Thursday, March 22, 2012

Uma caminhada pela indiferença...


Uma caminhada pela indiferença…
Ao descer a rua feita avenida
Me deparo com um ser: uma vida…
Um semblante, uma existência, uma pessoa
Que todo o mundo rotula como diferente
Que todos dizem ser diminuída e sem um caminho pela frente
Porquê? Porque a consideram de tal forma?
Por ter algo que a difere das demais?
Por ter uma fisionomia com contornos mais especiais?
Vejo-a, fito o seu olhar e a vejo: olhos nos olhos
Com seriedade, com frontalidade
Começo a querer ler aquela pessoa: a sua personalidade
E vejo no seu interior…
Uma força, uma garra, uma ânsia superior
A ânsia da felicidade… Quem não a deseja?
A ânsia de ir mais além… Quem não o almeja?
E continuo a ir mais além na minha investigação
Na minha entrada dentro daquela pessoa, sem pedir permissão
Mas tal não preciso de pedir, pois sei o que está para vir
Pois sei, o que aquele ser está a sentir
A sentir que quer sorrir
Que quer amar
Que quer no mundo a sua marca deixar
Afinal… Diferente??? - Igual quer a sociedade dizer…
Sim, porque o que dentro dele vai… em muitos de nós existe tal viver
Tal viver e tal tentar alcançar
Não a vejo como díspar, vejo-a como ser a nós igualável
E de indelével sonho e vontade de existir
Quando neste mundo, muitos “normais” desejam e fazem de tudo para partir…
Tendo a continuar a minha caminhada, pois não posso parar
Não me é permitido vacilar
Da mesma forma que digo ao Universal Universo que não vale segregar
Alguém igual a nós… Sim… com o mesmo carácter: um de nós
Com convicção, com caminhos a seguir, com palavras a vociferar- através da sua voz
Da voz que reivindica ser integrado e jamais ostracizado
De alguém que como nós também deseja ser sorridente: que ambiciona ser realizado…
João Paulo S. Félix

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