Thursday, November 5, 2020

Pelas entranhas da madrugada...



Pelas entranhas da madrugada...

Seguem os minutos

Nesta noite de silêncios...

Em que só brilha o som da luz

Que me ilumina e me induz...

A este ato poder praticar

De dedos num teclado gravar...

E algo fazer originar

E movido pela vertigem...

Da adrenalina da origem

De toda a inspiração...

Que pulsa do coração

Almejo escrever com sofreguidão...

Algo que seja minha vital recordação

E possa ecoar por todo o tempo e por toda a estação...

Algo que me confirme

De modo pleno e firme...

Como ser de emoções

E de doces recordações...

E segue o tic tac do relógio analógico

E dou por mim a pensar em nada lógico...

O amor...

Esse sentimento de esplendor...

O amor não tem lógica

Porque o que o tem é a oportunidade histórica...

De sagrar nossos nomes para a eternidade

Como seres de amor sem idade...

Como seres com vivências de saciedade

Dos humanos desejos...

Dos carnais e viscerais anseios

Em aos orgásmicos patamares chegar...

Como quem no Éden ousa entrar

Por ter feito amor

O amor do sexo das almas: seu redentor...

Que êxtase e que catarse

Os beijos, os gestos, os corpos a entregarem-se...

A temperaturas vulcânicas

A imoralidade quase satânicas...

Que são divinas e consagradas

Muito queridas e amadas...

Amor: sentimento magno

Vivido neste espaço mundano...

No qual

Vivemos tudo de modo maquinal...

Menos o amor e a paixão

Que são de séria e nobre condição...

E que está ao alcance

De quem proporciona a chance...

De ser criatura predestinada

Ao amor... Pelas entranhas da madrugada...

João Paulo S. Félix 

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