Monday, December 5, 2022

Na suavidade do pensamento...



Na suavidade do pensamento...

Decido desligar do mundo

Do seu barulho muito profundo...

Para em mim me refugiar

E poder em algo pensar...

Pensar e libertar

Algo sincero e sentido...

Algo intenso e colorido

Com as cores dos afetos...

Aqueles vividos com os corações abertos

E com a sintonia de cumplicidade...

Vivida com toda a doçura e unidade

Aquela que me faz ser da tua gente...

Aquela que me deixa alegre e contente

Da tua gente e da tua mente...

Que faz fugir a tudo o que possa ser deprimente

Sou da tua gente e da tua pessoa...

Aquela que o meu ser povoa

Com os sentimentos que nos unem...

Com as ternuras que os tempos não punem

E vivermos a plenitude...

Que nos dá quietude

Como se junto ao mar estivéssemos...

E o mesmo ouvíssemos

E lhe pedíssemos...

Que levasse a mácula

E a crueldade da gula...

E nos envolvesse com o seu sal

Para salgar o coração...

Temperado na paixão

Da nossa doce união...

E fizéssemos perante ele a jura

De ver no outro a eterna cura...

Para os males da ardilosa sociedade

Que tudo quer ver a arder na crueldade...

Para sermos refúgio e bonança

E ser colo terno na boa esperança...

E ser olhar acolhedor

Que beijar para afugentar a dor...

Beijo dado com sentimento e amor

Beijo como se o amanhã não fosse haver...

E o acaso viesse a Terra comer

Beijar-te como se o mundo fosse acabar...

E o nós viesse ser efémero de se realizar

Mas, enquanto a luz não se apagar...

E tudo não vacilar

Vou sempre te amar...

E sempre te desejar

Na corte intensa da sedução...

Com a qual me moves e me deténs a atenção

Porque és todo o meu contentamento...

Porque para mim és tudo: Na suavidade do pensamento...

João Paulo S. Félix 

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