasão...

Tomas-me sem pedir licença

Entras e fazes sentir a tua presença...

Entras em mim como um tornado

E deixas tudo alterado...

Dás paz a todo o caos

Dás bondade aos momentos maus...

Vens e tudo transformas

E a minha vida conformas...

Em plenitude

Na fuga da ilicitude...

Vens à minha vida

Pôr termo à existência sofrida...

Vens...

Não conténs

Ímpetos ou vontades...

Desejos ou veleidades

Vens para beijar...

Vens para amar

Vens para o corpo satisfazer

E para a alma florescer...

Com a entrega e cumplicidade

Com todo o amor de infinita saciedade...

Vens à minha vida com uma intenção

A nossa fuga à solidão...

Vens e deixaste ficar

E eu tendo a rejubilar...

Porque sempre em ti estou a pensar

Em ti: que és meu dínamo sem vacilar...

Tu que és a consolação

E calor em toda e qualquer estação...

Tu: sempre tu

Que colocas tudo a nu...

Corpo e sentimentos

Ternuras e doces alentos...

Tu que és perfeição...

Tu que és divina constituição

De ser de plenitude...

De assombrosa virtude

Que me faz...

Voar

Sorrir...

Evoluir

E ter a vital certeza...

De seres a minha fortaleza

De seres a minha imensidão...

De seres amor de perdição

Amor de doce coração...

E tudo despoletado com a tua invasão...

João Paulo S. Félix

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